Descendentes a 2°Geração

🖤Capítulo 2🖤

29/10 -- Terça

🍎

-- O dia está lindo hoje, tenho muitas entregas de vestidos... -- Comecei, mas logo fui interrompida.
-- AAAAAAAAAAAAA!!! -- O grito vinha do banheiro, era Chloe.
-- O que aconteceu Chloe? -- Perguntei.
-- Uma, uma, uma ESPINHA! Kate. -- Disse Chloe, prestes a chorar.
-- Não acredito que fez um escândalo desses, por causa de uma pequena espinha. -- Falei calmamente, alcançando uma pomada a Chloe.
-- A vovó vai me matar, santa maçã envenenada. -- Diz ela, abrindo a pomada.
-- Ela vai mesmo. -- Falei dando gargalhadas da cara da minha gêmea.
-- Silêncio, tem gente querendo dormir. -- Resmungou Malvina.
-- Silêncio nada, estou tendo um ataque. -- Respondeu Chloe.
-- Chloe se você não calar a boca, vou lançar um feitiço em você, e você terá mais espinhas do que já tem. -- Retrucou Malvina, fazendo Chloe ficar quieta.
-- Malvina se levanta, você tem que se arrumar, a aula começa em 5 minutos. -- Disse Carly chacoalhando Malvina.
-- Eu não vou hoje na primeira aula, quero dar uma volta pelos Museus em Porto da Bella com o Maldoso.
-- Então você vai simplesmente cabular aula? -- Perguntou Arabella.
-- Seria bem mais divertido, mas não, é meio que um passeio de mãe e filha.

😈

Sempre adorei o museu de História Cultural que minha avó Bella mandou construir em seu Porto, chamado (de uma maneira muito criativa) de Porto da Bella. É um lugar para reviver o passado, um passado incrivelmente foda.
-- O nosso passado, é tão impressionante, não é Maldoso? -- Perguntei ao meu pássaro negro. -- Nossa, é o cetro da vovó, ele é tão... -- Antes que pudesse terminar a frase, fui interrompida.
-- É tão, ruim. -- Disse Malévola, colocando sua mão sobre o ombro de Malvina.
-- Vovó, você por aqui, por onde andou? -- Perguntei, prestes a dar um abraço nela.
-- E quem disse, que eu andei? -- Questionou, com seu sorriso diabólico, logo rejeitando o abraço -- Não somos de abraços, Malvina. Pegue. --- Diz ela, apontando para o cetro com um olho de dragão na ponta.
-- É sério que posso? -- Perguntei, quase pegando o cetro.
-- É claro. -- Respondeu malévola, novamente com seu sorriso diabólico, continuando a frase com uma simples pergunta: -- Você não é má?
-- Sou, claro que sou. -- Respondi.
-- Então pegue, e me dê orgulho -- Disse Malévola com um sorriso diabólico.
-- MALVINA, NÃO! -- Gritou mamãe, entrando na sala do museu onde estávamos.
-- Ora, ora, se não é minha filha querida. -- Diz a vovó.
-- Olá mamãe, mal chegou e já está aprontando e colocando a Malvina no meio. - Diz mamãe me encarando.
-- Mal, a Malvina não é mais uma criança, ela tem direito de aprender coisas sobre o nosso passado. -- Respondeu vovó, entregando a mim, um livro com um laço negro. -- Pegue, aqui você vai aprender magia de verdade.
-- Finalmente! obrigada vovó! -- Respondo, ao pegar o livro.
-- Não agradeça. -- Respondeu Malévola com olhar congelante.
-- Malvina deixe-nos a sós.

Mal

Malvina saiu do museu com seu corvo, e no instante em que saiu pela porta, começo a falar com Malévola..
-- Mamãe, nos tempos de hoje não existe maldade, não influencie o mal a Malvina.
-- Mal, tudo está muito diferente hoje, você está diferente, mas o mal está no nosso sangue e no de Malvina. Não prometo nada, afinal Malvina é especial como nós, e ela vai sofrer.
-- Mas ela já tem 16 anos, não tem mais tempo. -- Respondo.
-- Existem muitas formas de sofrer, e vai ser numa dessas, que Malvina irá descobrir seus poderes. -- Disse Malévola, saindo da sala.

Não consegui responder nada, apenas não parava de pensar na palavra "sofrer".

🦁

Sou Benício, o filho mais velho da Rainha Mal e do Rei Benjamim, tenho 18 anos e sou descendente de dois dos maiores vilões de todos os tempos e de dois dos heróis mais gentis e amorosos de todos os tempos.
Minha aparência é uma réplica exata de meu pai. Tenho uma irmã mais nova que todos já devem conhecer muito bem, Malvina, uma pedra no meu sapato, claro que amo minha irmã, mas ela dá trabalho. Malvina é uma princesa que não age como uma, ela é inconsequente e adora aprontar, já eu sou exatamente o contrário. Toda a nossa infância foi marcada por "livrar a Malvina dos problemas que ela arranja", apesar de não admitir, sempre foi muito divertido, mas agora que estou prestes a me tornar o rei de Auradon, não posso cuidar de Mali e de um reino inteiro, se o fizesse provavelmente morreria mais cedo (de cansaço).