Frenesi

1.4 Coragem para o Amor

Olá, meus anjos. Aqui estou eu com muitas novidades, a primeira delas: TEM HISTÓRIA NOVA!!!!!!! Dêem uma olhadinha no meu perfil, o título é Todas as Faces do Diabo, e eu prometo que vocês não vão se arrepender de dar uma chance para o meu novo bebê.

Segundo, mudei de twitter e o user é: @CodinomeEstelar me sigam lá, bebês.

Terceiro: mimem o trailler de Frenesi feito pela minha amiga maravilhosa @vminflowr o trailler está no meu twitter

Quarto: BOA LEITURA 🖤

"Estou cansado de viver em um mundo onde não posso ser quem sou. Eu mereço uma grande história de amor e quero alguém com quem compartilhá-la."
- Com Amor, Simón.

Acordei no meio da madrugada enrolada em lençóis e com o corpo do Olliver jogado sobre o meu, enquanto Anna estava deitada fora do colchão improvisado por cobertores enquanto fizemos uma sessão longa e divertida com filmes clássicos para jovens rebeldes e tristes como nós (talvez mais tristes do que rebeldes, mas achei marcante nos nomear assim). Além de matar aula, passamos o tempo inteiro comendo besteiras e rindo de coisas aleatórias, e sei que o esforço dos dois irmãos para me fazer sorrir, não foi inútil, porque em um único dia eu me senti mais viva do que os meses que se antecederam. É sempre difícil perceber que algo o desgasta a ponto de lhe sugar a energia, e também deixar-nos acomodados a rotina sempre tão agitada, que se torna mais fácil deixar as coisas como estão, e foi isso que eu e Catelleya enfrentamos. Ambas estávamos desanimadas com nossa relação e acabamos matando lentamente qualquer resquício de sinceridade e felicidade que nos cercava, deixando uma simples amizade colegial tornar-se massiva, dolorosa e cheia de traumas. Confesso que já tentei inúmeras vezes colocar um ponto final na situação constrangedora que nos encontrávamos, mas as lágrimas desesperadas surgiam em meus olhos, e meu coração ardia apenas com a possibilidade de não tê-la por perto, e assim prossegui postergando e aumentando a quantidade de cortes que já persistia em nossas almas. Ainda não consigo ser empática o suficiente para dizer que nesse crime, não há culpados, apenas vítimas do que o amor pode se tornar quando não é mais cultivado, portanto coloco em minha mente um letreiro com luzes iluminadas e letras em negrito com a imagem clara de que Catelleya é a ré, enquanto eu me absolvo da culpa. Espero algum dia, ter maturidade e o coração leve o suficiente para admitir o quão errada também fui, assim inocentando a garota de toda a culpa. Assim como as plantas morrem quando colocamos muita água em seus vasinhos, eu percebi que essa situação é parecida com a minha ligação com Catelleya. Mesmo que tenha a intenção de fazer o bem, o excesso nem sempre é bom, e por muitas vezes adoece, destrói e esmaece.

Mas, por enquanto, não quero mais pensar nisso. A manhã ainda não se faz presente, e o término da madrugada, é realmente o mais escuro como sábios compositores já perceberam, e talvez seja isso que torne a minha mente um lugar indesejado para se estar no momento, por isso decido apenas continuar observando os traços do rosto carregado de expressões infantis e serenas, mesmo que possua a mente corrompida. E é assim que eu vejo Olliver, um coração branco açoitado por uma alma acinzentada.

Com a ponta dos dedos, receosa em desperta-lo de seu sono profundo, acaricio as bochechas macias e rosadas pelo sono, e observo Anna com metade do corpo jogado no chão, e tento puxa-la novamente ao acolchoado e cobri-la com os lençóis. Quem diria que duas pessoas que conheci em uma festa qualquer com álcool demais em meu sangue, serviriam de teto quando o mundo desabasse lá fora, e é tão seguro estar entre eles.

Certa de que o sono não irá voltar a me atingir tão cedo, decido navegar na internet e acabo olhando as mensagens de Jungkook, aquele selvagem me informa que no fim de tarde ele e sua banda de corrompidos, irão ensaiar na garagem da casa do Namjoon e que estou convidada, e com isso quero dizer que minha presença é obrigatória, caso ao contrário irei ouvir as lamúrias durante a semana inteira. Como não há nada melhor para se fazer, e mesmo se tivesse eu desmarcaria porque por mais que eu não queira admitir, é agradável estar perto daqueles esquisitos. Eu estou certa de que irei com Tiny, Olliver e Anna, acho que seria uma diversão tanto colocá-los todos juntos, seria no mínimo engraçado, e no máximo daria tudo errado.