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Ayla on

- Não é possível - Clary falou.

Já não estávamos mais no chão e sim numa sala bem bonita. Tinham uma prateleira de livros, um piano, papéis espalhados por uma mesa.

- Bom - eu comecei - Até pouco tempo, diria a mesma coisa.

- Não, Ayla - ela falou - Você morreu, eu fui no seu enterro. Eu recebi a sua mensagem, sua peste. Eu chorei ouvindo ela, e agora você tá viva. Eu mesma vou te matar.

Ela falou calmamente, o que deixou tudo mais creepy. Eu só deu uma leve risada e fiquei olhando para ela. Tinha um loiro, três morenos e uma morena.

- Calma, lá - eu comecei - Eu morri, tá? Pelo menos parecia bem verdadeiro. Só que eu ainda não sei como, eu estou de volta.

- Não sabe como uma ova - ela falou e fez um gesto com as mãos. Que dramática.

- Clary, fala sério - eu falei - Eu nunca, te prometo, que nunca faria você passar o que passou se não fosse verdade.

- Eu sei, Ly. Eu sei - ela falou e apoio a cabeça nas mãos - Mas é tudo tão confuso. Você ainda nem me explicou direito o que te aconteceu.

- E eu vou, tá bom? - eu falei e olhei para os cinco atrás dela - Só queria que fosse mais em privado.

- Eu não confio em você - o louro platinado falou - Não vou largar ela com você só porque ela confia.

- Olha aqui, loiro platinado - eu virei e falei para ele.

Um dos morenos riu, muito alto. E acabou levando um soco do loiro. Clary e a morena só reviraram os olhos.

- Jace - Clary falou - Se eu confio nela, você deveria confiar também, está tudo certo.

- O jace pode até confiar, biscoito - O segundo moreno com as roupas legais falou - Mas eu não. Eu sinto uma energia ruim vindo dela.

- Bom, eu voltei dos mortos, participei de um ritual para várias pessoas não morrerem, voltei a vida, tenho um pedaço do inferno no meu pescoço, e tenho que lidar com o chato do namorado da minha crush- eu falei e me encostei mais na cadeira - Eu também to sentindo a vibe ruim vindo de mim.

- Pedaço do inferno? - o moreno perguntou ao mesmo tempo que a Clary falou:

- Sua crush?

- Longa história, criatura - eu disse - Eu to vendo que você fez um monte de tatuagens, que que é isso Clarissa? O que a dona Jocelyn achou disso?

- boce consegue ver? - fiz que sim com a cabeça e ela me olhou estranho- Bom, minha mãe, no começo, não aceitou muito bem - ela começou com um olhar triste - E agora, ela morreu.

- Aí meu deus, Clary - eu disse me sentando reta e segurando na mão que estava apoiada na mesa. - Você está bem? Se não quiser conversar tudo bem também.

- Não, não, tá tudo certo - ela falou fungando o nariz - Ela morreu um pouco antes de você também, sabe, morrer. Foi meio complicado, eu quis trazer ela de volta a vida, não deu muito certo, aí você morreu. Mas tudo bem, pelo menos você está aqui de volta.

Eu estava já chorando. Tia Jocelyn sempre foi um anjo que veio para a minha vida. Ela me ajudou com problemas de matemática quando meus pais não conseguiam, sempre me animou muito. E agora ela se foi.

- Me desculpa, Clary - eu falei - Desculpa por não estar com você, mas o rolo todo com a minha família, e ... nossa me desculpa mesmo.

- Ei, ei, não tem problema - ela falou e me deu um sorriso de lado - Ela está num lugar melhor. Mas enfim - ela disse limpando as lágrimas dos seus olhos e dos meus olhos. - Eles não vai ir embora, então acho que você vai ter que contar com eles aqui mesmo.

A Mikaelson perdida - temporada 2Onde histórias criam vida. Descubra agora