A Mikaelson perdida - temporada 2

22

Ayla on

Agora estava eu, meu pai, minha mãe, Josie e Caroline no escritório da diretoria. Eu estava sentada na frente dela enquanto o resto estava em pé.

- Okay - ela começou - Então, vamos conversar. Primeiro você agride à um aluno e depois você quase mata a minha filha, isso tudo dentro da escola. Você percebe que não temos outra solução exceto te expulsar não é?

- Mas - eu comecei mas ela me interrompe.

- Não tem "mas", Ayla - ela disse - Você está incrivelmente agressiva, e até você aprender a lidar com isso, não pode nos deixar você aqui. Você é uma ameaça para os outros.

- Então, você vai decidir que por eu não conseguir me controlar, eu não devo ficar numa escola? - eu pergunto - Então a minha pergunta é: como você quer que eu aprendo se não tem ninguém para me ensinar? E se o único lugar que aceita pessoas que tem poderes, não me aceita?

Ela ficou em silêncios e assim como todo o resto da sala.

- Foi o que eu pensei - eu falei - Achava que a escola era o lugar onde vocês poderiam ajudar pessoas como eu, como a Lizzie, como a Josie e a Hope, a se encaixarem e a se misturar entre outras pessoas. Para que nós, mesmo não sendo humanos, podemos conviver com pessoas e ter uma vida normal. E eu pensava que você, acima de todos os outros, também pensaria assim, visto que você passou por uns maus bocados na sua vida. E você sabe o quão difícil é para todos. Imagina se MG de repente virasse um monstro e saísse matando todos só para se alimentar, e se o Kaleb, que Deus o tenha, fizesse a mesma coisa. Sabe, eu sabia que vocês podiam ajudar alunos a se controlar, assim como você ajudou à suas filhas a se controlar. Então por que não tentar me ajudar? É algo contra mim? Sabe, a culpa não é minha que eu só atraio desgraça para a vida de todos, mas as vezes a gente só precisa de alguém nos ajudando. Mas se você quiser me expulsar, fica à vontade, eu tenho outras coisas para fazer. A única coisa que eu peço, é que você deixe os meus amigos, que eu te prometo não vão causar mais danos a sua querida escola, ficarem aqui. Eles vieram por conta própria e não tem espaço suficiente na minha casa. E também você conhece o meu pai. - dei uma respirada - Já acabamos? Se sim, eu tenho que ir, como eu já disse tenho outras coisas para fazer.

Ninguém falou nada e eu tomei isso como um sinal para eu pode ir. Me levantei peguei minha bolsa e sai da sala. Vi todos sentados esperando que aquilo acabasse. Clary me viu e perguntou se eu estava bem. Eu só ignorei ela e sai da escola.

Quando eu dei o meu primeiro passo, eu sai correndo para a floresta. Minha respiração não estava controlada, e eu não sei se eu involuntariamente machuquei alguém.

A única coisa que eu queria fazer era gritar. Quando eu vi que estava bem longe de qualquer pessoa, eu gritei o mais alto possível. As árvores dobraram e foram para trás o que deixou um buraco bem no meio da floresta.

Eu não acredito que eu fiz aquilo na sala da Caroline. Eu não acredito que eu vazei, eu não acredito que eu deixei os meus amigos para trás. Que eu machuquei a Josie e que agora eu estava deitada no chão sem forças algumas para levantar.

- Ora, ora, ora - aquela voz que fazia o meu corpo todo se arrepiar falou - O que temos aqui?

Não conseguia a ver ainda estava sol e ela só ficava nas sombras. Mas sabia que ela se movimentava entre as árvores.

- Sabe, Ayla - ela começou - É muito difícil de conseguir que alguém de sua família fique sozinho. Mas não tipo num lugar sozinho, mas sozinho sozinho. Mente vazia, sem forças para tentar se esforçar, não ter mais conexão com ninguém - ela falou - É muito difícil, principalmente que vocês são o apoio moral para cada um na família, não é? Então, achar alguém nesse estado, alguém importante para você, foi complicado.

- Cala a boca - Eu disse baixo - Eu não preciso ouvir sua voz irritante no momento, moça das faces. E outra, você não tem que perturbar mais ninguém não? Sou só eu? Porque sinceramente eu já cansei de você, me manda o Lúcifer da próxima vez.

Ela ia me atacar mas quando chegou na claridade, começou a se queimar e voltou novamente para as sombras.

- Foi o que eu pensei - eu disse - Você não consegue se controlar quando alguém te troca por Lúcifer, te rebaixar, não te dar o devido valor, não é?

- Fui eu quem criou o Lúcifer - ela falava e sua voz parecia a de uma cobra - Era eu quem ele ouvia sussurrar em seus ouvidos quando eu falava o que ele tinha que fazer. Mas eu não vou ser trocada por um homem que se acha o todo poderoso quando na verdade, com um estalar dos dedos eu posso fazer ele desaparecer - ela disse e estalou os dedos, e eu comecei a sufocar - Mas enfim, não foi por isso que vim conversar com você.

Eu coloquei a mão no meu pescoço e me ajoelhei. Será que era assim que a Josie sentiu quando eu fiz isso nela?

- Continuando, foi difícil encontrar essa pessoa - ela falou - Mas no final, eu sempre consigo o que eu quero. O que foi mesmo que eu disse a você na primeira vez? Que dá próxima vez eu não iria te dar algo mas sim pegar? Bom, eu consegui o que eu queria. Então você vai fazer exatamente o que eu mandar, Ayla, ou se não ela morre.

Ela disse apontando pra uma segunda sombra no meio das árvores. Quando eu reconheci, eu comecei a chorar mais. O desespero estava batendo, e eu não conseguia fazer nada. Podia ver as lágrimas em seus olhos, e a única coisa que eu queria era tirar a dor dela.

- Você me entendeu? - a mulher continuava falando - Se você não fizer o que eu mandar, ela vai sofrer as consequências. E se você não a quiser morta, faça rápido.

Ela tentava vir até mim mas algo a segurava. E eu não conseguia mais ficar acordada. Meus olhos pesavam e o sufoco agora estava pior, não por eu literalmente estar sendo sufocada, mas saber que ela poderia morrer por minha causa.

A moça terminou de falar e chegou do lado dela. Com as suas unhas enormes ela passava pelo pescoço dela, e as vezes o cortava de propósito.

- Temos que ir agora - ela disse - Foi bom o papo, volto daqui alguns dias, criança.

A única coisa que eu me lembro de ver, foi elas virando e a pessoa ao seu lado relutando, mas não iria conseguir lutar sozinha.

- Não - eu falei quase fechando os olhos - Hope...

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Gente, me desculpa a demora. Mas eu precisei cuidar de algumas coisas. Sabe como é, saúde mental em primeiro lugar.

Mas foi isso, espero que vocês tenham gostado.

Um beijo de luz para todos.