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Ayla on

Clary demorou mais uma hora e eu fiquei planta no parque em frente ao instituto. A minha ansiedade já estava batendo. O que poderia ter acontecido?

Desisti de esperar por ela e fui em direção ao instituto. Entrei e quase fui barrada de novo, mas por sorte, encontrei Izzy que estava indo em direção a porta rapidamente.

- Izzy, Izzy - a chamei - O que está acontecendo?

- Tivemos alguns problemas - ela falou me levando até uma sala - Você faz mágica para curar?

- Eu acabei de voltar a vida - eu disse com os olhos arregalados - Não acho que estou estável para fazer feitiço nenhum.

- Bom, mas vai precisar - ela falou para do na frente da porta - De novo, tivemos alguns problemas.

A porta foi aberta e pude ouvir os gritos vindo de dentro feitos por uma certa ruiva. Entrei correndo e vi Magnus tentando fazer alguma coisa para parar a dor.

- Com licença - eu disse já empurrando o loiro platinado do outro lado.

- Não- ele falou e parecia que tinha se tornado uma pedra.

- Meu filho - eu falei estressada - Como você quer que eu trate ela, se você vai ficar na frente?

Ele se tocou e me deu espaço. Bom, isso é desesperador. Tirei a jaqueta que estava usando e taquei em algum lugar do canto.

- Tá bom, tá bom - eu falava baixinho - Olha Clary, isso pode ou não funcionar. Então, vai doer, já avisando.

- Faz logo o que você tem que fazer - ela falou com dificuldade.

Magnus percebeu que não teria como os dois fazerem a magia ao mesmo tempo e parou. Os gritos só pioram.

- Clary - Eu falei olhando em seus olhos - Foca, você já passou por coisa pior, eu acho.

- Não - ela se limitou a falar isso.

Comecei a mentalizar o feitiço que poderia usar. Qualquer um doeria antes de amenizar a dor, mas eu tentava ver o que seria mais rápido, mesmo que significasse que doeria mais.

- Nem a vez que você caiu da bicicleta e abriu a cabeça e seu osso rasgou a pele e dava para o ver? - eu perguntei tentando distraí-la enquanto pensava no feitiço.

- Ah não - ela disse - Aquela vez foi piOOORRR - ela gritou no final.

- Tem certeza? - eu perguntei, já vai acabar era o que eu queria falar para falar.

- Sim - ela falou - Calma, teve a vez que eu quase morri. Mas não era uma dor assim tão ruim.

- Bom - eu falei colocando minhas mãos em suas mãos - Que bom que essa dor já passou.

Pode sentir ela se arrepiar toda, e a febre estava baixando e ela já estava quase dormindo.

- Obrigada, florzinha - ela falou e acabou pegando no sono.

Deu um beijo em sua testa e me afastei dela. Fui para um canto e fiquei encarando o povo se sentar mais relaxado agora que ela estava bem.

Peguei um caderno que estava em cima de uma mesinha e o abri. Vi os vários desenhos que ela tinha feito, apreciando cada um deles.

Abri numa página em branco e peguei uma caneta. Primeiro fiz um desenho que a tanto prometia, as mãos de Da Vinci. Ficou bem simples, mas a tempos ela me pedia. Assinei em baixo e escrevi "Tive que ir, florzinha, mas eu te amo para sempre".

Vi alguém vindo atrás de mim. Era Izzy junto com o Alec. Eles primeiro olharam o desenho e depois o que eu tinha escrito.

- Você desenha? - Izzy perguntou e eu assenti.

A Mikaelson perdida - temporada 2Onde histórias criam vida. Descubra agora