Capítulo 14

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O capítulo pode ser muito pesado, então se você tem ou já teve poblemas de depressão, pânico,ou ja passou alguma situação dessa, procure ajuda, depressão não é frescura, é uma doença que pode custar a sua vida.

Eu preciso contar, não sei quais seram as consequências, e por mais que na minha cabeça eu não devesse contar meu coração gritava desesperado por alívio, e eu dessidi ouvir ele.

_Não mim lembro ao serto quantos anos eu tinha quando tudo comessou, mas devia ser uns quatro ou cinco anos, eu estava nas séries iniciais, até ao eu ainda era uma criança normal, embora bastante distante das outras crianças. Eu cheguei em casa e ela estava sentada na porta da frente mim esperando, seus olhos estavam vermelhos e seu rosto inchado, sua pele sempre teve as marcas de agulhas, desde que eu mim entendo por gente eu via aquelas marcas, ela mim levou para dentro, mim arrastou até um quarto pequeno que devia ser usado por uma empregada ou zelador, o quarto era minúsculo, ela nos trancou lá dentro e comessou a mim bater, rasgou meu uniforme e mim bateu muito, enquanto fumava, aquela fumaça do sigarro mim sofocava, ela também mim queimou com a ponta do cigarro, ela ria do meu dessespero.

Dou uma pausa sem conseguir conter o choro, sinto seu abraço se apertar mais em volta de mim, mim encorajando a continuar.

_Com o tempo as violências se tornaram mais e mais constantes, até chegar ao ponto de que todos nos dias ela precisava fazer aquilo, precisava mim bater,mim torturar com palavras cruéis, ela também comessou a mim cortar.

Levanto a manga da blusa deixando as sicatrises dos meus braços a mostra, elas doem mas eu não mim importo.

_Ela mim cortava nos braços, na barriga nas pernas nas costas, por isso nunca suportei contar o físico, por que as cicatrizes doem, cada parte dói.

O ar chegava a faltar em meus pulmões, mas eu preciso continuar.

_Quando fiz 10 anos ela levou um monte de gente pra casa, um namorado ou seja lá o que aquele homem era dela, tentou mim molestar, mas não conseguiu, então ele colocou drogas em uma bebida e mim obrigou a beber, tive a minha primeira, de muitas overdoses naquela noite.

As lembranças eram dolorosas, dolorosas di mais para que su aguente, eu já não conseguia fazer nada além de chorar, não sabia quanto tempo tinha se passado até que consegui conter o choro.

_Não precisa continuar se não quiser.

Tony dis ainda mim apertando em seus braços.

_Eu quero continuar, eu preso do continuar.

Digo tendo retomar o controle, minha mente parecia um carrossel fantasma.

_Eu comessei a não conseguir mais esconder os meus poblemas também logo após a Cléo comessar a usar drogas para mim torturar, fiquei ainda mais excluída, pingava meu cabelo, mudei completamente minha forma de mim vestir, não era uma má aluna, mas era uma péssima colega, nunga fiz trabalho em grupo no Colégio e nem na faculdade, tinha constates surtos de bipolaridade, crises de pânico.

Digo um pouco mais calma, eu preciso ser forte, por mim mesma.

_A Cléo era cruel, fui internada diversas veses após ela mim obrigar a beber até esquecer de tudo, ela tinha uma droga, muito forte, que ela usava para provocar overdoses em mim, ela queria mim matar, aos poucos, por mesmo mim envenenando ela sempre corria para pedir ajuda e saia como a boa mãe, eu melhorava saia do hospital e comessa a tudo novamente, até chegaram a sugerir que ela mim internasse em uma crinica para dependentes químicos, mas ela a recusava.

Dou uma pausa por sentir minha garganta seca, agora era o pior.

_Quando fiz 13 anos cometi minha primeira tentativa de suicídio, tentei mim jogar desse mesmo precipício, aqui mesmo nesse lugar, um rapaz mim impediu, ele mim segurou, fingi um desmaio e depois disse que não mim lembrava de nada, que estava oljando a paisagens passado mal e mais nada, fui pra casa aos plantos, como eu queria ter mim conseguido, você não tem ideia de como eu queria, teria mim poupado de muito mais.

Digo voltando a chorar.

_Vamos sair daqui, esse lugar já não te fez bem uma vês, não vou arriscar te perder.

O Tony dia fazendo mensam de se levantar, mas eu o seguro.

_Eu quero ficar aqui, esse lugar mim acalma apesar de tudo.

Digo segurando seu braço, ele olha nos meus olhos por alguns segundos, vejo também os dele repletos de lágrimas.

_Tudo bem.

Ele concorda mim apertando mais contra si.

_Então é essa a sensação de um abraço paterno.

Digo mim aconchegado mais em seus braços, é uma sensação boa.

_Eu te amo minha menina de cristal.

Ele dis acariciando meus cabelos.

_Ainda tem mais, quer ouvir?

Pergunto em dúvida.

_Quero saber de tudo.

Ele dis decidido.

_Quando cheguei em casa logo após tentar mim jogar dessa montanha a Cléo estava mim esperando com mais torturas, ela estava compretamente drogada, e mim olhava com um ódio tão grande.

Digo mim lembrando daquele dia.

Chego em casa e encontro a Cléo já na sala, tento passar rapdo por ela mas ela mim alcança e puxa meus cabelos.

_Onde pensa que vai sua vadiazinha?

Ele pergunta bem no pé do meu ouvido, sinto os pelos do meu corpo se arrupiarem.

_Eu estava indo para o quarto, está tarde, tenho dever de casa para fazer.

Digo desespeada, ela solta uma risada macabra, ela fedia a drogas.

_Você vai vir comigo, vai aprender a ser uma boa garota, ou se esqueceu das nossas lições diárias?

Queria gritar com ela, mas sabia que seria pior.

_Por favor, hoje não!

Imploro já aos plantos novamente.

_Vamos logo, não tenho tempo para seus draminhas, vadia catarrenta.

Ela dis e vai mim arrastando até o quartinho, ela mim amarra e joga um baide de água fria em mim, mim deixando completamente encharcada, ela comessa a mim bater, mim chutar e mim chigar, ela pega um copo com drogas e mim faz beber, quando eu já estava quase desacordado um homem entrou no quarto, nú, ele veio em minha direção...

_Só mim lebro de acordar nua, cheia de marcas pelo corpo, eu mim sentia suja, ainda mim sinto, depois desse dia eu cometi várias outras tentativas de suicídio e ao ver todas elas falharem eu mim automutilava, eu só queria esquecer, mas eu não conseguia, nada conseguia apagar a sensação de estar suja.

Não sou capais de olhar para ele, mas sinto seu abraço se apertar mais, enquanto ele afagava meus cabelos e parescia tentar acalmar a si mesmo.

_Quando eu tinha 15 anos ela se matou, foi assustador, eu cheguei da faculdade, e ela estava mim esperando na sala, compretamente drogada e com um revólver na mão, ela mim mandou ir para o quarto enquanto vinha atrás de mim, quando chegamos ela trancou a porta e jogou a chave fora, comessou a falar um monte de coisas eu tentei tirar a arma dela,mas ela mim empurrou acabei perdendo o equilíbrio, bati a cabeça na comoda e depois no chão, as suas últimas palavras foram "_e essa é minha última lição para você, o amor não existe, só o ódio e que vale a pena, eu amei e é isso o que aconteceu"- e atirou na própria cabeça, logo eu apaguei completamente, mas não antes de ver ela cair sem vida.

Termino de relatar praticamente a minha biografia.

Alerta StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora