Bom dia?? Fiz esse capítulo rapidinho só pra descontrair já que é Páscoa e não consegui postar o de Natal, enfimmm, espero que todos estejam se cuidando.
Beijinhos e boa leitura :')
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— Abre a boquinha... cadê o meu bebezinho? Anda, anda - Finneas mais uma vez tentava mandar uma colher cheia de ceral com leite gelado para dentro da boca de sua irmã, a garota com os braços cruzados e emburrada no sofá apenas virava o rosto e resmungava um palavrão que fazia sua mãe lá da cozinha xingar.
A de olhos claros odiava o fato de ter que ficar dentro de casa, apesar de estar sendo um descanso enorme para a mesma, Billie sentia falta de ar só por olhar as paredes dos cômodos.
— Quem é o bebezinho do Fin? Quem que é?
O mais velho tentou mais uma vez sendo quase fuzilado pela menor que digitava uma mensagem de texto sem ao menos olhar as teclas do celular.
— Se tentar me dar mais uma colher desse sucrilhos eu enfio ele... - Parou ao ouvir a mãe chamar, Billie estava com os olhos fixados no irmão e com o indicador apontado em sua direção como se estivesse o ameaçando de morte.
— O almoço está quase pronto, podem por favor arrumar a bagunça aí? - pediu de longe alterando um pouco o tom da voz mas de certa forma sempre saia toda calma sem nenhum pingo de irritação.
— E pra que que eu vou arrumar isso aqui? Só vai tá a gente dona Maggie, não precisa fazer bonito pra ninguém.
Disse emburrada bagunçando as mechas verdes do próprio cabelo e cruzou os braços voltando a encarar o irmão que devorava o leite dentro da tigela de porcelana.
— Uh, chamei uma pessoa, se comportem! - avisou de repente fazendo Billie saltar do sofá e apoiar um dos braços no encosto para ter uma visão melhor da porta da sala, onde dava acesso a cozinha.
— Quem a senhora chamou dona Maggie?! Nessa época de quarentena você inventa de fazer um almoço solidário? Já não atura o mané ali e eu demais não? Tem que ter mais gente aqui?
E no fundo havia uma verdade, Billie odiava o fato de sua mãe querer reunir sempre algumas amigas do bingo na casa, ou em almoços e churrasco.
— Só chamei uma pessoa, e a casa ainda é minha! - Resmungou a mãe do outro lado parecendo uma criança, ambos irmãos riram na birra que a outra fazia mas se mantiveram calados e ajeitavam a sala assim como foi pedido.
Jogou as almofadas no sofá e voltou a se deitar no mesmo, suspirando aliviada ao terminar. Ouvia seus pais conversando sobre o almoço e de repente a mente errou a linha do raciocínio voltando a alguns meses atrás onde os olhos castanhos lhe encaravam cheios de lágrimas.
— Não Billie, você não me ama. Aquilo não era amor, não dá sua parte. Já foi, já foi amor, e como eu sou grata por todos os momentos que tivemos.- Negou fungando baixo, tudo parecia ser tão surreal.
— Eu perdoou você Billie, eu perdoou você quantas vezes precisar e vou continuar amando você.
— Então volta pra casa comigo... - implorou para a outra em meio a um sussurro falho ouvindo um choramingo de Electra que se esforçou em beijar a testa da ex namorada.
— Mas amar as vezes não é suficiente. - Concluiu tocando o rosto com a palma da mão, um sorriso tristonho nos lábios e os olhos perdidos. —Eu te amo O'Connell, mas não esqueço.
Engoliu a seco não conseguindo mais segurar as lágrimas que desciam em desespero pela bochecha livre.
— Amor, por favor... -Suplicou dando um passo para frente ao ouvir chamarem pelo vôo de Electra, não queria a deixar ir.