XVI. Surpresa de uva

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— Jungkook... — o menino escuta sua voz sendo chamada, crescente junto de uma pontada em sua cabeça, e abre os olhos sem pressa, adaptando sua visão a luz. Está se sentindo um lixo.

Está deitado. Jimin aparece em seu campo de visão, tocando seu rosto, e um sorriso inconsciente brota em sua boca.

— Você está vivo... — murmura Jeon, feliz e orgulhoso. Park sorri junto dele, seus olhos desaparecerem em sua face, e acaricia a bochecha do mais velho com todos os seus sentimentos expostos a ele.

— Você também está vivo.

— Seu cabelo... E olhos...

— Eu sei. — o menino brinca com uma mecha do fio negro de Jeon. — Não paro de me encarar no espelho, é tão estranho. Está se sentindo bem?

O maior pisca. Apesar da dor de cabeça, não está sentindo mais nada. Na verdade, está meio grogue e sonolento, num estado neutro.

Ele assente, ouvindo um suspiro de alívio vindo de Jimin, e o menor beija sua testa.

— Você desmaiou depois que acordei. Tomou glicose e morfina, estava reclamando de dor e trouxemos você para casa.

Olhando para o teto do quarto repleto de estrelas neon, percebe onde está.

Casa. A casa deles.

Jimin, antes sentado, se deita na cama, ao lado de Jungkook, e o abraça pela cintura, apoiando seu rosto no peito do mais velho, o fazendo aperta-lo de volta, repleto de saudade.

O mais novo Deus apoia o queixo no peito do outro, olhando-o no olhos sem se importar com sua aparência cansada.

— Obrigado, Jungkook. Obrigado por me salvar. — sussurra, a ponta de seus narizes tocando-se com lentidão. Cada poro de seus rostos se dilata em conjunto, as pupilas crescendo uma para a outra. Estão se encarando e nem percebem o tempo passar, sendo gratos por estarem juntos. — Obrigado por continuar comigo. Obrigado por ser... Você.

— Não precisa agradecer... — ele toca o rosto de Jimin, puxando-o para selar seus lábios brevemente, e fala com as orbes cravadas no loiro:

— Eu amo você e faria tudo de novo... Mil vezes, se fosse preciso, e mais.

Park esbanja felicidade. Se sente tão amado e único! Jungkook é tudo o que sempre quis na vida. Tudo. Tudinho. É o seu maior sonho. É cada batida de seu coração.

Ele lhe faz querer estar em casa. Ele o fez sua própria morada.

— Você quase morreu nisso tudo! Louco! — finge estar bravo, selando seus lábios de novo.

— Você ia morrer! — revida, levantando seu tronco para se sentar na cama, com as costas apoiadas na cabeceira. — E você é um Deus agora, como está se sentindo?

O antigo humano dá de ombros, sentando no colo de Jungkook por pura conveniência, cada perna de um lado de seu quadril.

— Loiro e de olhos azuis. Minhas costas doem, mas acho que é porque fiquei muito tempo deitado. Taehyung disse que ia vir me fazer uma massagem quando você acordasse pra ver se a dor sumia.

Os braços de Jimin envolvem o pescoço do outro, gradativamente.

— Eu posso fazer uma massagem em você.

Ele gargalha, jogando a cabeça para trás.

Jimin fica tão lindo dessa forma!; sua aparência real, e Jeon sente falta dos olhos castanhos e o rostinho de menino danado, em alguns momentos. Sinceramente, Park está parecendo um príncipe, alguém com personalidade frágil, apesar de que todos sabem que Jimin é tudo, menos fraco.

Profecia Grega ᠅ jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora