ᵉᵖⁱˢᵒᵈⁱᵒ 3 - ᵃᵍᵘᵃ ˤᵘᵉⁿᵗᵉ

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ㅡ Ele pode fazer isso?? Ele realmente pode fazer isso? ㅡ Wooyoung fechou o laptop com toda a imprudência do mundo, tirando a caneta que precisa dar um aperto para que funcione de trás da orelha.

ㅡ Aigoo, se ele é quem determina seu salário, acho que...

ㅡ Ele pode me chamar de fofo?? ㅡ Interrompeu meu raciocínio, juntando todos os post-it. Eu começei a rir enquanto arrumava minhas coisas também. ㅡ Olha pra mim, Hongjoong. Eu sou sexy. Que se foda, essa tal fofura.

ㅡ Não acredito que está pistola por causa disso. ㅡ Apaguei a minha luminária e junto saímos do departamento de publicidade. ㅡ Achei que ia ficar muito mais irritado com o seu abuso de autoridade.

ㅡ Nah. Caras como Choi San deve ter algum trauma de infância que justifique a sua falta de humildade, só precisamos ter um pouquinho de paciência... #sem_julgamentos. ㅡ De passo em passo andávamos em busca do estacionamento.

ㅡ Como você conseguiu tirar essa conclusão com menos de 15min? Tem certeza que fez o curso certo? ㅡ Fiquei rindo e checando se não havia esquecido nada do meu pijama na minha bolsa. ㅡ Quer saber, eu te acho bem fofo. Pare de resmungar.

ㅡ Fofo o caralho. Crianças e filhotinhos de cachorro são fofos. Já eu, sou um cachorrão, Hongjoong. ㅡ Rosnou pra mim como se fosse o mais alfa do canil e entrou dentro do carro.

Seria abusar demais pedir que a carona de Wooyoung se extendesse até a porta da minha casa. Pra falar a verdade, ele não era tão melhor amigo a esse nível. Assim que desci na minha esquina, caminhei os passos lentos de sempre pela calçada. A rua era bem deserta e fria, os grilos sendo grilos eram o único som. Perto de casa, vi a do vizinho com as luzes apagadas.

ㅡ Eu hein... Malucos. ㅡ Eu disse procurando minha chave. Tive a ideia de amarrar uma fita vermelha na principal, assim não demoraria horas a procurando. Quando virei o rosto para o lado, me deparei com um menininho me encarando como o invasor havia feito. Estava vestido de branco e segurando um ursinho fofo, suas bochechas eram cheias e o cabelo me tentava a passar a mão. ㅡ O-Oi, bebêzinho. Quem é sua mãe?

ㅡ YunHo. ㅡ Ele falou com a voz manhosa, apontando a casa à esquerda. Logo franzi meu cenho outra vez, surpreso.

ㅡ Wow! YunHo é sua mamãe? E seu papai é o Min Gi? ㅡ Perguntei me agachando até estar à sua altura. Ele concordou com a cabeça segurando o urso mais forte.

ㅡ Jong Ho-ssi, venha para dentro, não quero que fique gripado... ㅡ A voz melodiosa de YunHo cortou meus tímpanos. A criança acenou um tchau com a mão para mim e correu de volta a sua habitação. Meu coração quase que se derrete. ㅡ Ow!! Você fez amizade com um vizinho novo, baby? ㅡ YunHo alisou os cabelos do filho, me deixando ainda mais encantado.

ㅡ ... Seu filho é bastante fofo e educado. ㅡ Eu disse, fazendo o adulto olhar pra mim surpreso e instantâneamente eufórico.

ㅡ Não consigo acreditar, Min Gi!! Temos um novo vizinho! Meu nome é YunHo!! Espero que possamos ser bons vizinhos.

ㅡ YunHo, já sei que seu nome é esse. ㅡ Pus minhas mãos nos triângulos da cerca um pouco confuso.

ㅡ A mãe tem perca de memória recente. ㅡ A criança Jong Ho me esclareceu, finalmente. ㅡ Ele é assim desde que a bomba explodiu.

ㅡ ... Bomba? ㅡ Inclinei meu rosto.

ㅡ Aish, vamos, vamos entrando, muito tarde pra ficar aqui fora, okay? Aish, Jong Ho, quem mandou sair do quarto, huh? Não falei que estava de castigo? ㅡ Min Gi chegou os empurrando para dentro, despedindo-se de mim com um sorrisinho pequeno e acenar. Fechou a porta e me deixou sozinho com minha casa mal explorada.

Meu cérebro deu milhões e milhões de voltas. Eu achava surpreendente e confortante saber que YunHo e Min Gi eram primos e, possivelmente, amantes. Como Jong Ho veio parar em suas mãos? Adoção? Barriga de aluguel? E quanto ao couple? A família era a favor ou contra? Será que estão vivendo escondidos??

Bati em minha testa enquanto me encarava no espelho, eu não podia deixar a áurea de Wooyoung, aquele que se intromete na vida alheia, deixar a minha defasar. Tirei minha maquiagem primeiro e virei meu corpo a caminho do box, meu corpo precisava de um bom e longo banho com água morna.

ㅡ Aish!!!! ㅡ Berrei assustado ao me deparar com as costas nuas do invasor de antigamente tampando toda minha vista. Dei dois passos para trás. ㅡ Que inferno!! Você aqui, de novo??! O que está fazendo?!

ㅡ Ah, pensei que fosse meio óbvio... Estou tomando banho. ㅡ Virou-se de frente pra mim, com o olhar indiferente e o cabelo perfeitamente bagunçado.

ㅡ Vá banhar em outro lugar! Aqui não é chuveiro comunitário!! ㅡ Gritei eufórico tratando de cobrir minha nudez, já a dele... Completamente explícita.

ㅡ Porque eu banharia em outro lugar, se tenho um banheiro com água quente na minha casa? ㅡ Sussurrou em meu ouvido, engoli a seco. Seu abdômen e peitoral jaz bastante definido e perigosamente perto de mim. Me afastei novamente.

ㅡ Você quer que eu desenhe?? A casa nunca foi sua e nunca será!! C-Como você... Aish!! ㅡ Lembrei de o ter deixado livre pela casa ao sair apressado de manhã. ㅡ Eu quase perdi o emprego por sua causa, sabia?!!

ㅡ Não sei como daqui eu poderia interferir nesse seu joguinho de computador. ㅡ Disse, começando a descer a última peça de costas para mim.

ㅡ M-Meu... Não é um joguinho, é um... Pela mãe, o que diabos está fazendo, por favor!!

ㅡ Eu já disse, vou tomar banho no meu banheiro. Se você não vai sair... Eu não tenho vergonha. ㅡ Rosnei, peguei minha toalha e saí rapidamente dali, poupando meus olhos de verem o que eu não queria.

Talvez, depois do banho, quem sabe, ele poderá me deixar em paz. Ele poderia parar de me aborrecer e eu poderia finalmente descansar e pensar em novos projetos. Mas ele demorou. Demorou a eternidade dentro do banheiro que era capaz de ter acabado com a água do planeta. Até mesmo desisti de esperar, para poder tomar do meu próprio banho, e acabei cochilando no outro lado da porta.

Apesar do sono consumindo minhas entranhas, ouvi a porta ranger, finalmente ele tinha acabado com a remoção das escamas de sujeira do corpo e me encontrou largado. Senti sua presença, esquentando minhas bochechas.

ㅡ Desculpa pelo seu trabalho, Hongjoong. Você mandou muito bem hoje. ㅡ Disse com a voz calma e suave, fazendo com que meu coração criasse vida própria por um instante... Mas depois disso, a voz sumiu.







/no próximo capítulo

ㅡ Eu sou o Office Boy... Não pude evitar de ouvir a conversa de vocês.

SOUND OF THE MOON | ATEEZOnde histórias criam vida. Descubra agora