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Ayla on

- Pai - eu sai gritando pela casa.

- Estou no escritório - ela falou baixo, mas ainda sim consegui ouvir.

Cheguei no escritório e ele estava de pé. Corri até ele é o abracei fortemente. Ele não estava entendeu muito bem o que estava acontecendo mas me abraçou do mesmo jeito.

- O que você tem? - ele me perguntou.

- Eu só estava com saudades de te abraçar - eu falei com a voz abafada porque eu estava com o rosto no seu ombro.

Ele passou a mão no meu cabelo e ficamos assim por um tempo. Eu não percebi o quanto eu precisava desse abraço. Só de estar perto dele.

- Obrigada- eu falei.

- Não precisa falar obrigada- ele disse ainda passando a mão no meu cabelo - Eu sou seu pai, estou aqui para qualquer coisa. Mas eu tenho uma pergunta, por que, de repente, você decidiu me abraçar?

- Eu acho que eu me lembrei de você - eu falei e ele me olhou surpreso - E falando nisso, não querendo estragar o momento pai e filha, eu tenho sim direito de falar com os meus outros amigos e minha outra família, pai.

- Eu sei, querida, eu sei - ele disse - Mas volta um pouco, você conseguiu a sua memória de volta?

- Mais ou menos - eu respondi - Eu e a Hope acreditamos que pode ser uma memória a partir de feitiços, quando eu faço um ...

- A sua memória volta - ele continuou - Mas tem um porém, não é mesmo?

- Não é bem um porém - eu comecei - Mas tipo eu só lembro de quando eu fiz pela primeira vez o feitiço e das pessoas que estavam comigo. E se tiver alguém nessa memória, eu consigo me lembrar de todas as minhas memórias com ela.

- Ah - ele diz - Então, de quem você lembra até agora?

- Poucas pessoas - eu respondi - Paloma, hum, minha mãe adotiva, Tio Damon e Tia Helena e a filha deles, você, a Josie e a Clary.

- Ta bom - ele falou - Mas ninguém da família?

- Não - eu falei meio decepcionada comigo mesmo - Só você.

- Não tem problema, pequena - ele me disse me abraçando de novo - Você vai lembrar, eu tenho certeza disso.

- Eu sei, papai - Eu falei.

Passou um tempo e eu fui para o meu quarto que estava uma bagunça. Me sentei na cama pensando em como eu ia arrumar o meu quarto. Eu podia começar a colocar as coisas que estavam em caixas no armário, ou fazer a minha cama.

Comecei a arrumar, mas aí me surgiu a brilhante ideia de tentar achar algo que pudesse me ajudar a arrumar mais rápido.

- A tia Freya deve saber - eu pensei alto.

Quando eu cheguei na porta, a mesma já estava abrindo a minha porta.

- Me chamou? - ela me perguntou.

- Como você sabia? - eu perguntei com as sobrancelhas juntas.

- Você se esqueceu que eu sei ler mentes né? - ela perguntou e deu um risinho fofo - O que você precisa?

- Você tem algum feitiço que possa me ajudar a arrumar essa bagunça - digo mencionando o quarto.

- Sim -ela falou - é só repetir: Katharíste to vrómoki, e estalar os dedos.

- Okay, não deve ser tão difícil né? - eu perguntei para ela que não me respondeu - Katharíste to vrómoki.

Após estalar os meus dedos, o quarto começou a se auto arrumar e em menos de cinco minutos tudo já estava no lugar certo. De repente, veio outra memória. Eu e Hope, um menino chamado Kaleb e Penélope, estávamos na frente da casa dos Mikaelson, depois Tia Freya e todos os outros apareceram na porta.

Eu acordo do meu transe e estou em minha cama. Tia Freya está sentada na minha frente com uma cara preocupada, me olha e se assusta.

- Ayla, você acordou - ela disse e fez o sinal da cruz - Graças a Deus.

- O que aconteceu? - eu perguntei com a minha garganta seca.

- Você estava aqui, e de repente estava no chão inconsciente - ela falou - Você está bem?

- Sim, Tia Freya - Eu falei e a abracei - Obrigada por me ajudar, e por ser um tia incrível.

- De nada, princesa - ela falou me abraçando de volta.

Ela ficou mais um pouco no meu quarto e ficamos conversando. Ela teve que sair pois alguém a chamava.

Me levantei tinha que avisar a família que me lembrava de todos agora. Exceto da loira emburrada, a Lizzie.

Desci em chamei todos para a sala. Alguns, graças, já estavam lá e outros chegaram. Hope ainda não tinha voltado da escola,
sendo assim contaria para ela depois.

- Família - eu comecei - Eu acho que consegui minha memória de volta.

Primeira coisa foi o choque no rosto de todos menos o da minha tia e o do meu pai. A segunda coisa que ocorreu foi o rosto deles mudarem de choque para um sorriso.

- Ayla, isso é incrível!! - minha mãe falou vindo me abraçar - Como aconteceu?

- Olha - tia Freya começou - Foi bem bizarro.

- É - eu continuei - Parece que eu fiquei inconsciente, cai no chão e depois de um tempo eu acordei.

- Você se machucou? - minha mãe me perguntou.

- Não - eu falei e olhei para Freya - Acho que se eu tivesse me machucado, Tia Freya teria me curado antes de acordar.

- Ata - ela disse.

O resto da família veio me abraçar e cada um foi diferente. Tio Elijah me abraçou delicadamente, pensando que poderia me quebrar. Tio Kol me levantou do chão e enquanto me abraçava e rodou. Tia Rebekah me deu um aceno de cabeça de longe. Tio Damon e tio Stefan me abraçaram juntos.

Hope voltou no meu da confusão, me abraçou sem saber o que estava acontecendo, e depois que lhe contaram, ela pulou em cima de mim e me abraçou muito forte.

- Aaaaahhhh, que booommmm, Ly - ela falou mais gritando do que falando.

- Ia ser melhor ainda se você não gritasse no meu ouvido sabe? - eu falei.

- Certo - ela disse e me soltou.

Quase todos já tinham saído da sala, e agora só tinha minha irmã, minha mãe, meu pai e o tio Damon e Stefan.

- Bom, princesa - começou Damon - Acho que nós então já vamos.

- Ah não, demônio - eu disse - Eu acabei de me lembrar de vocês.

- Não me chama de demônio, querida - ele me disse sarcástico - E eu sei, só que temos outros problemas para cuidar lá em Mystic, então.

- Tá bom - eu falei - Pode ir, mas não esqueçam de ligar quando vocês chegarem, quero falar com a tia Elena e a Charlie.

- Okay - Damon falou - Vamos ligar.

O abracei e vi ele saindo. Stefan ainda estava na sala.

- Vê se se cuida, tá bom, Ayla? - ele perguntou.

- Prometo, Stefan - eu respondi.

Ele veio até mim, beijou a minha testa e seguiu o seu irmão. Esperei o barulho do carro e me sentei na cadeira.

- O que você está sentindo? - minha mãe perguntou.

A Mikaelson perdida - temporada 2Onde histórias criam vida. Descubra agora