Me Fale Sobre Ela

2.3K 229 38
                                    

Oi pessoal, tudo bem?? Qual a boa dessa quarentena? Vocês tem lavado bem as mãos? Ficado em casa? Estão bebendo bastante água?? É IMPORTANTE!!!!

Eu sei que tenho demorado, mas como eu disse na publicação do meu perfil eu tenho passado por momentos emocionais MUITO difíceis e delicados. Eu ando com zero vontade de escrever qualquer coisa, inclusive até deixei de andar com meu diário para cima e para baixo kkkk Minhas ideias estão voltando, eu só estou tendo uma certa dificuldade de colocá-las no papel, espero que tenham paciência!

Para o capítulo de hoje sugiro algumas músicas: Upside Down do Jack Johnson; Golden Thing do Cody Simpson; Easily do Bruno Major e Everything is Yours da Kehlani.

Boa leitura:


Sinto o suor escorrer pela minha testa e minhas costas. Fazia muito tempo que eu não estava fazendo exercícios, então aquela caminhada cheia de subidas estava sendo a morte para mim. Estico meu braço e seguro na pedra, apoiando meu pé em uma pedra mais abaixo, quando mudo o peso do meu corpo, forçando o mesmo a subir, sinto meu corpo escorregando.

- Ei, cuidado. - sinto as mãos firmes de Carol me segurarem - Quando você disse que gostava de trilhas, achei que essa não seria um problema para você, patricinha. - escuto a risada divertida de Carol, bufo irritada.

- Eu te odeio. - ralho e ela ri ainda mais, me puxando.

- Odeia nada, você odeia fazer exercícios, aparentemente. - sorri maldosa e eu reviro os olhos, recuperando o fôlego.

- Estamos chegando?

- Estamos. - volta a andar e eu caminho atrás dela, ajeitando a mochila gigante.

- Prometo que você não vai se arrepender... - olha sobre o ombro, guiando o caminho - Garanto que vai ser mil vezes melhor do que ficar trancada em seu quarto de hotel.

- Isso eu não duvido.

Ficar tantas horas no quarto do hotel, sozinha, escrevendo por tantas horas conseguia ser muito chato, até mesmo enjoativo, por esse motivo eu andava matando horas de trabalho para passar meu tempo com Carol. Passava boa parte dos meus dias em sua casa, ajudando ela com os cuidados da horta, do celeiro e do seu enorme jardim. A parte mais surpreendente, era que eu realmente gostava de fazer aquilo.

Se um tempo atrás me dissessem que eu estava deixando de escrever para passar um tempo com uma caipira de Lexington em sua casa e fazendo tarefas rurais, eu riria na cara da pessoa e diria que a pessoa estava completamente doida. Entretanto, eu realmente estava me adaptando a vida pacata e rural da cidadezinha, a única parte angustiante era que eu não sentia vontade alguma de voltar para New York.

Olhei para a minha frente e foi inevitável não suspirar ao ver aqueles bíceps se contraindo por fazer força mais uma vez. Carol estava utilizando uma regata verde musgo, com a mão esquerda ela recolhia alguns galhos e com a mão direita ela segurava uma corda que levava uma boa quantidade de lenha para o fogo que faríamos para passar a noite na floresta.

Ainda estava me acostumando com a ideia de sumir no meio de uma floresta com apenas uma pessoa sabendo o caminho, com comida apenas para o dia seguinte e uma única barraca. Carol jurava que era uma boa ideia e que ela sempre fazia aquilo quando estava precisando esvaziar a mente, então eu apenas confiei nela.

- Esses insetos estão me comendo viva.

- Você reclama muito, sabia?

- Eu não tenho culpa de não ser caipira. - zombo e ela ri debochada.

Permanent Vacation | RomadanversOnde histórias criam vida. Descubra agora