Capítulo 7 - Dia D

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Fala galera, Tamires aqui.... como prometido hoje estou postando um capítulo adiantado para que possam aproveitar a quarentena.

Obrigada gente, vocês comentando nos faz querer escrever mais e mais.

Só uma dica, se eu fosse vocês não perderia o próximo capítulo.

Valeu, fuiiiiiii!


Capítulo 7 - Dia D


Acordei com minha mãe me ligando, estava preocupada, noite anterior havia esquecido de ligar para ela. Aproveitei para tomar um banho e passar no consultório para pegar o carro da empresa, ainda não havia comprado um para mim. Decidi reservar o dia de hoje para fazer uma consulta diferente, vou levar Caroline para o jardim botânico, que fica em frente ao meu prédio. Vesti com uma camiseta preta, calça cinza e um tênis preto. Não preciso estar muito formal, quero dar uma liberdade para que Carol se senta bem próxima a mim e assim possa ter um dia relaxante.

Chamei o elevador e desci até a garagem para pegar o carro, coloquei no gps direto para a residência sem pausas, levou quinze minutos, lá está, a casa fica em um bairro de classe média alta, o muro grafiato na cor marrom, a casa tinha tijolos a mostra estilo fazenda. Respirei fundo e toquei a campainha, logo apareceu o Sr. Isaías.

-Boa tarde Dra. Day. _ sempre educado.

-Boa tarde Sr. Biazin .

Nem começamos uma conversa quando saiu a Sra. Roseli acompanhando a filha, estavam felizes, parece que houve uma pequena melhora, eles já estavam dando mais atenção para ela, tentando suprir a falta que sentia dos irmãos. Ela está vestindo um vestido branco com um tênis combinando. Nos despedimos de seus pais e entramos no carro, durante a curta viagem deixei bem claro para Carol que não queria que a situação anterior acontecesse, ela ficou meio envergonhada.

-Olha Dra. Day, me desculpa, eu não sei o que aconteceu comigo naquele dia. Prometo que não farei isso novamente, mesmo sem saber ao certo o que eu fiz! _ Ela dizia como se não fosse ela quem fez, estava ficando confusa, como ela não lembra direito do que fez? Parece que estava em transe, será que perde totalmente o controle quando está daquele jeito?

-Tudo bem, vamos ter um dia legal hoje. Não vamos falar mais sobre isso! _ ela consentiu com aquela carinha de neném, nem parecia ter mais de vinte anos.

Passamos num mercado próximo e compramos umas guloseimas para fazer um piquenique por lá. Carol escolheu o local que iríamos ficar, estendemos uma toalha para sentarmos na grama. Conversa vai conversa vem Carol me contou um de seus desejos, disse que tem vontade de ir para cataratas na divisa com a Argentina, lá tem um hotel maneiro Amerian Portal del Iguazu. Estava começando a se abrir comigo, fico muito feliz com isso, um passo a mais para entendê-la.

Numa distração, num olhar para o lado quem eu vejo? Ele, o cara dos cachos.

-Day, é você mana? _ Vitão estava passando por perto e nos viu, seu violão estava o acompanhando hoje, foi a primeira vez que o vi com o instrumento.

-Essa é a Carol, minha amiga. _ ela poderia ficar constrangida se falasse paciente.

Depois das apresentações convidamos para se juntar a nós, um cara como ele só tinha a acrescentar neste dia. Esse cabelo preso deixava-o bem bonito.

Carol se divertia muito com Vitão e eu só observava, com ele nem precisava me preocupar com o que fazer pra distrair, só havia pensado em piquenique e conversas de amigas mas ele fez muito mais que isso. Pegou seu violão e tocou uma música que Anitta lançou recente. Ela ficou na minha cabeça de tão linda, perfeita, e essa voz do Vitão maravilhosa, poderia ficar o dia todo ouvindo.

"A vida é curta demais pra ficar pensando

Se eu quero e você quer, por quê perder mais tempo?

Se tem sentimento, por quê cê tá complicando

Esse é nosso momento..."

Foi a primeira vez que vi Carol animada, era disso que precisava, distração para sua cabeça, uma diversão mais saudável. Qualquer um que passasse por ali naquele momento veria grandes amigos, nossa sintonia deu tão certo, parecia anos de amizade.

Na casa de seus pais era tratada como a garotinha, talvez por isso pensasse que deveria ser um exemplo e se cobrava muito mais do que deveria, isso simplesmente para agradar sua família. Mesmo que fizesse um curso que gostava tinha uma pitadinha de pressão por ai. Mas hoje era um dia para esquecer de tudo e viver o agora.

Estava ficando tarde, nos despedimos e antes de ir embora Vitão me parou.

-Mana, você não me contou o que achou daquela garota?

Engoli em seco, fiquei envergonhada com a pergunta perto da Carol.

-Depois nos falamos _ Dei uma piscadela de lado para tentar disfarçar e fomos para o carro.

No caminho Carol foi totalmente calada, estava estranha, não havia acontecido nada para ela ficar daquele jeito.

-Tudo bem contigo? _ perguntei preocupada, ela estava se divertindo tanto.

-Oi? _ Ela falou totalmente avoada, nem ouviu o que havia falado para ela.

Continuamos o caminho apenas com o som do rádio, assim que chegamos Carol saiu só disse tchau e foi entrando, nem deu tempo de sair para conversar com seus pais.

Fui embora mais preocupada ainda, estava bem até pouco tempo, vou esperar amanhã para conversar com ela, estou exausta, vou dormir e sossegar antes que meus pensamentos malditos apareçam.


Dois PolosOnde histórias criam vida. Descubra agora