1.3 Lar é Onde o Coração Está

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O capítulo de hoje é um presente de aniversário a minha pessoa, minha soulmate, meu anjo da guarda e o porto seguro que me sustenta e acalenta em noites frágeis e dias nublados, A minha querida companheira de alma _sweetiejimin_ que trouxe novamente a amizade em meu coração. Ano passado foi duro demais comigo, mas eu passei por tudo isso ao lado da minha esperança, porque assim como a promessa de que dias melhores virão, eles vieram embalados no coração lindo e tão puro dessa menina!
a tradução literal de "soulmate" não é "alma gêmea" e sim "companheiro de alma". não é alguém cujo a alma seja idêntica a sua, que é ligada a você por ser parecida, é alguém que te transborda, te guia, que anda junto com a sua alma. e você, Ana, minha inspiração concreta para a Anna de Frenesi, é a minha companheira de alma! te amo, cactozinho 🌵🖤





"Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."

(O Pequeno Príncipe)




Khalil Gibran uma vez disse que deve existir algo estranhamente sagrado no sal, pois ele está em nossas lágrimas e no mar, e talvez seja divino ou quase sensitivo, mas venho pensando em tantas coisas, e conforme as lágrimas borram minha visão, refleti sobre tudo que me aconteceu.

Desde menina, aprendi muito cedo a lidar com a dor, ainda tão nova e frágil, tive que lidar com perdas grandes demais para um alguém tão pequeno.

Conforme fui crescendo, ouvi de meus professores e até mesmo do meu psicólogo que o reflexo do que somos, tem como base nossa estrutura familiar, e eu nunca entendi muito bem como alguém tão inteligente, perspicaz e naturalmente bondoso como as crianças pode se tornar violento, preconceituoso e errôneo quando vinculado a pessoas de má índole, acredito que isso seja um processo, e para desconstruir esse conceito o primeiro passo é aceitar que somos por si só falhos e adeptos a maldade que existe no mundo, basta decidir se seremos praticantes ou procuraremos outros meios de sobrevivência. Rosseau disse que o homem nasce bom, e a natureza o corrompe, em muitas aulas de filosofia do ensino médio me vi obrigada a discutir sobre esse pensamento e se tal qual era correto, e apesar de muita discussão, nunca cheguei a uma conclusão, até esse momento. Hoje, eu acredito sim que nascemos livres de qualquer tormenta, e conforme a convivência e hábitos mundanos, nos tornamos cruéis, e eu sei disso porque antes de ser insegura e dependente emocionalmente, eu era segura e certa de meus ideais, mas após inúmeros baques tornei-me amedrontada, e sabe se lá como fazer para mudar a situação.

Sempre ouvi que pessoas que amam dizem e provam constantemente esse amor, embora hoje eu seja cética. Eu não tive meu pai, e sequer sei onde encontrá-lo, nunca tive a figura paterna em minha vida, e meu pai foi o primeiro homem que machucou meu coração, e há um ressentimento nessa frase que não sou capaz de explicar, apenas quem conhece a dor de não ser amparada pelo seu semelhante, há de compreender as cicatrizes que carrego em meu peito. A prova mais sincera que eu tive do amor foi a permanência. E eu desejei que Catelleya me amasse o suficiente para poder ficar ao meu lado, mas talvez minha definição de amor também não seja correta, porque quem ama também há de partir.

- Arabella, o que? O que você está fazendo aqui? - O semblante assustado e quase constrangido de Catelleya havia me deixado ainda mais preocupado.

- Eu recebi sua mensagem de que não poderíamos nos ver durante algum tempo porque você estava doente, então vim trazer alguns medicamentos e vitaminas para que você possa melhorar logo, minha intenção não é atrapalhar seu repouso, eu juro.

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