29. Saying Goodbye

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29. Dizendo Adeus

New York City, New York - USA,
Maio - 2018 às 06h00 AM

*Com ERROS

Point Of View Harper Westerfield

Se alguém no passado me dissesse que o meu futuro seria dessa forma, à minha única reação seria se sentir ofendida. Como alguém poderia ter coragem de me dizer que eu iria trancar a minha faculdade para ir atrás de vingança por meu irmão que nem morreu? Ou que eu iria me apaixonar por um traficante com quem eu iria ter um filho, me casar e viver lado a lado dividindo o grande império de drogas? Eu realmente iria me sentir ofendida, e não iria aceitar.

A Harper de 17 anos, por exemplo, nunca iria aceitar. Ela se imaginava cursando moda em Milão, o lugar por onde era apaixonada e afirmava que nunca iria abrir mão de Milão. Seus pensamentos te levavam longe... E ela se imaginava namorando um cara que cursasse Medicina, ou até mesmo Publicidade e Propaganda. Seu maior sonho era ser uma estilista famosa, rica por seu próprio dinheiro e mãe de 3 filhos.

Hoje, eu sou a Harper que eu abominava. E me sinto ofendida por isso. Não curso mais Moda e nem me vejo mais fazendo faculdade, por mais que eu ame desenhar e sempre irei amar, confesso. Não moto mais em Milão, e também não voltaria para lá e não poderei ser mãe de três filhos. A única sorte que tive nessa historia toda, foi com Justin. Traficante... Mas que cursou Medicina. Pode não ter sido exatamente da forma que idealizei, mas ainda assim, isso se realizou e eu sou muito orgulhosa do cara com quem compartilho todo o meu coração.

Os seus olhos fechados, os seus lábios entreabertos por onde um suspiro baixo escapa de vez em quando, e uma expressão tão serena em um cara tão sobrecarregado, fazem com que eu toque seu rosto, enfiando os dedos por seu cabelo, sentindo a maciez de seus fios por alguns segundos, aproveitando-o calmo, mesmo que seja por estar inconsciente.

Ontem foi mais uma noite qual não consegui esperá-lo chegar em casa, e por alguns instantes, sinto vontade de chorar. Por que às coisas dão tão erradas para mim? Mesmo com dores, me aproximo de Justin e respiro fundo, passando a mão em seu braço, arriscando-me em virar de lado e beijar sua nuca, puxando o cheiro de seu perfume por alguns instantes, guardando-o comigo. A correria do dia a dia quase me fez esquecer do cheiro de sua pele, como também não sei como é receber seus beijos quando o vejo chegar em casa, pelo motivo de que eu sempre estou dormindo por conta dos remédios.

O barulho do alarme tocando me assusta, e o resmungo baixo de Justin me faz me afastar de seu corpo. Seus olhos se encontram com os meus e um sorriso aparece. Certo. Emburrada volto para a minha posição inicial e lentamente o mesmo se levanta, andando em direção ao seu criado mudo.

Born To Die (Segunda Season)Onde histórias criam vida. Descubra agora