Capitulo Dezesseis

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Hugo

— Meu Deus, cara — Átila diz rindo fechando a porta atrás de mim e eu o olho com uma cara de desespero.

— Não foi nada — eu digo tentando mudar de assunto, ele abre uma gargalhada.

— Eu vi o nada, e estou vendo o nada na sua calça — eu olho para o meu pau e o filho da mae não amoleceu, e o motivo dele ter ficado duro volta na minha cabeça o fazendo latejar.  Me sento na beira da cama passando a mão pelos meus cabelos respirando fundo.

— Eu não deveria ter feito isso, Átila. Alira é inocente, ingênua e eu me aproveitei disso. — digo olhando nos olhos dele.

— Desculpa Hugo, mas ali eu não vi ninguém ingênuo e muito menos inocente. Como isso aconteceu? — ele para na minha frente cruzando os braços.

— Ela me pediu para beija-lá — eu digo e Átila  leva a mão na boca rindo — Para caralho, eu to desesperado.

— Cara, a menina tava louca beijando você, era nítido a vontade dela também. — Átila diz na tentativa de me acalmar.

— Eu não posso me envolver com Alira, a última coisa que ela precisa é um relacionamento agora vale para mim e para Pietro. Eu a trouxe para Itália para crescer e ajudá-la a conquistar seus sonhos e não para virar mais alguém para mim e até porque ela não é qualquer uma, ela não merece Átila, porque eu vou magoá-la como eu magoei todas as outras.

— Ei, cara — ele abaixa a voz se sentando do meu lado — Ela pode ser mais do que alguém para você Hugo, você merece ser amado por alguém tão boa quanto Alira.

— É por isso que não pode acontecer, ela é boa demais pra amar alguém como eu. — dou um sorriso sem graça.

— Não fala assim — ele diz pegando no meu braço — Eu sei o quanto você é bom Hugo, eu espero um dia ser a metade do homem que você é.

— Ah cara, para com isso — eu digo olhando para ele — Um passado fudido, um mente fudida, sentimentos fudidos, e um homem fudido, é isso que eu sou.

— Verdade, é um homem fudido — ele diz olhando pra mim sério — Um fudido de um gostoso porra, se fosse mulher eu virava tua cadelinha.

— Voce é um idiota mesmo né — ele acha graça e eu também.

— Eai, vai ficar com ela novamente ?

— Não, o melhor é fingir que não aconteceu nada e seguir a amizade. Eu não vou atrapalhar Alira em seu futuro, apesar de meu corpo implorar que sim. — eu digo.

— Tá fazendo merda maaas tá bom, não vou me meter. Tenho que ir, até mais — nos despedimos e ele sai pela porta mas logo em seguida volta.

— Ah Hugo — ele me chama.

— Oi ?— respondo

— Da pra vê que seu corpo implora que sim, mais tarde te mando uns porno — olho para baixo e eu bendito continua duro. —  E nem adianta negar, eu sei que ele tá duro porque eu falei que eu te daria.

— Sai daqui cara — digo jogando o travesseiro nele.

Ouço o despertador tocar e desperto calmamente, olho para o teto relembrando a minha noite, coisas que eu nunca sentir tomam conta do meu corpo e pra ser sincero me assusto um pouco, mas prefiro ignorar. Vou parar o banheiro e em seguida desço para tomar meu café.

Ao chegar na cozinha Alira tá ouvindo uma música que não conheço, cantando e dançando fazendo sua camisola fina dançar pelo seu corpo e eu peço a Deus autocontrole.

— Eguaaa  — ela diz ao virar colocando a mão no peito, sorrio com o seu sustinho — Oi Hugo, você me assustou. Bom dia — passo os olhos por cada parte do seu corpo e o meu reage, ao voltar a atenção para o seu olhar eu percebo ela me olhando ofegante e caindo em mim percebo a besteira que tava prestes a fazer. Me recomponho e mudo de assunto.

— Bom dia Alira. Fez café? — digo e dou um sorriso sem graça.

— Hum... sim, espero que esteja bom — ela me entrega a xícara, nossos dedos se tocam e uma corrente de várias emoções misturadas é transmitida nesse toque. Tomo um gole do cafe que esta muito bom.

— Esta perfeito — digo a ela.

— Que bom que gostou — ela da um meio sorriso e desvia o olhar.

O clima está um pouco estranho entre a gente e porra não sei nem o que dizer.

— Hugo queria dizer que ontem — meus batimentos aceleram e porra to muito nervosa que tá me dando dor de barriga — Foi muito bom, na verdade perfeito. — nós dois sorrimos e puta merda como sua queria ela, mas eu não posso de jeito nenhum, pois sei que vou machucá-la.

—  Alira, precisamos conversar sobre isso mais tarde, ta bem? — eu vejo seu sorriso vacilar um pouco é isso me mata por dentro.

— Ah, claro, tudo bem. — ela diz virando para a pia.
Não me contento mais, vou até a pia deixar a xícara e dou um beijo em sua testa e tocar sua pele a menos que seja em um lugar simples, é melhor do que sexo com qualquer outra pessoa. Eu viro e vou embora não virando para olhar sua reação.

Chegando no escritório minha secretária está em pé apreensiva na ponta da mesa me olhando, fico sem entender nada.

— Bom dia senhora Colombo — cumprimento e ela vem perto de mim.

— Senhor Biachi, eu tentei impedi-la mas o senhor sabe como ela é quando vem aqui. Me desculpe. — ela diz e eu nem preciso perguntar quem é.

— Tudo bem Carlota, não precisa se desculpar — dou um sorriso a ela e ela relaxa.

Sigo para dentro da sala, ao entrar Bianca está sentada na minha cadeira mexendo no celular com os pés em cima da minha mesa, ela me vê, da um sorriso e se levanta caminhando até mim.

— O que faz aqui, Bianca ? — eu pergunto sério.

— Bom dia para você também, meu amor — ela fala com um tom sarcástico. — Eu estava com saudades — ela chega perto de mim e beija meu pescoço e eu me afasto.

— Estou no meu trabalho esse não é lugar, e eu já avisei você mil vocês que o que tínhamos acabou.

—  Todo lugar é lugar, Hugo — diz sussurrando e colocando a mão no meu pau e porra, não vou mentir Bianca é linda e sexy pra caralho, tivemos um caso por anos meu corpo conhece seu toque e ele gosta deles.

— Humm, pelo menos alguém aqui está feliz em me ver — ela diz chupando o lóbulo da orelha minha orelha e então meu celular toca, desperto do transe que tava caindo e vou atender. Vejo o nome na tela e me afasto de Bianca.

— Oi Alira, aconteceu algo? — pergunto nervoso e um surpreso pela ligação.

— Não, não aconteceu nada eu queria falar que.. — sua voz é interrompida pela da Bianca.

— Hugo, desliga esse celular to toda molhadinha te esperando. — arregalo os olhos para ela que sorrir diabolicamente. Quando volto a atenção para o celular vejo que Alira desligou.

— Que porra Bianca — esbravejo.

- Ela é muito inocente pra você, ela deve ter na cabeça que pode viver um romance com você, e nos sabemos que ela não aguentaria ser fodida do jeito que você gosta, ela não aguentaria te da de quatro pegando uma surra na bunda do jeito que nós dois adoramos — ela diz se aproximando e pegando na minha gravata.

Olho para ela e penso ela tem razão Alira é pura como água para se envolver comigo.

- Ok, chega disso tenho que trabalhar e você ir embora.

— Ai ta bom, não precisa se estressar mais tarde te ligo — ela vem e rouba um beijo, não retribuo —Amo quando você se faz de difícil, o sexo é sempre beem melhor  — Reviro os olhos e com isso ela vai embora.

Me sento na minha cadeira e penso que não são nem dez horas da manhã e já estou exausto.

APARECIIIII, ANTES TARDE DO QUE NUNCA. EAI GOSTARAM? 🥰🥰

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