CAPÍTULO 15

12.4K 1.2K 294
                                    

Oiê meu bem tudo bem com vocês? Espero que sim. Vou ficar postando duas vezes na semana, então tudo bem?

Prepara que o capítulo tá grande hoje, e eu espero que gostem. No mais não esqueçam o voto, o comentário, e o amorzin por esses dois.
Vamos ao capítulo.


CALLYEN


Eu consegui ouvir os sons vindos daquele lugar. Talvez por conta dos malditos poderes relacionados a minha Manipulação, eu consegui sentir as percepções de um lugar, e pelo visto, de pessoas também, mesmo já estando mortas.

A cena era macabra, tão somente porque eu conseguia ver suas mortes, sentir o terror que se abateu sobre eles rápido, feroz e mortal ao passo que se quer conseguiram se defender. O rastro negro os cortou em pedaços antes que pudessem sacar suas espadas, arrancando-lhes sangue, e pedaços do corpo. O tremor subiu como um mal agouro pela minha espinha dorsal, com a compreensão de que realmente aquilo era um aviso. Um aviso para mim, quando eu conseguir ver — sem ver — os pares de olhos negros parados como uma sombra no pensamento me encarando de volta no vazio antes que sumisse.

Porque eu sabia que eu deveria temer isso? Porque eu sabia que essa chacina era para mim, sem nem saber os motivos pelo quais eu sabia?

Ao meu lado o som do trincar de uma mandíbula se vez audível novamente, um rosnar quase inaudível também.

— Como acha que isso aconteceu? — questiono para absolutamente ninguém. Não sabia se ele me responderia, mas perguntei ainda assim.

— É óbvio que alguém quer nos mandar uma mensagem. Entretanto, não creio que seja para qualquer de nós especificamente.

— Rhysand tem muitos inimigos.

— Correto. Todos temos muitos inimigos — o Encantador de Sombras diz, as expressões frias e ilegíveis enquanto falava. Ainda observando a montagem a frente. — Mas como disse, não creio que seja uma mensagem direcionada específicamente para ele.

— Eles estavam vivos.

Eu digo e repentinamente tenho seu olhar sobre mim. Cassian não estava mais ali, Azriel o havia atravessado de volta ao salão da Casa dos Ventos ou onde quer que seu Senhor estivesse para informar o ocorrido, então, estávamos apenas os dois aqui. Além dos mortos.

Sinto seu olhar queimar sobre mim, apesar da expressão se manter como se esculpida em mármore.

— Como sabe?

— O sangue. Não estava coagulado quando chegamos, o que indica que os membros não foram arrancados depois de mortos. Além do mais, eu vi toda a cena assim que cheguei aqui.

— Você atravessou.

Desculpe, o quê?

— Perdão?

— Você atravessou até aqui. Como não sabemos o que poderia ter acontecido, eu vim atrás de você junto com Cassian. — ele me seguiu?

— E como soube para onde eu atravessei?

Azriel continuou me olhando, se não fosse pelo movimento lento e calculado de sua mão mesmo isso, pensaria que havia sido congelado em pedra de granito. Ele ergueu a mão, e uma de suas sombras circulou entre seus dedos e veio em minha direção. Como um animal de estimação reconhecendo o lugar ou alguém, ela espiralou em minha direção, girando ao redor dos meus ombros uma vez antes de voltar ao seu respectivo Senhor.

Príncipe das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora