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Ayla on

Já era tarde quando eles tiveram que correr para terminar com algum demônio, e eu tomei a liberdade de ir passear por NY, e ver se eu acabo esbarrando em um dos meus antigos amigos. Me lembrando de que eu já tinha morado aqui, fui em duração a minha antiga escola, que surpreendentemente não ficava tão longe quanto eu achava que era.

Sabia que alguns de meus amigos ainda ficavam até tarde na escola e fiquei esperando no portão. Quando ouvi risadas altas e um murmúrio sabia que era eles.

Andei mais para a frente para que eles pudessem me ver. A primeira que me viu foi a Maia, uma amiga minha de quando eu tinha uns sete anos. Ela bateu no ombro do menino ao seu lado e eu vi que era o Nolan. Eles dois não avisaram mais ninguém e só vieram correndo me abraçar.

Eu quase caí no chão, foi pura sorte que isso não aconteceu. Parecia que eu estava sendo esmagada.

- Gente - eu comecei - Sabe, respirar é legal.

- Desculpa, desculpa - Maia falou - É do que, faz muito tempo que a gente não se vê, você mudou tanto.

- Eu mudei? - eu perguntei em choque - Olha só para você, como conseguiu essas cicatrizes?

- Longa história, menina - ela disse e riu de leve.

- Como você tá, baixinha? - Nolan falou.

- Olha aqui, seu loiro sujo - eu comecei - Eu posso ser baixinha mas sou o dobro de coragem que você tem.

- Vish, te chamou de loiro sujo - Ouvi uma voz que eu conhecia de longe.

- Lydia - eu falei e a abracei - Que saudades.

- Menina, eu que estava com saudades - ela falou - Eu fica sabendo de você pela Clary. Não me mandava mensagem e nem me ligava.

- Foi mal - eu falei - Quando eu me mudei tive que trocar de telefone, perdi todos os meus contatos e só lembrava de cor o da Clary.

- Sem problemas, baby - ela disse - Não sabia que você conhecia esses dois pés no saco.

- Nem me diga - eu falei colocando a mão na minha cabeça.

- Para de ser dramática, criatura - Maia falou.

- Isso mesmo - Nolan disse - E a gente não é um pé no saco.

- Tem certeza disso? - um menino que estava de mãos dadas com a Lydia falou e depois riu - Oi, eu sou o Stiles.

Eu aperto a mão dele que estava esticada. Que formal e dou um leve riso, e olho para a Lydia com aquela cara de quem vai ter que me explicar depois.

- Bom, como a princesa decidiu aparecer - Nolan falou - Eu acho que deveríamos comemorar.

- Nono, eu só acho que não rola sabe? - eu falei - Eu tenho 17 anos, querido. E eu vim aqui sozinha, e pá, e to esperando a Clary dar um sinal de vida.

- Ah não - Lydia falou - Vamos sim, nem que seja na minha casa.

- Aí meu deus - Stiles falou - Eu sinto que deveria estar parando vocês porque sabe eu quero ser da polícia e pá, to me sentindo corrupto no meio disso.

- Stiles, você sabe que eu te adoro - Maia começou - Mas não barra a gente não, vai. Uma noite.

- Foi o que vocês falaram semana passada - ele disse - E semana retrasada, e a semana depois. Nossa, vocês me manipulam muito.

- A gente sabe, e desculpa - Lydia falou e deu um beijo em sua bochecha - Mas ela é nossa melhor amiga, só hoje, prometo.

- Tá bom, tá bom - ele disse e fomos andando até a casa da Lydia.

Chegamos no puta apartamento da Lydia, que eu sei que dividia com o Stiles. Ela jogou a chave do loft em algum lugar na entrada e fui indo para o que eu acho que era a cozinha.

- O que vocês querem beber? - ela perguntou gritando da cozinha.

- Vodka - Maia gritou de volta super animada.

Fomos em direção a sala, que tinha uma janela enorme. A cozinha era aberta e dava para ver a Lydia pegando a vodka e cinco copinhos para bebermos. Stiles já tinha tirado o sapato e andava descalço, logo segui o mesmo e fiz isso. O chão era gelado, mas era uma sensação gostosa.

- Então, o que te traz aqui? - Maia pergunta.

- Eu precisava sair da casa dos meus pais e da escola - eu falei me recostando não cadeira.

- Ah - ela falou como se lembrando de algo - Como está a tia Paloma e o tio Bruno?

- Eu também não sei - respondi e ela me olhou como uma cara estranha. - Bom, eu me mudei com a minha família biológica já faz uns quatro ou cinco meses.

- O que? - dessa vez foi Nolan que falou.

- Pois é - eu disse - Bruno e Paloma sabiam quem era os meus pais, só que eles tinha medo de alguma coisa que eu ainda não sei e depois eu fui para lá com um tio meu.

- Qual tio? - Lydia chegou na sala com a bebida e os copos. - O gatão ou o outro gatão?

- O gatão - eu falei.

- Sempre achei o gatão mais bonito que o outro - Lydia falou.

- Eu não conheci esses tios -  Maia e Nolan falaram ao mesmo tempo.

- Bom, nem eu até cinco meses atrás - eu falei - Lydia conheceu um ao vivo e outro por foto.

- O que levou ela para a casa dos pais é mais bonito - ela falou - Confia em mim.

- Nossa Lydia - Stiles falou - Esqueceu que eu estava na sala foi?

- Desculpa, love - ela falou sentando em seu colo - Não foi minha intenção te magoar.

Ele só riu e beijou sua bochecha. Vi Maia preparar os copos de shot com a vodka e antes de ela encher o último copo, eu interferi.

- Olha, o que eu vou falar vai parecer loucura - eu comecei - Mas eu não bebo.

- O que? - Ela perguntou - Serio?

- Uhum - eu concordei.

- Legal - ela disse e entregou os copos para todos - Tem certeza que não quer?

- Absoluta - eu disse e eles viraram os copos.

Depois de um tempo com eles bebendo, eu comecei a ficar menos tensa e me deixei levar pela felicidade que emanava deles. Eles estavam rindo e conversando. Contando histórias que aconteceram, como o casalzinho ali se formou e como todos eles se tornaram amigos. Olhei meu relógio e já vi que tá quase uma da manhã.

- Gente - eu falei - Desculpa interromper, mas está bem tarde e eu meio que ainda tenho que me encontrar com a Clary e pá.

- Ah não, princesa - Nolan falou - Fica mais.

- Não da mesmo - eu disse - Bem que eu queria.

- Tudo bem - Lydia falou - Você sabe para onde tem que ir?

- Sim sim, não se preocupem - eu falei - Continuem a festa aí.

- Tá bom, chuchu - Maia falou - Vem visitar mais vezes, sabia que saudades mata?

- Para de exagerar, Maia - eu falei e a abracei.

- Mas é verdade - ele falou.

Revirei meus olhos e falei tchau para Nolan e para Stiles. Lydia decidiu me levar até a porta.

- Fica bem, okay? - ela me perguntou e eu fiz que sim com a cabeça - E mande notícias uma vez ou outra. Vou passar meu numero para Clary te passar.

- Eu to sem celular - eu disse - É uma longa história mas eu peço para ela mandar para a minha irmã.

- Tá bom, tá bom - ela disse - Te amo muito, Ly.

- Te amo mais, Ly - eu falei.

Nos abraçamos e eu sai daquela casa com uma felicidade imensa. Fazia tempos que eu não me sentia tão bem. Parecia que estava nas nuvens.

A Mikaelson perdida - temporada 2Onde histórias criam vida. Descubra agora