Hugo Biachi
Chegamos na boate Colors Norte e fomos entrando, uma moça vestida com uma Mini fantasia de policial vem até nós e nós leva para uma cabine.
— Por aqui cavalheiros - diz com uma voz que eu acho que ela tava tentando ser sexy.
— Ah cara, eu já mal cheguei e já to ficando louco - Átila diz, olhando as mulheres dançando no pole dance.
Já sentados na cabine pedidos um whisky e 3 moças vieram nos servir, cada uma sentando no nossos colos. A loira fala em meu ouvido:
— Nunca tinha visto alguém tão bonito como você. Deixa eu fazer da sua noite inesquecível, gostoso? - diz isso beijando meu pescoço e por um momento só deixo rolar. Abro os olhos e observo que Átila e nem Santos estão mais aqui.
— Parece que somos só nós dois - já abrindo o fecho do sutiã e ao mesmo tempo que me excita, me incomoda. Ela senta com as duas pernas separados uma de cada lado e começa a se esfregar em mim, aperto na cintura dela controlando até que ela passa a mão no meu pescoço e tenta beijar minha boca.
— Não. - digo tentando tirá-la de cima de mim.— Ei calma, tudo bem não irei beijar - diz numa voz baixinha perto do meu ouvido.
— Me dei licença - carrego ela pela cintura e a deixo sentada na outra poltrona e saio para o bar, em busca de ficar mais confortável.
Ando depressa pelo meio da boate quando alguém bate de frente comigo, olho para baixo encontro uma moça com o olhar assustado, estamos tão perto que sinto o seu cheiro inebriar meu nariz e chegar diretamente ao meu cérebro e me relaxando, seu corpo colado ao meu me causa sensações e frio na barriga, seu olhar parece que vejo um mundo novo e castanho. Meu transe é quebrado quando ouço a voz de um cara, olho para cima e sem da tempo de nada.
— Desculpe - a moça vai tão rápido o quanto ela apareceu, me intrigo ao ver esse homem correndo atrás dela e resolvo segui-los, chamo os meus seguranças.
Passo pela porta e vejo ela encolhida e ele pronto para agredi-la, meu corpo e minha mente sentem uma sensação de pânico e eu não entendo o porque. Interfiro:
— Pare com isso agora, solte ela! - esbravejo.
Ao mesmo tempo que duas armas são apontadas para mim, os meus seguranças tiram e apontam para eles.— Temos um herói aqui pessoal - fala com deboche
— Escuta aqui, são minhas meninas e eu faço com elas o que bem entender. Essa é carne nova ainda precisa pegar bastante porrada para tomar educação.
— Suas meninas ? Pelo o que eu to vendo ela está aqui contra a vontade dela, será que precisamos resolver isso ? — pergunto batendo peito com peito com o homem.
— Você não se atreva a mexer no meu caminho, você não sabe com quem está lidando.
— Muito menos você... A garota vai comigo.
— Essa puta me deve dinheiro, e ela tem que pagar cada centavo - desvio o olhar para ela e vejo chorando, assustado e isso me maltrata por dentro.
— Vamos fazer assim meu senhor. Eu pago o que ela deve, eu levo ela comigo e você vai aceitar sem fazer escândalos e eu não denuncio isso que você faz. Por que nós sabemos que a maioria das moças estão aqui contra a vontade. - ele abre um sorrisinho sarcástico.
— O que você um homem bastante bem apessoado, pelo sotaque não é daqui, quer com uma vagabunda sem valor ? — ouvir falar dela assim faz meu sangue ferver, mas me controlo.
— Isso não é da sua conta.
— 500 mil você leva a garota. — fala olhando pra ela, ela arregalo e sinto o desespero neles.
— Ótimo, vai ser um desprazer fazer negócios com o senhor.
Seguimos até o escritório dele, observo tudo atentamente o jeito da moça, completamente desnorteada e desconfiada de tudo. Assino um cheque no valor de R$500 mil reais, e entrego para Kostas, assim me falou o nome dele.
— Sempre que da apareça por aqui senhor Biachi, é realmente ótimo fazer negócio com o senhor. Faça bom aproveito com a putinha. — me levanto com ódio, mas quando olho ela abatida e chorosa a pego pelo braço e a levo para fora da boate. Chegamos próximo ao meu carro, abro a porta para ela mas ela hesita em entrar, respiro fundo e começo:
— Eu sei que você tá assustada, mas eu só quero ajudar você e acredite nem eu sei o porque quero tanto. Nao irei fazer nada com você, confie em mim, eu lhe prometo que não irei encostá-la um fio de cabelo. Vamos para o hotel, eu vou alugar para você um quarto e amanhã levo você para sua família, tudo bem? Já esta tarde pra irmos agora. — ela começa a chorar e fala bem devagar.
— E.. eu não sei onde minha família está.
— Como assim, me explica com calma quando chegarmos no hotel para eu tentar te ajudar. — falo com seriedade e quando ela vira para entrar no carro, Átila aparece visivelmente bebado.
— Eai Hugo, tá levando essa puta pra fuder no hotel? — olho para ele e em fração de segundos a moça sai correndo e eu desesperado saio atrás dela, sem carro, sem segurança, sem conhecer a cidade, sem pensar porque o meu único objetivo era fazê-la ficar segura, ela como se dependesse da minha existência e eu ainda procuro entender motivos.
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Flor de Jambu
Romance** FLOR DE JAMBU ** Prazer, dono da COSMETIC BIACHI, meu nome? Hugo Biachi. Minha empresa de cosméticos que herdei de meus pais é uma das maiores do mundo, a maior da Itália. Comando meu império de perto e acompanho tudo nos mínimos detalhes. Meus...