Desde que Bailey entrou na vida de Shivani, e a virou de cabeça para baixo, tudo parece fora de controle.
Após todos os acontecimentos, que feriram e a traumatizaram, Shivani está disposta a retornar a Los Angeles.
Certa de que é sua chance de começ...
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"Ao longe se encontravam um grupo de pessoas, todas diferentes, em geral mulheres, mas só uma se destacava naquele grupo de pessoas.
Não era possível ver sua face, e todas as vezes em que ela se virava tudo se tornara um borrão.
A cada passo, o quanto mais me aproximava menos eu realmente chegava perto.
Continuei na insistência em alcança-la, e quando consegui ficar a centímetros da mesma e até mesmo toca-la, ao longe uma voz me chamava."
Abri os olhos com dificuldade por conta da luminosidade.
- Bailey.- tentei encontrar a quem a voz pertencia.- Ou babaca!- senti um leva tapa em minha cabeça. - Acorda!
Bufei sabendo a quem pertencia a voz.
Encarei Noah com certo desdém.
- Eu preciso dos meus livros, e você não é nada silêncioso mesmo quando dorme.- sentei na cama passando as mãos pelos meus cabelos.- O que foi cara?- observei seu rosto entediado, era óbvio.
Nos últimos anos, a minha vida teve um recomeço, sem memórias, aprendendo a lidar com a minha família e meu passado desastroso.
Porém, havia essa garota, com um sorriso inconfundível, me perseguindo como um fantasma, abordava meus sonhos no meio da noite.
Na maior parte do tempo parece surreal a idéia de gostar de vê-la, como se gosta de alguém que se quer sabe se é real?
Contudo, não era algo pelo qual eu queira sacrificar, tempo e sanidade.
Encarei Noah, ele era uma pessoal legal, embora nunca pare em um emprego fixo, mesmo após se formar, e obssecado por seus livros de filosofia, poemas, entre outros.
Há alguns anos um acidente me tirou minha história, agora eu estava concentrado em criar outra, sem outra experiência de quase morte.
- Estava sonhando com ela outra vez?- me analisou, como se esperasse reações ou expressões que transmitissem algo a mais.
No entanto, eu não tinha muito o que dizer.
Noah e eu aprendemos a conviver, dia após dia, principalmente após passar alguns meses em Manila e retornar para cá, assumindo uma das filiais de Matthew.
Minha família também era uma parte importante, aparentemente, tirando meu pai, que antes ou depois do meu esquecimento contribuía para uma relação nada fácil.
