Capítulo 2Insegurança.
Me olhei no espelho, estava nua somente com uma toalha na cabeça secando meus cabelos castanhos desbotados.
Começando a me analisar de cima a baixo, desde a minha conversa com o Rox alguns dias atrás, perguntas rondavam minha cabeça e com elas todas as minhas inseguranças que tinha guardado a sete chaves dentro do meu coração.Me olhei no espelho mais de perto.
Meus seios eram um pouco caídos e minha barriga tinha algumas dobras, no máximo três.
Minhas pernas tinham algumas marcas que eram as famosas celulites e algumas estrias.
Eu era tão branca que aquelas marcas em minha pele ficavam mais expostas possíveis, sempre usava roupas que tampassem a maior parte dos meu corpo, tinha muita vergonha. Não queria que as pessoas vissem coisas que nem mesmo eu gostava em mim.
Fiz cara de nojo, como alguém como Jackson Rox iria querer transado com alguém como eu? Eu não sou bonita, acho que a única coisa bonita em mim eram os meus grandes e expressivos olhos verdes.
Fora isso eu não tinha nada de especial tudo em mim rondava o normal — Ou esquisito. — Quando eu tinha doze anos eu estava bem mais gordinha do que muitas garotas da minha idade, Mamãe ainda morava conosco, mas já dava indícios de algo estava errado em nossa família.
Dona Marie me colocou em um acampamento de verão para crianças que queriam emagrecer.
Ou no caso, que os pais queriam que emagrecessem.Para agradá-la eu fiz de tudo, todos os exercícios que o treinador mandava… Eu tentei te todas as formas perder alguns quilinhos, mas não consegui. Pensava que mamãe queria se separar por minha causa. Por eu não conseguir ficar bonita como as outras garotas da minha idade. Por não conseguir controlar o próprio organismo.
Mas nunca adiantou, naquele mesmo verão quando cheguei em casa do acampamento ela já tinha ido embora me deixando sozinha com meu pai.
Então eu desistir de tentar perder toda aquela gordurinha que eu exibia.
Mamãe fora embora é nada poderia faze-la voltar. Os anos se passaram e eu emagreci alguns quilos, mas nada tão evidente.
Agora com o Rox querendo transar comigo era bem estranho, e se ele achasse meu corpo horrível? Senti uma lágrima descer dos meus olhos.
Mas que em droga eu havia me metido?
Eu achava que estava saindo de um clichê e acabo entrando em outro.
Puff! Eu nunca me importei com isso porque estou pensando nisso agora?
Ouvi as batidas na porta do meu quarto sabia que era Karina.
Enrolo a toalha outras vez ao meu redor tampando minha nudez me dirigindo a porta para abri-la.
— Por que trancou a porta Lagarta Rosa? — Ela resmunga entrando para dentro do quarto se jogando em minha cama de casal.— Desculpa, estava no banho.
Ela me olha com um olhar interrogativo.
— Estava chorando de novo? — Ela sussurra triste.
Ela devia ter reparado em minha cara vermelha e meus olhos inchados.
— Desculpa é que… — Não conseguia falar.
— O que aquele idiota te fez amiga? Vou arrancar as bolas daquele idiota?
— Ele não fez nada, bem não ainda.
A ruiva se senta na cama e me olha esperando uma resposta
— Me conta o que ele fez…
Respiro fundo.
— Ele aceitou me levar ao baile, mas… — Meu rosto cora ao se lembrar das palavras do Moreno.
— O que? Me conta!
— Ele quer me… Ai droga!
Coloquei as mãos em meu rosto o tampando pela vergonha
— Fala.
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Golpe Baixo! | DEGUSTAÇÃO
Novela JuvenilO que aconteceria se você invertece o famoso conto Nerd e popular? Tudo que Teresa O'Connel menos queria em seu último ano escolar, era ter algum tipo de clichê, mas seus planos de passar despercebida naquele ano vão por água abaixo quando Samuel D...