Capitulo três

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Alira Cairu

— Levanta vagabunda! — ouço um grito e uma água sendo jogado no meu rosto e eu me levanto em um sobressalto — Vamos — me pagando pelo braço e me arrastando pelo corredor.

Observo tudo atenta, tudo diferente do meu mundo, paredes escuras, luzes baixas, várias portas nesse corredor e parando bem no final ele abre uma e me coloca para dentro.

— Olá Alira, dormiu bem? — pergunta em um tom sarcástico — Já tenho o primeiro trabalho pra você. Aqui, vista-se — joga uma roupa pra mim, ele me entrega um vestido nude curto , cheio de pedrinhas brilhosas.

— E.. eu não vou usar isso — digo nervosa. Ele se aproxima de mim, me pega pelo pescoço e me prende na parede.

— Escuta aqui sua putinha, eu dou as ordens aqui, entendeu? Eu já avisei pra você o que vai acontecer se não me obedecer, sua família terá o mesmo fim que seu pai e você ficará aqui o resto da tua vida trabalhando pra mim. — me solta e eu escorrego no chão tossindo — Antônio, leve-a para sala das meninas e manda Karina ajudar ela a se arrumar decentemente e levá-la  para o senhor Oliveira — diz chamando o homem que me trouxe, e eu rendida o acompanho.

Chego nesta sala e logo essa Karina vem ao meu encontro, com cara de poucos amigos me senta numa cadeira e começa a me maquiar, prender meu cabelo, sem dizer uma palavra.

— Você tá muito tempo aqui? — resolvo puxar assunto, ela me olha com ódio.

— Estou tempo o suficiente para que uma puta nova chegue e pegue o meu melhor cliente — me recolho principalmente pelo ofensa.

O tempo passa e eu estou pronta, o medo toma conta de mim mas eu preciso manter minha família viva, eu preciso voltar pra casa e custa o que custar.

O Antônio me pega pelo braço e desço uma escada com ele, o barulho de som alto começa a aparecer ficando cada vez mais forte

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O Antônio me pega pelo braço e desço uma escada com ele, o barulho de som alto começa a aparecer ficando cada vez mais forte. Observando tudo ao meu redor, me dando vontade de vomitar e morrer ali mesmo, mulheres dançando so de calcinha quando os homens passam a mão nelas, completamente exposta.

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— Aqui, vá aqui por esse corredor direito e entre naquele quarto — diz Antônio me entregando uma chave, eu começo a me tremer e o medo toma conta de mim

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— Aqui, vá aqui por esse corredor direito e entre naquele quarto — diz Antônio me entregando uma chave, eu começo a me tremer e o medo toma conta de mim. Antônio percebe e pega meu pulso e da um aperta forte demais que eu tenho que morder a boca para não gritar — O chefe já te avisou. Eu vou adorar matar sua mamaezinha — diz me emburrando. Levanto a minha cabeça e sigo.

Abro a porta do quarto e me deparo com um homem dentre 45 a 50 anos, eu paraliso na porta.

— Oi princesa, Kostas me falou que você era linda, mas não sabia o quanto. — meu corpo começa a tremer e sinto que vou desmaiar a qualquer momento — Ah vamos, gatinha vem me pagar um boquete aqui, ou você quer que eu vá aí te buscar ? — começo a balançar a cabeça desesperadamente, meus olhos cheios de lágrimas quando ele se levanta da cama e se aproxima de mim — Ora que você gosta de joguinhos.

Ele para bem diante de mim, passando a mão pelo meu peito e eu fecho os olhos pensando na minha mãe, pedindo forças pra Deus mas meu raciocínio explode quando sinto a mão descer para o meio das minhas pernas, eu dou um soco no cara abro a porta e saio correndo pedindo perdão a minha mãe, batendo em várias pessoas que aparecem na minha frente, até que bato de frente com um muro de músculo, olho pra cima e por segundos meus olhos se perdem em um oceano azul.

— Tá tudo bem moça ? — Aquela voz me arrepia e eu perco a noção de onde estou.

— Pensou que ia fugir em indiazinha? — Quando ouço a voz de Kostas tudo se quebra em milhões de pedaços, sinto um frio na barriga, uma sensação de que tudo está girando fico enjoada assim como senti la no quarto com aquele homem.

— Desculpe — falo para o homem e saio correndo com um incômodo no coração de não ficar, mas ouço sua voz me chamando.

Corro o mais rápido que posso e chego na porta mas na hora de sair sou puxada para trás. Kostas me pega pelo cabelo e me leva para o lado da boate, em um beco.

— Sua vadiazina, eu te avisei — ele levanta a mão e eu fecho os olhos esperando o impacto.

— Ei para com isso agora, solte ela! — aquela voz ..

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