Our Best Part: MEMORIES

Vinte e Sete

Fazia um tempo em que eu não me sentia tão viva, Peter e Bailey conseguiram me animar em um daqueles dias em que eu achei que não conseguiria.

Porém, como em todo sonho, eu tive que acordar, e isso ocorreu na manhã seguinte.

Quando meu celular tocou.

Uma chuva de mensagens anônimas.

Nem se quer me despedi de Bailey, Peter reclamou de sairmos daquela forma.

Tudo que deixei para Bailey foi um bilhete.

Depois de deixar Peter com Noah, as coisas apenas pioraram.

Ligações e mais ligações.

Tive medo de atender, pois estava claro que nada estava certo.

Observei o celular soar pela milésima vez naquela manhã, um novo número desconhecido soava.

Eu devia ir trabalhar, mas já estava atrasada alguns minutos.

Eu simplesmente não conseguia evitar meu coração apertado diante daquela melodia.

Bailey tinha que ir pra empresa do pai, hoje seria apenas eu, mas eu não estava pronta pra enfrentar o dia sozinha.

Joalin e Andrew sumiram do mapa.

As meninas precisavam resolver algumas documentações.

Não pedi ajuda a Noah, sei que ele não reagiria bem naquela situação.

Sei que eu deveria não sair hoje, mas isso me sufocaria mais.

Eu precisava ocupar minha mente, com qualquer coisa que não seja medo.

Eu precisava dançar.

Ficar sozinha.

Precisava de ar.

Engoli a seco.

Peguei o celular, finalmente atendendo.

Esperei pronta pra ouvir coisas que me aterrorizariam meus próximos dias.

Mas tudo que ouvi foi a voz inconfundível de Matthew.

- Achei que nunca fosse atender.

- Pensei que fosse ficar longe da minha vida.

- Nosso trato era enquanto você ficasse longe do meu filho, tenho planos pra ele, e está atrapalhando tudo outra vez.

Havia outro pedaço da história ainda não contada.