Hugo Biachi
Dias atuais ...
Olho pela janela o céu azul e a cidade lá em baixo, parecendo tudo tão pequeno daqui. Me encosto na cadeira do meu jatinho e fecho meus olhos para tentar descansar, e foi só tentar mesmo em menos de 30 segundos sinto algo molhado em minha teste, no reflexo abro os olhos e levo a mão ao local e pego uma bolinha de papel cheio de saliva e ouço a risada alto de Átila, meu melhor amigo.
— Porra Átila, vai dormi — ainda achando muita graça meu amigo me responde.
— Aí Hugo da uma relaxada, voce é sempre tão tenso. Mas sério você tinha que ter visto sua cara — acha graça colocando a mão na barriga.
— Não fode Titi — chamo com o apelido dele que sei que não gosta, só uma ex namorada louca dele falava assim.
— Haha muito engraçado. — se cala e eu abro um sorriso vitorioso.
— Hugo, depois que terminar tudo, que tal ir a uma boate ? Ouvir dizer que as paraenses são gostosas pra caralho e eu ando ocupado demais, to a 3 dias sem sexo, e você?
—A minha vida sexual não é da sua conta Átila, mas pode ser uma boa ideia irmos. Preciso conhecer mais sobre a cultura desse lugar estou muito interessado.
Depois de 3 horas de voô aterrissamos por volta das 10:00h da manhã em Belém do Pará, olho em volto curioso, intrigado e empolgado com mais essa experiência. Um carro já me espera, eu e Átila entramos e seguimos viagem para o hotel. Chego no hotel e nem almoço, já vou logo tirando a roupa e me deitando, apagando depois de horas de viagem.—Hugo, Hugo acorda — Ouço uma voz me chamando longe e um sacolejo no corpo, abro o olho lentamente e vejo Atila parado no lado da minha cama.
— O que foi, cara? —falo ainda sonolento.—Nada não, você simplesmente está só de cueca e esqueceu de fechar a porta. Funcionárias e hóspedes estão fazendo fila tirando foto sua e suspirando pela sua bunda — Abro olho de pressa e me vejo rápido várias mulheres correndo para o elevador. Puta merda.
—Foi mal cara, eu tava muito cansado.
—Ah meu amigo, você tem que pedir desculpa pra você mesmo não vai ser a minha bunda que vai tá estampada amanhã na revista de fofoca — levanta as mãos e olha pro alto como se tivesse fazendo um anúncio — " EMPRESÁRIO ITALIANO PAGANDO CUEQUINHA NO NORTE DO BRASIL "
— Olhando pelo lado bom, pelo menos a cueca não tava furado — falo achando graça e ele me olha rindo também.— Você é um idiota mesmo. Levanta, vamos comer algo.
Me levanto, tomo banho e partirmos.
Conheço Átila des dos meus 6 anos de idade, ele é filho de uns amigos dos meus pais, me lembro com gratidão como sua família me acolheu quando meus pais morreram e eu abri a boca pra contar todas as coisas que passei.Vamos de carro e aproveito pra admirar a cidade, tão diferente de tudo que já vi, pessoas , os lugares.
— Hugo, ainda to tentando entender porque aquela moça tá usando uma shorts com tanto brilho, será que é Réveillon aqui e eu não sei ?
— Pelo amor de Deus Átila, não repare os outros.
— So tava brincando meu amigo — fala achando graça.
O carro para e descemos para uma espécie de restaurante ou um porto, ainda não entendi muito bem, mas é muito bonito.
— Onde estamos, sr. Santos ? — pergunto para o meu sócio que é daqui do Pará.
— Estação das Docas senhor Biachi, é o maior ponto turístico de Belém. — aceno com a cabeça, maravilhado com as coisas tão caprichadas ao mesmo tempo confortáveis. Ando para dentro do restaurante, sento na mesa e percebo o murmurinho nas meses de mulheres que estão desacompanhadas.
— Egua senhor Biachi, você chamou a atenção de todas as mulheres daqui. — ele abre um sorriso e eu olho espantado, de acordo com o português que eu sei falar ..
— Eu percebi sim, mas porque o senhor está me ofendendo ? Não tenho culpa alguma. — ele me olha confuso e eu fico meio sem graça pela ofensa.
— O que ? ah sim, claro — ele acha graça e passa a mãos pelos cabelo — " Égua " é uma expressão que se usa aqui no Pará digamos que é nosso " porra " civilizado.
— Ah certo, que curioso, desculpe. — abro um sorriso envergonhado. Átila acha graça da situação.
Depois de passar quase meia hora tentando escolher algo que eu não fosse estranhar muito para comer a noite se encerra, e voltamos para o hotel porque a manhã vai ser longa.
Acordo com o barulho do despertador e vou direito pro banheiro, ja no chuveiro encosto minha cabeça na parede e torço que dei tudo certo hoje, quero conseguir essa flor de jambu por um bom preço e qualidade boa, tenho certeza que ela vai me da um bom lucro, por isso venho em praticamente todas as viagens de pesquisa. A qualidade da minha empresa está sempre em prioridade para mim; e eu não confio mais em ninguém pra fiscalizar melhor do que eu mesmo, tenho os melhores profissionais do meu lado mas gosto de acompanhar e viver essa evolução dos produtos. Encerro o banho e por recomendação do meu sócio, visto roupas leves e vou ao encontro dos outros.
Eu a Átila vamos em um carro, e os pesquisadores em outro, Santos vai nos encontrar no ver - o - peso, acho que é assim o nome de onde vamos e rezo pra chegar logo porque não aguento mais o Átila falando de mulher no meu ouvido, Jesus Cristo. Por fim, chegamos e eu to fascinado e tão curioso com tudo; passeamos pela feira, vamos nas barracas olhando uma por uma. Um povo muito simpático e alegre que já me conquistou.
— Olá meu filho, que benção olhar para você, de tão lindo que é — uma senhora de mais ou menos 65/70 anos de idade que está em uma barraca fala comigo. Abro um sorriso.
— Olá minha senhora, agradeço mas lhe digo que é uma benção mais ainda olhar o seu sorriso — respondo com sinceridade , não tem coisa mais lindo do que a alegria.
— Oh meu filho que isso. E esse sotaque, você não é daqui não?
— Não senhora, sou italiano — respondo.
— Ora, então é turista, já experimentou nosso peixe com açaí?
— Assaí ? — pergunto confuso.
— É, quase isso. Vamos? — pergunta e logo olha pro lado e vejo Átila chegando.
— Porra do homem garanhão, já quer arrastar a velha pro hotel — fala em italiano e eu repreendo no olhar.
— Olá moço lindo, estava convidando o seu amigo para experimentar nossa comida mais típica da região, esta convidado também.
— Claro, nós topamos.
E assim fomos, experimentou esse líquido meio roxo meio preto ainda não sei decifrar, mas até que tem um gosto razoável mas a junção dele com o peixe tem o gosto divido.
— Que coisa horrível, tem gosto de terra — Átila fala.
— Eu gostei, achei muito gostoso
— Já é de se esperar Hugo, você é estranho.
E assim a manhã passa, conseguimos tudo o que queríamos e entramos no carro, seguimos direto para o hotel. Eu durmo um pouco e acordo com o barulho do meu celular tocando.
— Olá Santos.
— Senhor Biachi, queria lhe fazer um convite para conhecer uma boate de um amigo. Já convidei o senhor Ferruci e ele aceitou — fala e eu penso agora logo Átila para não aceitar, resolvo não fazer de mal gosto.
— Claro Santos, vou me arrumar e podemos ir sim.
— Perfeito, até mais.
— Até. — respondo e sigo para me arrumar.
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Flor de Jambu
Romance** FLOR DE JAMBU ** Prazer, dono da COSMETIC BIACHI, meu nome? Hugo Biachi. Minha empresa de cosméticos que herdei de meus pais é uma das maiores do mundo, a maior da Itália. Comando meu império de perto e acompanho tudo nos mínimos detalhes. Meus...