CAPÍTULO III

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CAPÍTULO +16

Tenho fome... fome de justiça e poder...
tenho fome, a fome de ver para crer...
prostitutas banham-se sobre a luz do luar...
homens entediados começam a trabalhar...
e crianças da boca suja começam a "estudar"
nessa geração que há tempos está perdida
eu tenho fome...
fome de justiça e de poder...
a fome de ver para crer...

- Autor(a) desconhecido

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Carol sorri satisfeita, e vai até a casa. Após tocar a campainha, ela é atendida por um rapaz jovem que bebia uma garrafa de álcool.

-" Quer alguma coisa? "- O garoto fala ríspido. -" Eu deixei cair uma bola na sua casa, pode busca-la? "- sentindo-se ser encarada por vários segundos a mulher bufa impaciente. -" Você pode me ajudar ou não? "- Após um grande gole de sua garrafa, o rapaz entra na casa para pegar a bola.

-" Me chamo Breno. A senhora..? "- Ele questiona repousando a garrafa no muro e entregando a bola para a moça.

-" Carolina. Muito obrigada. "- Ela fala, se virando com a bola.

Ela vai na direção dos três garotos e lhes entrega a bola. -" Obrigado tia. E... desculpe pelo que eu disse antes. "- Pedro diz, com a bola em suas mãos.

-" Bem, foi um prazer conhecer vocês. Eu tenho que ir garotos, até outro dia. "-

Os garotos se cutucam, apontando Carol.

-" Am, com licença? Eu queria te fazer uma pergunta... "- O garoto da blusa " é relativo" fala

-" Pois não? "-

-" Você é a mãe de Elaine né...? "- Carol assente.

-" Olha, o bairro vai fazer uma festa em ar livre amanhã de noite. Vocês deviam aparecer! "- O garoto fala, mostrando um convite a mãe.

-" Eu não sei se minha filha está pronta para tanto barulho garotos, ela... "-

-" Ficou em coma? É nós sabemos. "- O menino japonês interrompe-a. -" Mas nós temos certeza de que algumas horas fora da casa vai fazer muito bem a ela! Pense nisso, ok? "-

-" Além disso, é tudo relativo senhora! A lua amanhã vai estar a exatamente 238 mil milhas da terra, e isso a converte em uma ângulo, que será propício para o..."- Pedro estapeia seu amigo, que ri coçando a cabeça.

(NA CASA)

-" Então, acredita que eu soquei a cara daquela maldita vaca? Eu sujei as minhas mãos no couro podre daquela maldita e... "-

-" E porque fez isso mesmo..?"- Elaine questiona, deixando o copo que segurava na mesa ao lado.

-" Eu participo de corridas de moto, e ela trapaceou. Se não fosse por essa vadia, eu estaria com 7 mil pila agora! "-

Elaine ri, com o modo que sua amiga fala. O próprio estilo de Alice chamaria a atenção de qualquer um: seus cabelos tingidos com um forte azul, eram acompanhados de uma forte maquiagem e ainda sua incrível blusa " cuidado, área de masculinidade frágil."

Alice bufa, dando um gole no suco.

-" Quer saber de uma coisa? Eu acho que foi melhor assim. "-

-" Sério? "-

-" É sério. Se eu tivesse ganho, meu irmão teria gasto tudo no cassino. Mas é sério, precisava ter visto! A cara dela ficou toda amassada, parecia até que fizeram uma rinoplastia em um cavalo!"-

Elaine se lembra de sua imagem no espelho. Porque tinha visto um monstro? E porquê apenas ela podia ver aquilo? Ela presta pouca atenção no que sua amiga fala, não conseguia entender nada agora.

Como ela era antes disso tudo? Lembranças invadem a mente anormal da garota, mas se misturavam com seus tempestuosos pensamentos. Oque antes era uma tempestedade, agora é um tsunami.

-" Alice... "- Elaine fala, virando-se na direção da mesma. O ânimo da conversa já havia cessado. Alice para de falar, para escuta-la.

-" Pode me deixar sozinha um pouco..? Eu quero descansar agora. "- Elaine diz, olhando o relógio. 11: 18

Alice encara o chão por alguns segundos, estupefata pelo pedido. Teria ela incomodado?

-" Me desculpa, eu não devia ter falado tanto..."- Fala, sentindo o seu estômago embrulhar.

-" Está tudo bem amiga. É Só que... Eu quero ficar sozinha agora. "- As duas se despedem, e por fim Elaine vai na direção de seu quarto. Um aroma familiar lá, entretanto interrompe seus passos. Oque era aquilo?

Ao abrir a porta, ela se depara com um homem segurando uma bandeja com biscoitos coloridos.

Apesar de dar passos para trás, a porta fecha violentamente não dando espaço para Elaine.

-" Onde pensa que vai Rata? Eu fiz esses biscoitos para fazermos as pazes... "- Ben fala, abrindo um largo sorriso.

-" Eu não quero nada que venha de você! "- A garota diz, ofegante e nervosa. A criatura se aproxima da garota e para a milímetros dela.

-" Você deveria me agradecer, sabe porque? "-

Elaine questiona, o encarando nos olhos.

-" Você se tornou incansável, graças a a mim. Sua carne nunca apodrecera, e o mais importante: Seus pecados serão seu parque de diversão..."-

-" Eu não pedi por nada disso! Eu não quero viver assim, eu... "- Elaine para de falar, sente-se ficando quente.

-" Deixe seu medo de lado ratinha... E viva no mar de pecados comigo! "-

Ela sente seu corpo amolecer, uma forte excitação se encontra contra seu corpo virgem e imaculado.

Antes que caia no chão, a garota é segurada pela criatura que sorri encarando a garota.

-" Oque está acontecendo...? Ben, ajude-me! "-

-" Com prazer... "-

A criatura começa a beijar todo o corpo de Elaine, dando-lhe chupões e mordidas como brinde. Elaine sente-se incrivelmente bem, o céu se compara a essa luxúria? A criatura desse as mãos, beirando os tenros seios da jovem moça. Elaine geme, com os olhos quase fechados.

-" Querida, venha aqui em baixo me ajudar!"- Neste instante Elaine não sente mais nada. Nenhum toque, ou carícia. Ela desliza a mão por onde Ben passou, tentando simular seus toques.

Suspirando, a menina desce a escadaria encontrando sua mãe com algumas sacolas.

-" Oque houve, Alice teve que ir embora? "-

-" hm... Infelizmente sim. Ela disse que precisava ir mais cedo... "- Elaine fala, indo em direção da cozinha. Sua mãe suspira, e aperta uma das sacolas com força.

-" filha, eu... Comprei algumas coisas para você. "- Elaine vira-se, seu olhar não revelava emoção alguma. Se outrora ela foi uma alegre criança, agora a melancolia reinava em seu ser.

A noite, 23:54

Elaine repousa o corpo na cama, e com os olhos abertos reflete tudo oque passou. Quando voltaria a escola? Teria mais amigos?

Ela morde os lábios.

Que o pecado consuma sua carne
Mais forte o ser te invade
Estocando-te violentamente
A carne se torna podre
As freiras vão pro inferno
O prazer deve ser consumado
Pela graça e honra da luxúria
Dedos ágeis, pernas abertas
Quadril violento, chicote de couro

1 chicotada- seus olhos se fecham
2 chicotadas- o corpo se excita
3 chicotadas- quem realmente é virgem?
4 chicotadas- Todos podem escuta-la
5 chicotadas- Que o pecado consuma sua apodrecida carne.

Elaine fecha os olhos, ofegando.

Fim-

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