CAPÍTULO XLIV Na delegacia

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Dias Atuais

Kate Moraes

Entramos na delegacia que por estar bem gelada me fez encolher de frio. Me lembro como se fosse ontem a última fez que eu estive aqui. Nada havia mudado. A parede continuava o mesmo tom de cinza sem graça e as portas pintadas de um azul com a textura de verniz. Os homens que já estavam ali olharam para mim com uma espécie de desejo ou algo muito parecido nos olhos, eu ainda estava somente de top e uma calcinha boxe, mas não deveria me sentir tão desconfortável assim. Como esses podem ser os homens que defendem nossa segurança?

Busquei a mão de Kaíque e a coloquei em minha cintura, visto que um homem só respeita outro homem, que rapidamente percebeu indireta e além de vestir sua blusa em mim que era grande o suficiente para tapar minha bunda, permaneceu o tempo todo com as mãos na minha cintura. 

Obrigada por estar aqui! 

Agradeço-o em pensamentos, se não fosse por ele eu estaria sozinha. E eu não sei se conseguiria dar conta de mim mesma. Entramos por uma porta na qual um homem bem atlético estava sentado por trás de uma mesa. 

_Delegado Hugo. - Disse levantado-se e estendendo a mão. - Prazer.

Ignorei sua mão levantada e fui direto ao ponto.

_Sabemos quem você é, não precisa dar um de bom samaritano. - Falei subitamente.

_Laurensmile Kate Moraes. - Direcionou seu olhar para mim- Está bem mais falante do que da última vez que nos encontramos. Imagino que devem saber o porquê estão aqui.

_Doutor delegado ninguém tirou roup...

_Eu falo. - Falei em bom tom, olhando para os olhos de Kaíque. Essa era uma batalha que eu não havia terminado e já estava na hora. -Olha só, eu tropecei na calçada e cai do outro lado que

consequentemente é a praia.

_E decidiu tirar a roupa? - Disse sarcástico - Talvez a queda tenha lhe tirado o juízo. Vocês ainda são menores de idade e quero só respostas quando os pais de vocês chagarem.

Eu ainda não tinha pensado nisso. Imaginei que iria ligar para minha mãe, OPS, Dona Elisangela, de vários lugares... mas nunca da delegacia. 

As estrelas podem ser perigosas [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora