Quem sabe...amigas?

Ícaro...você quer namora comigo?

Fiquei imóvel por um momento, tentando processar o que via.

— Nicholas... — minha voz saiu trêmula.

Ele se levantou rapidamente, parecendo desesperado.

— Mikaele, não é o que você está pensando! Por favor, me escuta!

Jessica, com um sorriso sarcástico, resolveu piorar a situação.

— Fala logo para ela quem você realmente ama, Nicholas.

Meus olhos ardiam de raiva e dor.

— Nicholas, pode ficar com essa doida varrida! — gritei, apontando para Jessica. — Eu não quero mais você. Acabou!

— Mikaele, espera! Por favor, me perdoa! — ele insistiu, tentando se aproximar.

— Nunca! — gritei, antes de sair correndo dali.

Cheguei ao meu quarto, já soluçando de tanto chorar. Para minha surpresa, Carol e Miguel estavam lá. Carol correu até mim, preocupada.

— O que aconteceu, Mikaele?

Respirei fundo antes de responder.

— O Nicholas me traiu... com a Jessica! — desabei, lágrimas escorrendo pelo rosto.

Miguel, em vez de consolar, apenas riu.

— Eu avisei — disse, com um sorriso irônico.

Olhei para ele com indignação.

— Miguel, deixa suas gracinhas para depois. Estou muito triste agora!

Ele suspirou, mas manteve o tom sério.

— Mana, não é graça. Eu só estou frustrado porque você não quis me ouvir. Eu conheço o Nicholas muito bem, sabia que isso ia acontecer.

Minha raiva aumentou.

— Se você tivesse me contado o segredo dele, talvez isso não tivesse acontecido! — gritei.

Carol, curiosa, perguntou:

— Que segredo?

— Nada! — Miguel respondeu rapidamente, desviando o olhar. — Olha, mana, eu sei que dói agora, mas logo vai passar. Vem cá, me dá um abraço.

Mesmo relutante, abracei meu irmão, mas o gesto não ajudou muito. A dor continuava ali, pesada. Quando Miguel saiu do quarto, Carol se aproximou.

— Mika, quer fazer alguma coisa para distrair?

Balancei a cabeça negativamente.

— Não... quero ficar sozinha.

Mais tarde, fui até o quarto de Laura e Larry. Para minha surpresa, Miguel estava lá, conversando com elas. Meu estômago revirou de ciúme, embora eu não quisesse admitir. Assim que ele saiu, entrei no quarto e as encarei.

— Gente, não falem nada sobre o Nicholas, ok?

Larry, com um sorriso estranho, respondeu:

— Tá bom, Mika.

Eu sabia que Miguel já tinha falado alguma coisa para elas. Antes que pudesse pensar muito, Laura comentou:

— Você não vai começar a chorar, né?

Não consegui segurar. As lágrimas caíram novamente.

— Não fica assim, miga! — disse Larry, tentando me consolar.

Aquela noite parecia interminável. Voltei para o meu quarto, me joguei na cama e, finalmente, adormeci com o peso do dia ainda sobre mim.

     Segue a continuação com mais diálogos e coerência: