Capítulo 18.

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Nós estávamos indo na última marcação do mapa,a casa,depois dessa não iríamos parar em nenhum outro lugar. A viagem da nossa cidade até o sul do Estado poderia durar alguns dias,por isso a gente teria que juntar máximo de mantimentos possível.

— Essa última parada já me deixa aliviado. — Comenta Liam — Torço para que tudo dê certo.

— É claro que vai,a sorte está sorrindo para o nosso lado. — Me agito

— Adoro esse seu otimismo.

— É bom ter de vez em quando,sábia?.

— O fato de não saber o que vamos encontrar me deixa tenso.

— Não podemos pensar no pior,já passamos por tantas coisas,merecemos uma pausa disso tudo. — Respondo.

— Não sei,tudo é muito suspeito para mim.

Eu entendo a preocupação dele e também confesso que me sinto um pouco assim. Liam e eu conversamos durante todo o percurso,nossa preocupação nos fez elaborar um plano caso algo pudesse acontecer...

Estávamos quase chegando,na rua o maior obstaculo nem eram as criaturas ou os infectados,mas sim os restos de veículos abandonados,os postes de luz caídos,o lixo e a vegetação que não parava de crescer...isso nos atrasou um pouco. Por fim chegamos a um bairro residencial,tanques do exercito e carros especiais estavam por toda parte,estava tudo muito calmo dando um toque tenebroso naquele lugar.

...Liam decide estacionar a caminhonete em outro lugar para não chamar a atenção,a partir desse momento fomos caminhando,mas não demorou para que chegássemos...

— É aqui. — Diz ele parando em frente a uma casa

A residência de dois andares não tinha nada de incomum e parecia bem mais conservada do que as outras,até a vegetação estava controlada,havia uma cadeira de balanço na varanda a alguns jarros de flores na janela. Ficamos parados em frente a casa por um tempo,logo ganhamos coragem e andamos até a porta da frente.

...

— Ola?. — Bato na porta.

— Parece que não há ninguém. — Liam olha pela janela.

— Impossível,alguém está ou esteve cuidando desse lugar. — Comento — A porta está trancada.

— Espera...

...Liam começa a vasculhar sua mochila...

— Vai abrir usando aquela estratégia?. — Pergunto.

— Não,com isso. — Ele mostra uma chave.

— Ei,é a mesma chave que você achou na farmácia?.

— Exatamente. — O rapaz se entusiasma — Eu não sei como,mas algo me diz para testa-la aqui.

Liam tenta abrir com a chave e por incrível que pareça a porta é aberta. Nós nos entreolhamos por longos segundos,aquilo não tinha a mínima lógica e tão pouco fazia sentido,se alguém planejou tudo isso fez questão de escolher a gente.

— Depois dessa eu não duvido de mais nada. — Cruzo os braços.

— A casa parece estar vazia,mas é melhor prevenir,pegue sua arma.

A entrada da casa dava direto num corredor com uma escada que levava até o segundo andar. No lado esquerdo ficava a sala,no lado direito uma cozinha e no fim do corredor tinha uma porta que provavelmente poderia ser o banheiro. A casa estava bem cuidada apesar dos móveis estarem velhos,na parede algumas fotos mostravam uma família desconhecida,as imagens me dão uma tremenda tristeza.

— Eu reviso a parte de cima enquanto você dá uma olhada por aqui. — Sugiro.

— Claro. — Liam concorda — Qualquer coisa é só chamar.

...e assim nós começamos a vasculhar a casa...

Com a arma em mãos subo para o segundo andar,por mais que eu estivesse calmo sentia um grande desespero. A partir da escada um pequeno corredor dava acesso a quatro portas,uma delas estava aberta,era um banheiro que aparentemente não tinha nada.

Logo me dirijo a uma das portas. As duas primeiras eram quartos,um infantil e o outro mais jovial,ambos bem limpos e arrumados...logo penso que realmente alguém esteve cuidando desse lugar. É claro que não havia nada neles além dos restigios dos antigos moradores e por respeito decido deixa-los do jeito que estão sem tirar uma peça do lugar.

A última porta provavelmente era o quarto do casal,com cuidado abro a porta e para a minha surpresa nesse havia uma criatura....

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(Continua No Próximo Capítulo)

Sobre-Viver (A Infestação Do Mal)Onde histórias criam vida. Descubra agora