Capítulo 3

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*** Gizelly ***

Estávamos na festa, em paz, até que esse infeliz resolveu me provocar. Conhecendo Felipe, eu já sabia no que ia resultar se ele continuasse assim, aliás, todos que estavam na festa sabiam. As coisas com Prior eram sempre assim, frias demais, ou quentes demais. Ele não conseguia ser morno.
Fui pra pista de dança, eu só queria dançar em paz mesmo, esquecer de tudo. O olhar que o arquiteto estava me mandando parecia me despir com os olhos.

Mesmo tendo cinco pessoas na casa, parecia que só nós dois estávamos ali. De repente, começou a tocar uma música que costumava me levar diretamente para o Felipe, parecia que ele sentia o mesmo, a forma que ele cantava mesmo distante era intensa.

"Quando a vontade bater" – Pk.

- "Mente milionária no corpo de um favelado, tu gosta do nosso estilo e da visão que eu tenho.Te pego de jeito, mas não fica apaixonada, eu sou romântico, safado, e amanhã não venho." Os lábios do Prior se moviam em sintonia com a música. Nossos olhares se encontraram e ele continuou cantando e andando em minha direção.

Meu corpo inteiro travou, eu não conseguia dar um passo e ele estava cada segundo mais próximo. Tentei dar um passo para trás, mas ele segurou meu queixo suavemente e cantou olhando dentro dos meus olhos.

- "Porque quando a vontade bater, vou chamar pra fuder, daquele jeito que tu gosta, te boto de quatro, empina esse rabo, caralho, gostosa, lá vai piroca."

- Me fode! - Meu subconsciente gritou.

- Maldito. Sujo. Gostoso. - O meu pensamento continuava a me trair.

Minhas pernas ficaram bambas. Filho da mãe! A minha calcinha já era, estava úmida.
A música continuou tocando e ele cantou ela do início ao fim pra mim, não consegui mover nem um músculo, eu quero muito o beijar, eu preciso

- O que caralhos, você tá fazendo? - Eu disse para ele. 

- Nada melhor como agir como um furacão. - Ele me respondeu de volta sem tirar os olhos de mim.

- Felipe, faltam duas semanas para o programa terminar, duas, ok? Porque agora? Você disse que seu foco... - Ele colocou a mão na minha boca, onde tudo que eu queria era tua boca me calando.

- Se você falar isso mais uma vez, eu juro que não vou ser nada delicado e vou te calar com um beijo. - Ele não me deixou concluir minha fala.

Nem se eu quisesse, não estava tendo controle nem do meu próprio corpo, quem dirá da minha boca.

- Sim Gizella. - Torci o nariz, ele me chamava assim quando queria me provocar. - Meu foco sempre foi o jogo, na verdade ainda é, só que eu percebi uma coisa, não me basta um milhão e meio.

- Ah, então vai brigar com o big Boss e pedir pra aumentar o valor, meu filho. Quer o que? Dois milhões? - Felipe bateu na testa e começou a rir nervoso.

Eu não estava entendendo e ele estava me irritando. Me excita, me leva a loucura e agora me faz de palhaça? Eu juro que se não causasse eliminação esse garoto já tinha levado um tapa na cara.

- Ah, vai a merda. Otário! - Bufei trombando meu ombro no dele, mas antes de conseguir sair ele me girou e segurou meu pulso sem fazer força me impedindo de sair.

- Você.

- O que?

- Eu quero você, Gizelly. - Ele falou me deixando sem palavras.

Crazy In Love - PrizellyOnde histórias criam vida. Descubra agora