My everything

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- Eu te amo... - Sussurrou.

- Eu sei. - Sorri abertamente. - Agora sai, preciso comer alguma coisa.

   Afastei-me de seu abraço o ouvindo rir. Mas antes de chegar à mesa ele me puxou para posição de outrora, ainda sorrindo enquanto aproximava nossos rostos.

- Meu beijo de bom dia... -  Explicou, colando nossos lábios carinhosamente. Ao o sentir se afastar após segundos, levantei minhas mãos até seus ombros, os apertando e puxando seu corpo para se colar ao meu. Logo sua língua pedia passagem e um beijo calmo e carinhoso foi trilhado.

   Desci minhas mãos até seus braços, os apertando satisfeito em sentir seus músculos. Ele me empurrou de encontro ao fogão me fazendo arfar com o impacto, instintivamente levei uma de minhas mãos até o mesmo.

-Hummm. - Bruscamente me afastei de seus lábios. Seu empurrão acabou me fazendo queimar a mão na boca do fogão quente, gemi baixo mordendo meu lábio inferior, sentindo que choraria.

   - Você está bem? - Ele puxou, delicadamente, minha mão machucada.

- Olha o que você fez, Donghae! - Resmunguei vendo o local onde bateu inchar.

- Desculpa, não achei que seria tão burro a ponto de enfiar a mão no fogo... - Disse, em seguida assoprou minha mão. Inutilmente eu tentava a puxar para lavar em água fria.

-Cale a boca. Não é todo dia que me agarram em frente ao fogão e não foi no fogo, foi na boca do fogão. - Puxei minha mão com mais empenho, tendo êxito. Afastei-me caminhando até a pia, logo ligando a torneira. Fiquei de costas para ele enquanto continha gemidos de dor.

   Senti suas mãos novamente me abraçando teimosamente e uma de suas mãos desligou a torneira, porém não o afastei. Seu contato era tão quente e aquela manhã estava tão fria, que nem meu orgulho afastaria Hyuk.

  - Heechul lhe agarrava dessa maneira? - Sua voz soou em causa de estar beijando meu pescoço. Respirei fundo, sentindo uma súbita vontade de o estapear por motivos óbvios. Afinal, onde diabos tirava motivos para achar que tinha algo com Heechul?

  Não obtendo resposta, ele apertou o abraço, distribuindo beijos demorados em meu pescoço e ombro. Mesmo ligeiramente irritado, não pude conter os arrepios descarados perante seus carinhos.

- Heechul lhe fazia arrepiar dessa maneira também? - Sua mão atrevida transpassou minha camisa, trilhando caminhos despudorados em minha pele. Gemi contido em sentir sua mão apertar minha cintura e meu próprio gemido tornou-se distante e baixo em meu subconsciente, me fazendo deitar a cabeça em seu ombro dando espaço deliberado para que seus beijos aumentassem sua intensidade.

   Levei minha mão, não queimada, até seus belos cabelos os puxando sutilmente. Apertei com demasiada força a borda da pia ao sentir o mesmo lamber meu pescoço, para em seguida ouvir sua risada baixa, vitoriosa.

- Heechul não o fazia perder o raciocínio assim, não é? - Abri meus olhos, notando apenas naquele momento que os fechara. Irritado com sua insistência em um assunto desnecessário, puxei com exagero seus cabelos ainda em minha mão, ele gemeu surpreso pela dor, não podendo medir que tivesse sido tão alto.

   Puxei sua mão que outrora abusava de minha cintura, tendo liberdade para virar me de frente a ele. Levei minha mão a sua nuca, a repousando calma ali.

- Você deve se preocupar com minha mão queimada, Hyuk. Não com algo estúpido como meus não antigos relacionamentos.

   Vi o mesmo desviar o olhar de meus olhos para minha mão apoiada na pia, logo ele a puxou para si, beijando delicadamente onde havia queimado. E... Deus! Tão extremamente sentimental. Me perguntava como ele podia se definir heterossexual perante ações como aquelas.

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