ᵉᵖⁱˢᵒᵈⁱᵒ 9 - ᵖᵒʳˤᵘᵉ ᵛᵒᶜᵉ ᵐᵉⁿᵗⁱᵘ

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ㅡ Min Gi, você sabe me dizer porque o Seongie não gosta de contato físico? ㅡ Perguntei esperançoso, queria descobrir porque ele era tão averso ao meu toque, mesmo depois de quase 3 semanas juntos. Se fosse algo relacionado a traumas, o que deixava meu cérebro se corroendo de preocupação, eu queria saber como ajudá-lo. Só assim, poderíamos avançar para o próximo passo.

ㅡ ... Contato físico? ㅡ Ele replicou, esfregando a parede que JongHo havia deixado uma bela obra de arte. Havia me disposto a o ajudar.

ㅡ Sim... Beijinhos, abraços, cafuné... Vai me dizer que você nunca fez amor com YunHo. ㅡ Também estava esfregando e esfregando com toda a força do mundo.

ㅡ Aish... Fazer amor... ㅡ Ele olhou para o chão e depois para o parceiro do lado de fora, ocupado com seu jardim.

ㅡ ... O que foi...

ㅡ Faz tempo que não temos um momento para isso. ㅡ Fez um biquinho e suspirou.

ㅡ Aigoo... Sinto muito... ㅡ Eu posso entender como Min Gi prefere cuidar da mentalidade de YunHo do que satisfazer seus próprios desejos carnais. Por isso, o respeitava e admirava sua poderosa relação. ㅡ ... Mas e o Seonghwa?

ㅡ ... Eu não sei, talvez ele não dê tanta importância pra essas coisas.

ㅡ É por causa da bomba... ㅡ JongHo disse invadindo a sala e sentando-se na poltrona, passando os dedos no controle da tv.

ㅡ ... Bomba? A mesma que fez YunHo perder a memória? ㅡ Perguntei pra mim mesmo, enquanto Min Gi pegava a criança pelo braço o prendendo no andar de cima novamente. ㅡ A-Aigoo, por quanto tempo mais vai deixar ele de castigo? ㅡ O acompanhei.

ㅡ Se ele parasse de fugir, já teria acabado! ㅡ Sorri negando com minha cabeça, JongHo adorava provocar Min Gi. Disse ao pai que iria o levar ao quarto, ele revirou os olhos e me permitiu.

O quarto de JongHo era terrivelmente escuro. Dava de entender porque ele não queria ficar lá. Ele pegou o ursinho abandonado no chão e sentou pulando na cama. Haviam folhas de desenhos espalhadas por todo lugar, santos e uma bíblia aberta. Fedia a mofo e não haviam mais brinquedos se não o pequeno urso.

ㅡ Caramba, parece mais um cativeiro. Será que posso abrir as cortinas? ㅡ JongHo concordou. Logo que a luz entrou, a áurea no cômodo ficara infinitamente melhor. ㅡ ... Você... Gosta mesmo de fantasmas, huh? ㅡ Disse ao catar os desenhos do chão e percebendo uma maioria sobre monstros. ㅡ Você não tem medo?

ㅡ Anyo. Os fantasmas não são assustadores. Eles são amigos. ㅡ Disse sorrindo, ele era tão fofo que me dava vontade de sufocá-lo em um abraço.

ㅡ JongHo, nunca te vi brincando com outras crianças. ㅡ Sentei ao seu lado na cama, atento ao seu jeito meigo de agir.

ㅡ Ah, eu não posso brincar. A mãe YunHo disse que as outras crianças não iriam me aceitar. ㅡ Ele falou com um biquinho.

ㅡ A-Aigoo... Poque não iriam? Você é bastante fofo e divertido, tenho certeza que muitos iriam gostar de você. ㅡ Bati em minhas coxas bastante confuso.

ㅡ Anyo, geralmente, as pessoas tem medo do que não conseguem ver. ㅡ Fez carinho no urso. Em algum lugar da minha mente, a sentença poderia fazer sentido.

ㅡ O-Okay, mas agora eu sou seu amigo e vou brincar com você, JongHo-ssi!! ㅡ Inclinei meu corpo colocando minhas mãos sobre seus ombros, pretendo o abraçar e fazer cócegas em sua barriga.

... Mas... não conseguia sentir o corpo de JongHo. O contato corporal não havia sido acionado, minhas terminaçoes nervosas não sofreram o menor dos estímulos. Era como se eu estivesse abraçado ao nada. Franzi meu cenho me afastando. Foi bastante estranho e curioso.

Não perdi muito tempo pensando nisso, apenas terminei de limpar as paredes com Min Gi e voltei para o trabalho. Wooyoung estava superando a dor da perca à sua maneira. Em 3 semanas, já havia ficado com metade dos Office Boys e mais alguns que sinceramente nem sei o nome. Eu não conseguiria ser igual a ele, até porque meu coração tem dono. San parou de pegar mais no nosso pé, deixando de ser um chefe abusado, talvez para evitar olhar na cara do meu amigo.

ㅡ Você quem é Jung Wooyoung? ㅡ In Jeongin invadiu nossa salinha, pondo as mãos na mesa. O brinco em sua orelha balançava de lá para cá, como um pêndulo.

ㅡ Huh, eu sou, lombriga com cabelos. Não bato papo com pintinhos, estou trabalhando, saia. ㅡ Wooyoung nem o olhou nos olhos, levantei minha sobrancelha.

ㅡ Eu vou desconsiderar o insulto. Eu vim te falar uma coisa. O San te enganou. Ele é um viagarista. Estava mentindo esse tempo todo, tanto pra você quanto pra mim.

ㅡ ... Huh, eu não me importo mais com ele, ele pode ficar com quem quiser. ㅡ Os dedos de Wooyoung teclavam rápido.

ㅡ Tudo bem, mas eu achei que deveria saber. San não é do departamento de recursos e muito menos é sócio da KQ. ㅡ Fiquei de boca aberta, enquanto Wooyoung petrificava ao ouvir o pequeno mirim. ㅡ Eu não sei o que deu na cabeça dele de fingir uma coisa dessas... Ele é apenas um dos serviços gerais. Eu estou possesso de ódio, me sinto traído.

Wooyoung fez um ruído de surpresa e enclinou o corpo para trás, como eu. Jeongin ficou tagarelando e tagarelando o quão decepcionado ele estava. Olhei de relance para meu amigo e o toquei no ombro, espalhando um pouco de carinho.

ㅡ ... E se não acredita, pode ir lá ver com os próprios olhos. Grr! Eu perdi meu tempo. ㅡ O mirim saiu da sala, obviamente San não correspondia ao padrão imposto pelo seu caráter interesseiro. Olhei pra Wooyoung novamente, como se estivesse dizendo ‘vamos lá?’. Ele assentiu, concordando com a cabeça como se dissesse ‘bora’. Logo nos levantamos dos nossos lugares e fomos em busca de Choi San.

O encontramos perto do almoxarifado, com fones de ouvido, balançando o corpo e fazendo um esfregão de par e um balde com água e produto de limpeza por perto. Okay, não nego, achei bastante fofo. Wooyoung se aproximou devagar, com os braços cruzados, fiquei na porta apenas observando.

ㅡ Sócio da KQ? ㅡ Ele disse com um tom de deboche. San parou de agir, ainda de costas para ele. ㅡ ... Porque você mentiu?

ㅡ Quem te contou? Jeongin? ㅡ Ele o respondeu, inaudível e amendrontado.

ㅡ Você acha que isso importa agora?! Porque você mentiu? Porque você foi tão babaca comigo, Sanie?! ㅡ Wooyoung o puxou o obrigando a nos encarar.












/no próximo capítulo
ㅡ ... Significa que ainda pode me dar uma chance?

SOUND OF THE MOON | ATEEZOnde histórias criam vida. Descubra agora