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De volta a vida real após uma semana perfeita, naquele lugar paradisíaco, na companhia do complexo Sebastian!

Me sinto renovada e pronta para o trabalho duro, animada com essa nova etapa e com a possibilidade de expandir os negócios. Não almejo ser a maior, mas a melhor agência de turismo de Santa Catarina! E sei que agora isso será possível, pois além de contar com toda a infraestrutura da RVD, faço questão de manter o toque pessoal característico da minha empresa. Posso competir com as agências maiores, oferecendo a mesma qualidade e com pacotes mais acessíveis.

_ Clari! Que bom que você está de volta! Estamos cheios de trabalho, cotações, clientes querendo informações sobre a nova bandeira...

_ Calma Anya, respira! Vamos dar conta de tudo, como sempre!

_ Uau! Essa viagem fez um bem enorme a chefinha...

_ Com certeza fez, Marcelo! Conto tudo assim que tiver uma pausa. dei uma piscadinha

_ Ah! Sacanagem isso... tão cedo não vamos parar!

E Anya estava certa. O dia foi cheio e não paramos nem para o almoço. Cada um fez uma pausa para um lanche rápido, mas separadamente. A conversa ficou para outro dia, já que iria me encontrar com Sebastian, para jantar.

Dessa vez fomos a um restaurante mediterrâneo muito agradável, sobre o qual li maravilhas em uma matéria de revista. Havia comentado com Sebastian sobre o local, mostrando as fotos de alguns pratos que me deixaram salivando. Principalmente a sobremesa, algo obsceno de chocolate e frutas vermelhas. Ele não havia esquecido e fizera as reservas para aquela noite, após chegarmos de viagem.

_ Você está me mimando?

_ Ja. Gosto de mimar você mein liebe.

_ Gosto de ser mimada por você... meine lieber.

Fiquei muito surpreso com a forma com que se referiu a mim. Mesmo imaginando se Clarisse sabia que havia me chamado de "meu amor". Meu idioma é bastante complexo e até mesmo a mais simples variação de tom, pode mudar o contexto de uma frase. Nesse caso ela poderia ter usado a palavra liebe ou seja "querido" e não lieber como em "amor".

_ Oque foi Bast? indagou

_ Porque insiste em usar um diminutivo?

_ Seu nome é enooorme! provocou _ Você me chama de Clar... porque não?

_ Temo lembrar de coisas que prefiro esquecer. Mas gosto da forma como diz.

_ Bom! Agora me conte sobre o seu dia.

Falei alguns minutos sobre o trabalho e finalizei comentando sobre a sobrinha de Helga.

_ Ela não fez isso?

_ Fez. Aquela velha raposa, treinou a sobrinha pelas minhas costas e a colocou em seu lugar, sem me contar nada.

_ Ela é fantástica! falou rindo

_ Nada acontece na empresa sem que Helga saiba. Recebo ao menos duas ligações dela por semana!

Ainda estávamos rindo, quando a presença de alguém ao lado da mesa nos interrompeu.

_ Sebastian?!

A voz irritante acabou com a minha diversão e lancei um olhar frio para a mulher alta e loira, que me encarava com ar surpreso.

_ Helen.

_ Que surpresa encontrar você! Faz quanto tempo... Quatro, cinco anos?

_ Sete.

_ Oh, Gott! Tanto assim? Como você está? Precisamos nos encontrar para por alguns a assuntos em dia e...

Como a mulher fazia questão de ignorar a presença de Clarisse, a interrompi secamente.

LUZ E ESCURIDÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora