Capítulo 8
Yo soy rebelde!
Soltei um longo suspiro antes de me levantar da cama. Papai não estava mesmo brincando quando disse que eu não poderia mais sair de casa. Estava prestes a soltar mais um grito de raiva quando ouvi o barulho da porta se abrindo.
Vai ser uma manhã muito difícil. Pensei enquanto observava minha mãe entrar no quarto.
― Tereza meu amor, que bom que já acordou. ― Ela disse andando até a janela e abrindo em seguida.
Infelizmente não bastasse meu castigo, faziam três dias que Marie Sullivan apareceu em casa lembrando que tinha uma filha. Tentei ignorá-la ao máximo, mas já está ficando cada vez mais insuportável, ela perambulava pela casa impondo regras como se ela ainda morasse aqui e fazendo o que ela não nasceu para ser, tentar ser “mãe”.
Quase me sinto mal por ela, quase.
― Eu na verdade só ia beber uma água, porque está abrindo a janela? São cinco da manhã, ainda tenho uma hora para dormir tranquilamente antes da escola. ― Resmungo tapando meus olhos da luz que entra pela janela.
― Eu sei. E é por isso mesmo que estou aqui, vamos correr no parque antes de você ir para escola... ― Ela disse com uma animação que chega a irritar. ― Além do mais, você tem que estar ansiosa para a nova dieta que eu preparei, exclusivamente 'pra’ você!
Quase me esqueci, ainda tem isso, ela voltou com a ideia de que eu tenho que emagrecer. Revirei os olhos irritada, tentando lembrar a mim mesma que era minha genitora na minha frente e agredi-la não era uma opção . Ela pouco se interessa por mim e quando raramente o faz é para vir acabar com todo o trabalho que tenho diariamente com minha autoestima, é a mãe do ano. Mas eu até entendo ela um pouco, Marie é uma mulher fitness, e o programa ideal de mãe e filha para ela é dentro de uma academia ou fazer compras de roupas bem estilosas e é claro, para pessoas magras. Deve ser frustrante ela ter que lidar com a filha gorda. A sensação que eu tenho é que ela não me via como sua filha, eu era só um projeto que ela se interessava as vezes e quando eu não apresentava os devidos resultados, ela desistia para depois de alguns meses voltar a tentar. Esse era nosso ciclo vicioso, e posso dizer que quanto mais dietas apareciam, mais porcarias eu comia, seja em casa ou na rua. Eu sabia que não tinha a aparência fitness que ela almejava, mas ver ela aqui na minha frente, criticando meu corpo sem eu sequer ter pedido a sua opinião, era como um soco bem na minha cara.
― Isso é sério?! ― Virei de costas para ela tentando controlar minha paciência já escassa. ― Por que você não vê que eu não quero fazer dieta?
Perguntei com a voz mais calma que pude fazer voltando a encarar seus olhos.
― Tereza , eu quero o melhor para você! Não vê que isso não é saudável ? — Ela aponta o dedo para minha barriga, minha boca abre e fecha em completo choque. Eu fazia exames periódicos, não tinha sentido no que ela falava. Fala sério! se eu estivesse com problema eu seria a primeira a tomar uma atitude.
Marie era médica, não era possível que ela fosse tão negligente assim.
― Meu corpo não é saudável? ― Questionei irritada e vi quando ela engoliu seco, desviando o olhar.
— Se você fosse uma mãe presente, saberia que meus exames são feitos periodicamente a cada 6 meses, e ao contrário desse seu pensamento preconceituoso, estou gozando de boa saúde! — Ela me olhou chocada e um pouco ofendida com minha resposta. Mas agora eu não era a única machucada.
— Filha não é bem assim também.
— Claro que não, você some e aparece quando bem convém apenas para destruir a minha autoestima, porque você quer ganhar o prêmio de mãe do ano.
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Golpe Baixo! | DEGUSTAÇÃO
Dla nastolatkówO que aconteceria se você invertece o famoso conto Nerd e popular? Tudo que Teresa O'Connel menos queria em seu último ano escolar, era ter algum tipo de clichê, mas seus planos de passar despercebida naquele ano vão por água abaixo quando Samuel D...