Capítulo 12.

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Liam e eu passamos o dia todo andando,ele havia examinado o mapa antes e o primeiro ponto marcado estava próximo de nós,a gente não sabia o que era,mas parecia bastante promissor...

— Bom,é aqui. — Diz Liam ao chegarmos em frente a uma farmácia.

...ele confere o mapa...

— Eu esperava algo mais relevante,se tiver remédios provavelmente já passaram do prazo de validade. — Cruzo os braços.

— Se está marcado no mapa deve ser por um motivo especial.

Liam tenta abrir a porta,mas ela mal se movia,estava trancada. É raro encontrar estabelecimentos trancados,geralmente as criaturas destroem as portas para conseguir entrar.

— Não adianta Liam,está trancada,podemos ir agora?.

— Mesmo estando trancada isso não atiça sua curiosidade?. — Ele pergunta.

— Não vamos encontrar nada útil ai dentro.

— E o que veremos.

Liam pega sua mochila e começa a procurar por algo,a não ser que ele tenha uma chave ai dentro minhas expectativas são baixas. Da mochila ele retira um mero alfinete,logo um monte de dúvidas pairam sob minha cabeça em relação a como esse maluco iria conseguir abrir a porta com isso.

— Aqui estão nossas ferramentas. — Ele fala com os objetos em mãos.

— Um alfinete e um canivete?. — Questiono — Talvez um grampo de cabelo fosse mais útil.

— É a minha segunda opção.

...Liam se agacha em frente a fechadura da porta e começa cutuca-la com a ponta do canivete...

— Onde aprendeu a fazer isso?. — Pergunto.

— Em um programa de TV,eles usavam um canivete e um alfinete para destrancar esse tipo de fechadura.

— Pelo que parece isso vai ser demorado. — Suspiro.

— ...e pronto. — Ele abre a porta.

— Deixa pra lá.

...

Por dentro não havia ninguém,estava escuro e as prateleiras completamente vazias,não tinha nada que pudesse ser interessante para nós. Liam liga a lanterna e em seguida começamos a revisar o lugar.

— É,tudo vazio. — Falo.

— Isso não faz sentido,por qual motivo estaria marcado no mapa se não tem nada aqui?.

— Sei lá,talvez quisessem pregar uma peça em quem lesse.

De forma insistente Liam continuava procurando por algo relevante,impacientemente eu o esperava do lado de fora da farmácia. Ao longe,bem distante de nós,noto que alguma coisa se aproximava,meu desespero aumenta quando vejo que era aquela criatura que tanto me atormentava.

— Liam,nós podemos ir agora?.

— Olha,eu achei essa chave escondida na gaveta do balcão. — Ele vem ao meu encontro.

— Ótimo. — Lhe puxo pelo braço.

...e com passos largos saímos de dentro da farmácia...  

— Mas Sean,pra que a pressa?

— Acredite,nós não íamos achar nada lá. 

Sei que poderia ter falado sobre a criatura,mas faltou coragem,eu não queria alarmar Liam pois se ela estiver nos seguindo nós não teríamos para onde ir. Com uma certa distância a preocupação que sentia passa e volto a respirar tranquilamente...

— Esse caminho vai nos levar direto ao viaduto que liga o centro com a outra parte da cidade. — Comenta Liam com seu olhar fixo no horizonte.

— Mesmo assim parece muito distante do nosso destino. — Falo soltando um suspiro.

— Pode até ser,mas é lá que o próximo ponto está marcado no mapa,o que pode ser?. — Ele passa a me encarar.

— Se a farmácia foi um péssimo lugar imagino que esse seja pior.

— Bom,eu penso o contrário...essas chaves que achei são de algum lugar.

— Sabe. — Chamo sua atenção — Só espero que isso tudo não seja uma cilada.

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(Continua No Próximo Capítulo)

Sobre-Viver (A Infestação Do Mal)Onde histórias criam vida. Descubra agora