CAPÍTULO 70

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Esse não é o fim, esse apenas é o começo
Só uma voz como uma revolta balançando cada melhoria
(waiting for the end - linkin park)

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Uma nova risada repleta de desdém ecoa pelo espaço em branco do salão, quando ele simplesmente sumiu do ataque programado, antes que a ponta da lâmina atingisse seu peito.

Ela precisava ser melhor que isso. Mais rápida e mais esperta do que ele esperava que ela fosse. Ela pensou exatamente isso quando se ergueu num salto, a lâmina de sua espada se chocando contra, quando ele decidiu ataca-la com uma. O ruído característico de metal contra metal ecoou através do salão do trono, vibrando através das paredes maciças de mármore branco, vibrando através dela.

— Muito devagar.. — ele diz antes de desaparecer e acertar o cabo da espada no centro de suas costas, o ponto específico onde suas asas se desprenderam da magia e surgiram. As penas brancas, a envergadura erguida em uma postura de ataque e defesa. 

Callyen girou ao seu redor, ambas espadas ainda em punho quando ela esperou, aguçando os ouvidos para o som da lâmina que veio perto demais da asa esquerda, ela deu um passo atrás, e então voltou ao lado oposto, rodando a espada entre os dedos, a lâmina curva acertando o ponto acima do cotovelo dele, ela girou novamente, erguendo e fechando as asas rapidamente as costas, girando também a espada, sustentando o peso quando girou mais uma vez, na tentativa de lhe acertar a garganta, mas o macho se desfez em fumaça densa a sua frente novamente. Callyen não conseguiu segurar o ruído desgostoso dessa vez, o que só serviu para que uma nova risada ecoasse venenosa pelo espaço, agora escuro da nuvem densa negra do poder de Ykner.

Callyen sentiu a pele arrepiar e então aguçou o sentidos em meio a escuridão. Ela forçou a visão a se ajustar, tentou forçar os olhos a mudarem, embora tenha sido extremamente difícil. Ela desviou justamente quando sentiu a lâmina descer contra a densidade fria em direção às suas costas, em suas asas. Ela desviou a tempo de interceptar o ataque, as fagulhas do choque de lâmina contra lâmina dissiparam em meio ao a escuridão. Callyen sentiu o braço vibrar com a brutalidade, girou a lâmina contra a dele, erguendo a perna acertando um chute forte contra a lateral do corpo do homem. Ele segurou a perna dela sobre o braço, ela saltou com o impulso da altura, virando o corpo para empurrar o pé contra o peito dele, empurrando, firme, fazendo-o cambalear e solta-la.

A lateral esquerda dela queimou quando atingiu o chão de mármore, sentindo o impacto em seu cotovelo e costelas, a asa reclamando com o peso do corpo. Callyen rolou para o lado oposto, a espada acertando o chão exatamente onde sua cabeça estava segundo antes, ela rolou para o outro lado desviando de um novo golpe, rodando o corpo, a perna por baixo de onde o vulto negro e corpulento do macho estava. Ele saltou por sobre seu golpe, ela se ergueu na mesma velocidade, mas não impediu que o punho fechado vir pesado contra a lateral do rosto, seguido pelo cotovelo fechado contra seu estômago, revirando seu estômago sob o impacto. Callyen desviou para um novo lado, a espada passando a novos centímetros do seu rosto, ela abaixou o corpo sobre o punho quando Ykner o girou, puxando a lâmina contra a posição de seu pescoço, ela gira, erguendo a espada, o gume acertando o estômago abrindo uma ferida, enquanto o macho girou sua própria lâmina, o punho da arma batendo contra sua têmpora, fazendo com que ela sinta o líquido viscoso escorra quente e sua visão embaçar.

Callyen geme quando um novo golpe vem contra ela, o gosto de sangue em sua boca, salgado e ferruginoso, contra sua língua. Um novo golpe veio, quando ela tentou tentou virar para o lado, o metal frio da lâmina cortando a carne de seu braço, quando Ykner avançou o ataque, Callyen simplesmente não conseguiu prever, não conseguiu evitar estar em contato direto com a espada inimiga. Ela se abaixou, rápido o suficiente para evitar que a lâmina atingisse o ponto vital em sua garganta, mas Ykner ergueu o joelho em sua direção, o osso acertando a parte de baixo do queixo a lançando para trás numa distância e força perturbadoras. A dor se acumulou, enquanto a visão dela era encoberta com vermelho sangue que escorria.

Príncipe das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora