EPÍLOGO Como as estrelas morrem

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AGORA

Kate Moraes


_Laurensmile Kate Moraes? - ouso uma voz rude perguntar.

_Sim? - Respondo antes de olhar.

_Você está presa pelo assassinato de Marjorie Zahirah Pinheiro. Você tem o direito de permanecer calada. Qualquer palavra que diga, pode e será usado contra você. - Diz algemando meus pulsos.

Sempre temos o pensamento de que algo será eterno, quando na verdade não é. É tudo passageiro. Pensei que meu sofrimento pela morte da Jorie seria, agora não mais. Não obstante, as estrelas nascem, vivem e morrem.

A forma da sua morte sempre dependerá de qual é o seu peso: uma estrela de pouca massa morre como uma anã branca, de muita massa como um buraco negro e entre essas duas uma estrela de nêutrons. A vida delas consiste em fundir átomos, entre eles o hidrogênio resultando em hélio e promovendo a liberação da energia que a faz brilhar. 

Uma estrela grande repete esse processo até não restar mais folego e morrer, as pequenas são comparadas a bolas brilhantes quentes que se esfriam gradualmente e ainda mesmo sem a fusão de outros elementos continuam brilhando, graças a sua temperatura extremamente alta. Estrelas ainda maiores quando param a fusão a gravidade da mesma desconstrói as partículas e compacta tudo do jeitinho brasileiro: bem junto e misturado, e o resultado é um buraco negro. Dessa forma qualquer coisa que caia ou chegue perto de um buraco negro não consegue retornar, pois a gravidade é alta. A zona restrita de aproximação altamente destacada como perigo, é chamada de Raio de Schwarzschild.

Ainda não consegui me virar, meus olhos estão fixos firmemente nos dela, do mesno jeito de quando a tiraram de mim. Consigo menos ainda imaginar como provaram que posso ser culpada por algo que além de eu não ter feito está diante de meus olhos. A única coisa que eu sei é que isso tem a ver com o meu pai adotivo. E se ele está metido nisso é porque há muito mais história envolvida do que eu sei e que prometo vingar-me depois que cumprir meus anos na prisão. A última coisa que eu vi foi Kaíque gritando tentando se livrar dos fios que o conectava a máquina, enquanto vários profissionais da saúde tentavam o manter no mesmo lugar.

Eu continuarei sendo o buraco negro e vamos ver como uma Anã-branca morre! 

As estrelas podem ser perigosas [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora