Capítulo 7
Tinha medo do que estava preste a acontecer. Jackson encarava Samuel com um olhar mortal. Nunca em um milhão de anos eu iria imaginar que isso estaria acontecendo comigo.
Vamos lá, eu era uma garota sem sal, gordinha e sem qualquer atrativo para ter dois garotos bonitos brigando por mim. Estava pensando em fazer algo a respeito, quando Samuel decidiu quebrar aquele silêncio mortal.
— Ela não é sua namorada Rox. É melhor você sair fora babaca! — Samuel rosnou.
— E você por acaso é, playboy? Você não é nada dela também!
Meus olhos estavam arregalados com toda aquela briga dos dois. Pensei em ligar para meu pai e implorar para ele vir me buscar, mas sabia que Mei e sua cópia mal feita iriam vir também dar o “ar das graças”.
Suspirei limpando o suor que estava escorrendo por minha testa, olhando de olhos arregalados toda aquela cena.
— Seu filho da puta! — Jackson rugiu. Minha boca abriu assustada quando os dois rolaram no chão se socando violentamente.
Era só o que me faltava, dois brutamontes com a testosterona em alta brigando feito animais. Já estava imaginando que o vencedor dessa disputa, iria bater no peito feito um verdadeiro gorila e me colocar sobre os ombros e partir. Seria engraçado se não fosse cômico .
E para melhorar meu humor em poucos segundos, ao nosso redor se formou uma grande multidão observando a briga dos dois idiotas. Eu queria sair correndo e me esconder em algum lugar, de preferência enfiar minha cabeça em algum buraco, isso é claro após matar os dois.
— Parem com isso! — Gritei com os pulmões carregados.
Tentei chamar a atenção deles, mas pareciam dois cachorros enraivecidos prontos para atacar qualquer um que chegasse perto. Os dois estão loucos. Eu já estava a algum tempo tentando colocar algo na cabeça de Jackson dizendo que ele não poderiam socar qualquer pessoa que ele vê na rua, mas não obtive sucesso.
(...)
Em todos esses anos nessa indústria vital, essa é a primeira vez que isso me acontece. Eu estava em uma delegacia de polícia. Não só eu, mas também os dois energúmenos que se atacaram no meio da rua na frente de todo mundo. Suspirei passando a mão pelo meus cabelos, revoltada. Alguns minutos atrás liguei para o papai vir me buscar, estava pronta para bronca que iria receber. Nunca em todos esses anos passei por isso, era a primeira vez que meu pai iria me buscar em uma delegacia. E a culpa nem era minha! Minha vontade era de matar Jackson, e Samuel mais ainda.
— Isso é culpa sua! — rosnei olhando para o lado, aonde o Rox me olhava com sorriso zombeteiro. Sabia que ele estava acostumado a ser o centro das atenções na delegacia. Samuel por outro lado, tinha o olhar envergonhado toda vez que era direcionado a mim. Ele mantinha as mãos dentro da jaqueta, e toda vez que eu o encarava ele desviava o olhar.
— Não estou me desculpando Love — Jackson diz indiferente, passando a língua sobre os lábios me olhando sorridente. — Além do mais eu sempre quis socar esse playboy.
Revirei os olhos olhando para aquele imbecil. Sabia que eu não poderia me surpreender mais. Acho que é um grande desperdício de tempo. Senti um breve alívio quando vi meu pai entrar pela porta da delegacia, mas sua face não trazia nenhum sorriso, sabia que estava ferrada. Passei as mãos pela calça tentando não transparecer meu pânico.
— Papai eu posso explicar! — me apressei em dizer, sabia que não teria outra oportunidade.
Eu que tinha me envolvido em uma encrenca. E das grandes.
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Golpe Baixo! | DEGUSTAÇÃO
Подростковая литератураO que aconteceria se você invertece o famoso conto Nerd e popular? Tudo que Teresa O'Connel menos queria em seu último ano escolar, era ter algum tipo de clichê, mas seus planos de passar despercebida naquele ano vão por água abaixo quando Samuel D...