35. Hunter

879 56 286
                                    

35. Caçada
The Bronx, Manhattan - New York City - USA, Maio – 2018 às 06h00 AM
Point Of View Harper Westerfield Foster

Há coisas que são indescritíveis. Às vezes às situações não possuem explicações válidas e isso, confesso, não me agradar nenhum pouco. Eu gosto de ter informações. Gosto de saber onde estou me metendo e quais são às minhas vantagens e chances de saída, mesmo que nesse caso, eu saiba que é um pouco mais complicado por ter... Um laço afetivo — que não é afetivo — Ainda assim, importante, de certa forma. Eu queria poder saber o que fazer, na verdade, mas a sensação que tenho é que estou perdendo o foco e estou sem controle das minhas próprias obrigações, como se eu não soubesse o que fazer ou como começar. Como se eu fosse aquela garota burra e fraca de antes, completamente inexperiente e sem muita noção do que eu posso e consigo.

Os passos lentos dentro do galpão me fazem bufar e eu nego aproximação. Eu preciso conseguir fazer o meu trabalho. O cheiro forte do perfume conhecido por mim me alerta de quem é e apenas respiro fundo, sabendo que seria egoísmo meu não aceita-lo. A porta de madeira do escritório de Charles é aberto e o mesmo abre um sorriso de lado, mexendo a cabeça como se tivesse o que dizer. Eu fecho os olhos com os braços em volta de mim. Lentamente concordo e recebo um beijo no ombro, em seguida no pescoço e por final, na boca. O meu marido me olha, e nego, estressada, deixando-o ciente de que estou em um péssimo momento.

— Você vai acabar quebrando a caneta, solte-a. — Manda, tirando-a de minha mão. — Eu trouxe café, um maço de cigarro e um pacote de pirulito. — Aponta para a mesa, onde Charles está. — Fui checar a venda da semana com os garotos na praça e dei uma verificada na boate, o movimento caiu depois da morte das meninas. — Eu concordo e me abaixo para ver o notebook de Charles. — Conseguiram descobrir algo?

— Descobrir não, mas... Tive um plano. — Charles diz, deixando claro. — Para conseguirmos o dinheiro necessário para reerguermos algumas coisas, consegui com que a corrida de cavalos seja um alvo. Acho que podemos rouba-la, no caso. Você, Justin, irá negociar com o cara, e Harper estará resolvendo isso daqui: Os Narcóticos tem um informante, e Santiago conseguiu criar uma armadilha para sabermos quem é.

— E eu farei isso? — Pergunto, confusa, erguendo os olhos para o rosto de Charles. — Como?

— Santiago precisa matar um cara que está em Dallas. O cara deve muito para ele. E sim, o cara será apenas um alvo para que você possa ir. Santiago disse que nem lembrava mais desse cara e que era um problema tão fútil que não estava fazendo-o de prioridade, mas como precisamos ir, Santiago disse que entrou em contato com o cara, e terá uma festa com pessoas importantes. Você e Heather irão comparecer, e Justin irá depois de resolver a questão do acordo.

— Tudo bem. — Justin diz baixo, acendendo um cigarro. — O que foi? Você tem ideia melhor? Eu não tenho. Você sabe que o meu foco não é pessoas lá de fora. Você tem esse foco, portanto, não me peça para falar sobre esses problemas, pessoas, e blá, blá, blá. Meu foco é aqui. The Bronx e Harlem, então...

— O seu foco é o meu foco, Bieber, e não iremos voltar a discutir isso. — Rebato, repreendendo-o. — Estamos juntos nessa e você irá fazer o que for preciso. Hoje, 12h, quero uma lista de todos os caras que você tem contato lá fora. Aliás, você é dono de um Cartel, ou se esqueceu disso? — Pergunto, olhando o de frente. — Esqueça o Principe Harry por enquanto. Tenho coisas mais importantes para fazer, do que ficar me preocupando com um maluco, drogado e que seja meu meio-irmão com meu marido. — Empurro a porta de madeira e respiro fundo, vendo o galpão parado. — Pararam de trabalhar por que? Voltem, não mandei pararem.

Rapidamente desço a escada para o alojamento das meninas e levanto às sobrancelhas. Um dos meus caras me entrega à prancheta com o controle das entregas e nego.

Born To Die (Segunda Season)Onde histórias criam vida. Descubra agora