FEYRE
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Como esperado, Rhysand havia solicitado uma reunião aos líderes illyrianos, a preparação de guerra, infelizmente, era necessária. Entretanto, dado as solicitações, ambos desconfiassem de que Keir se oporia a solicitação de guerra.Feyre observa quando ele entra pela sacada, enquanto permanece sentada no banco do cavalete em frente a uma tela parcialmente em branco. Ela sinte a tinta secando sobre a bochecha, assim como em em seu braço e Feyre sabe tendo a certeza que a perna também estava manchada em algum ponto em sua coxa, onde apoiou a base de misturas de tintas. Misturando rapidamente as tintas antes de aplica-la sobre a tela, modelando o azul com o branco para formar uma lateral de asas, a forma das penas delicadas, contra o céu noturno num contraste bonito e marcante, enquanto o esboço de uma das asas illyrianas estava sob uma sobreposição do amanhecer. Essa foi a visão que ela teve quando os viu juntos pela primeira vez, luz e sombras se mesclando e se completando. Uma vez, ela havia desenhado sombras ao redor de uma corsa, o brilho prateado da Reveladora da Verdade como uma pequena estrela acima do animal que se acolhia em meio a escuridão das sombras, mas agora, agora ela via que por mais que ambos se entrosem, eles não se completavam. Não como essa imagem se completava.
Antes que ela pudesse completar a mistura de tintas para formar algo que assemelhasse a cor das asas de Azriel, novamente aquela manhã seu estômago se revirou, a ânsia subindo ao mesmo tempo que ela atravessa em direção ao banheiro, as tropas sendo para fora quando ela vomitava o nada em seu estômago. Embora, ela soubesse que a situação de agora não se assemelhava em nada com as noites passadas na Primaveril onde ela colocava todo seu interior para fora dentro daquele banheiro.
Ela se recordou da primeira vez que havia passado mal, semanas antes, na presença de Amren e Nestha, e que ambas a observaram vomitar toda a comida fora dentro da privada no banheiro do Solar no Sidra. Talvez tivesse sido a comida, ou o vinho, mas quando passou a acontecer constantemente a fêmea já não conseguia mais colocar a culpa na comida ou bebida. Especialmente, quando a irmã mais velha perguntou a respeito de suas rédeas mensais. Quando Feyre fez as contas e percebeu que, realmente, o atraso estava lá.
Ela não se virou quando sentiu o vento bater contra sua nuca suada e as mãos puxarem seus cabelos impedindo que ela os sujasse. Rhysand permaneceu ali enquanto onda após onda de enjôo e vômito iam em direção ao vaso do banheiro, ele não questionou, embora, ela soubesse que as palavras estavam ali, em sua língua e ainda mais, por trás da ponte cor de violeta pura. Feyre ergueu a cabeça quando finalmente, a sessão de vômito cessou o suficiente para que ela pudesse respirar. Ela movimentou os dedos, a água veio em sua direção enquanto ela limpava a boca e então, magicamente uma toalha de algodão negro surgiu a sua frente, ela aceitou.
— É a primeira vez após anos que a vejo se debruçar sobre um vaso, enquanto despeja as tripas para fora. — embora houvesse uma pitada de humor, ou talvez deboche, nas palavras de Rhysand, ela sabia que era verdade.
Só que agora, fosse por um motivo bem diferente. Um motivo que, ela não sabia como contar a ele. Ou como encarar como uma realidade.
Grávida.
Somente pensar na palavra podia causar uma nova náusea em seu estômago. Não que ela não estivesse feliz. Ela queria um filho. Dar essa dádiva a ele era algo que ela desejava, mas não agora. Não quando uma nova ameaça podia destruir todos esses planos, não quando uma guerra estava batendo a sua porta novamente.
Ainda assim, a felicidade já estava ali. Um filho era algo extremamente difícil de se conceber. Ao menos foi o que ela ouvira anos antes. O poder transpassado pelas gerações podia ser passado para outra, ou seja, era possível que o Grão Senhor mais poderoso de todos os tempos pudesse ter um filho. Mesmo que ela fosse — também — algo que nunca fosse visto em milênios da criação. Não somente uma criatura que foi feita e desfeita, mas uma criatura que continha todos os poderes de todos os Grãos Senhores.
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Príncipe das Sombras
Fanfiction- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld "Azriel sempre se considerou um bastardo, não merecedor de ninguém, um ser sem luz... Principalmente devido as sombras que sempre o acompanhavam, sussurrando em seus ouvidos a verdade sobre to...