19. Priority

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19. Prioridade

New York City, New York - USA,
Abril - 2018 às 12h040 PM

Point Of View Justin Bieber

Quando eu estava na prisão, me lembro que nos primeiros meses a minha adaptação foi uma merda. De verdade. Eu não conseguia dormir, a comida me enojava e ao banheiro eu evitava de ir. Eu realmente preferia ficar fedendo do que ter que frequentar aquele chiqueiro. Porém, tudo foi mudando drasticamente, e aos poucos fui me tocando de que a minha fica não havia caído ainda de que eu estava preso. E era isso o que me faltava: Eu precisava deixar a minha fichar cair.

A comida já não era tão ruim depois que me vi morrendo de fome e os chinelos conseguiam me ajudar a ter um autocontrole maior quanto a sujeira do banheiro. E bom, não posso esquecer que eu não era um estranho e como eu já disse várias vezes: Você tem que ocupar o lugar, antes que ocupem o seu.

— Por que você sempre come purê de legumes e arroz? — Amber questiona, curiosa. – É ruim.

E tem isso. Dois anos preso em um lugar onde tudo é muito intenso, me fez acostumar com algo: Não consigo comer muita coisa. E sinto falta daquilo. Como se...

— É bom, sim. Não fale o que não sabe, apenas porque parece ruim... Qual, é? — Seus olhos se reviram, e concordo. — Experimenta. — Peço e sua cabeça se mexe em não. — Coma. — Ofereço novamente. — É bom.

— Sua comida de verdade já está chegando. — Afirma, olhando para trás. — E as marmitas já estão prontas para... — A porta da padaria é aberta por meus caras e arrasto os olhos para a parte de self-service, que já está bem frequentada. — Vou pega-las. — Diz para Brake, que sorri e concorda.

Seus olhos param em mim e nego, sorrindo de lado.

— Sempre comendo a papinha de neném antes do almoço. — Desdenha. — Como estão as coisas por aqui?

— Bem? Tudo normal.

— É, e você e Amber? Já progrediram ou ainda estão nessa de... Você vem comer aqui, ela finge que só quer puxar papo com você e...

— Sério, Brake, que você está mesmo botando fé em algo que não existe?

— Não existe porque você não quer.

Eu amo outra mulher. — Afirmo, me mexendo desconfortável. — Não posso usar Amber e depois deixá-la por Harper. Não posso. E digo isso, porque sei que se, por alguma razão maior, dermos certo, eu voltaria para ela.

— Você e Harper não tem futuro. — Rebate, afirmando. — Não se continuarem achando que o poder de vocês precisa crescer separadamente. — Da de ombros e eu também. — De qualquer forma, aproveite. A Amber é gatinha, pena que é branca.

Pena que é branca?

— Yeah... Eu prefiro as negras. Nada contra. Apenas gosto pessoal mesmo.

Born To Die (Segunda Season)Onde histórias criam vida. Descubra agora