Unѕυre Love - Tonιcĸ

6. Insônia

Eu amei tanto escrever esse cap que não tá escrito KKKKKK.

Espero que pra vocês também seja bom de ler aa.

No fim de semana eu não pretendo att, vou aproveitar pra escrever e tals, mas segunda eu já posto de novo.

boa leitura, bjinhos

POV - Tony

Já eram por volta de cinco da manhã e eu não conseguia dormir. Provavelmente a causa disso é que eu só consigo lembrar da nossa noite de ontem e ainda fico rindo quando tudo passa novamente pela minha cabeça.

É como quando você vê um filme tão bom, mas tão bom, que você fica o dia inteiro lembrando das cenas e das falas do filme, como se você estivesse nele, sei lá. E as vezes eu até imito algumas partes, mas na minha ocasião é totalmente diferente, porque eu estava lá.

Eu já tentei de tudo pra dormir. Música baixa no fone, música alta sem fone, ver capítulos novos de série, ver filmes e desistir na metade deles, jogar e eu até cheguei a tentar criar algumas dancinhas pro tik tok. Isso tudo só pra não aceitar o que eu realmente queria.

Ah, sim, eu sei o que fazer pra dormir rapidinho, num passe de mágica. Meu corpo e meu cérebro já entraram na merda de um consenso de que eles só vão finalmente descansar quando eu estiver perto o suficiente do Austin pra sentir o calor dele.

E novamente, sim, eu sei e tenho total certeza disso porque não é a primeira vez que isso acontece. Desde pequeno, quando eu não conseguia dormir, eu me levantava e ia pra cama da mamãe ou do Ondre deitar com eles, e eu só conseguia pregar os olhos quando eles me abraçavam e eu me sentia protegido. Como se nada de ruim pudesse acontecer comigo. Quando cresci isso mudou, e eu tive que me contentar com cobertores e travesseiros, mas definitivamente não era a mesma coisa.

E bom, agora eu não vou conseguir dormir. Eu tenho a porcaria de duas opções: a primeira é continuar ignorando o que eu quero e tentar dormir a força, falhando totalmente e provavelmente passando a manhã inteira acordado, o que resultaria em olheiras e sono de tarde, repetindo um ciclo que eu não estou nem um pouco afim de viver. E a segunda opção, que consiste em ir pro quarto do Austin.

É estranho pensar dessa forma. Nossos quartos são um ao lado do outro, é só a porra de uma parede fininha que me impede de dormir igual um anjinho. Eu já poderia estar dormindo desde o momento em que vim para o meu quarto, mas eu sou covarde demais.

Suspiro finalmente me rendendo e levantando da cama. Abro a porta do meu quarto e caminho até o cômodo ao lado do meu. Dou uma batida na porta e tento não fazer barulho, eu não quero acordar ninguém. Quer dizer, eu quero acordar o Nick mas só pra ele poder abrir a porta pra mim, mas fora isso eu não quero acordar mais ninguém.

Não deu nem um minuto direito e o Austin abriu a porta pra mim. Ele estava com os cabelos loiros bagunçados de uma forma mais linda e os olhos dele estavam mais pequenos do que o normal. Meu Deus, como ele conseguia ficar ainda mais bonito com essa carinha de sono.

- Tony? O que tá fazendo aqui? Tem noção de que horas são? - ele olha em um relógio que estava em cima da cômoda ao lado da cama e me olha de volta. Acho que ele ficou um pouco surpreso.

- Hm, olha é que eu, hm, eu... - suspiro fundo mais uma vez. Coragem Tony, é só o Austin. É só o Nick - Eu perdi o sono. Na verdade, eu nem dormi desde a hora que eu deitei. Nem um chochilinho sequer. Então eu achei que se você me deixasse dormir com você hoje, eu iria conseguir.

Olhei pra ele com a maior caradogatodebotasquandoqueralgumacoisa e ele sorriu, abrindo mais a porta e me dando espaço pra entrar. Assim que entrei no quarto, a primeira coisa que reparei foi o gato do Alex na cama dele, e sorri com isso.

- Eu não sabia que você já tinha companhia - falo fazendo carinho no gato que ronronou quando encostei nele, aproveitando meu cafuné.

- Eu amo esse gato, mas não tem como eu não amar essa visita maravilhosa no meio da noite - ele me olhou sorrindo de lado, em pé ao lado da cama.

Me sentei e encarei ele.

- Você tava acordado? - perguntei e ele concordou com a cabeça.

- Não consegui dormir também. Eu fiquei totalmente chocado quando abri a porta e vi que era você, porque eu estava quase invadindo o seu quarto também.

Eu sorri com isso e meu coração deu uma acalmada quando escutei ele dizer isso.

Ele trancou a porta e veio em minha direção, deitando na cama e virando de lado pra me olhar.

- Vem, vamos dormir - ele disse batendo a mão no colchão.

Deitei ao seu lado, de frente pra ele com a cabeça em cima do seu braço que me puxou pra mais perto. Ele trouxe o gato pro meio de nós dois, e eu nos cobri com o cobertor fofinho que tava embaixo dos meus pés.

Uma das minhas mãos abraçaram seu corpo e a outra ficou fazendo um cafuné no gato que era a coisa mais fofa do mundo, depois do Austin claro. Já as mãos dele repetiram praticamente as mesmas coisas que as minhas, uma delas me abraçava e o braço que eu deitei em cima fazia um cafuné gostoso no meu cabelo. Ai caralho.

- Você não acha isso meio estranho? Nós não éramos tão próximos, nos beijamos duas vezes e a gente já tá dormindo agarradinho - eu parei de fazer carinho no gatinho que nesse momento provavelmente estava no décimo sono e levei minha mão pra barriga do Austin, fazendo movimentos circulares por cima da camiseta - É íntimo demais tudo isso.

Ele suspirou e esperou uns segundos antes de finalmente falar.

- Tony, vamos ser sinceros. Não tem nada de errado nisso, eu tô super confortável vivendo assim e eu espero que você também. O problema vai ser quando isso tudo tiver sendo um pé no saco pra algum de nós, mas se não tá sendo, o que tem de errado? - eu fiquei pensando seriamente no que ele disse. Faz todo o sentido.

- Obrigado de verdade Austin, isso me acalmou num nível que você não tem noção - meu objetivo não era fazer ele rir, mas ainda assim eu consegui sentir seu peito vibrando e o som maravilhoso da risada dele.

- Só mais uma coisa, por favor não me chama de Austin. Porra, a gente vai dormir dessa forma e você quer me chamar pelo segundo nome. Austin são meus pais, e quando a gente for transar eu não quero ouvir esse nome.

Eu ri alto com a última coisa que ele disse. Ele era convencido pra um caralho.

- Até amanhã eu consigo pensar num apelido fofo pra te chamar. Agora eu vou dormir, boa noite meu bem.

- Boa noite, meu bem - pela sua voz eu consegui perceber o sarcasmo pelo apelido. Qual é, eu só falei o primeiro nome que surgiu.

Na minha cabeça eu rezei silenciosamente pra esse momento não acabar nunca. E pasmem, o soninho veio rapidinho.