CAPÍTULO 9

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Dirigimos um ao lado do outro, numa velocidade alta até o Burger King. Numa certa altura, na estrada, meio que fizemos uma mini corrida, e ela acabou chegando em primeiro, onde iríamos comer, por poucos milímetros de distância.

-Deu sorte—me referi a corrida.

-Se fizermos outra, aposto que venço, de novo – ela falou dando dois tapas leves, no meu rosto e caminhando, em seguida, em direção à entrada do estabelecimento.

-Escolhe um lugar, que eu faço os pedidos –pedi pra ela, já na fila.

-Não precisa, não vamos comer aqui – ela disse convicta, enquanto, observava as opções ,do que iria comer.

-Vamos aonde, então? – perguntei curioso, dando um passo à frente, na fila que avançou.

-Só faça os pedidos – retrucou, virando-se para observar, o movimento do lugar.

Depois de um tempo, fiz os pedidos. Paguei por eles, mesmo ela insistindo em pagar sua parte, mas no fim, consegui convencê-la, então, saímos para fora. Por um momento, eu pensei que ela iria me matar, por causa de uma conta, que eu paguei por ela.

-Me siga – ela pediu, depois de montar na sua moto.

Fiz o mesmo e, a segui. Um tempo depois de estarmos dirigindo, reparei que estávamos indo para um local, meio deserto que não passava, nenhum automóvel sequer.

Ela estacionou a moto, perto de uma árvore e, eu fiz o mesmo com o meu. Ao meu redor, só se via árvores e galhos. E eu sinceramente, não estava entendendo, nada.

-Está pretendendo, me matar? – perguntei descontraído, seguindo ela que, andava em direção a algum lugar, por entre as árvores.

-Não por agora – falou e se virou para mim – quem sabe, mais tarde? – deu um sorrindo malicioso, me fazendo rir e negar com a cabeça.

Savannah...Savannah...

Andamos por mais um tempo, e de longe eu avistava algo, parecido com um chalé.

-Que lugar é esse? —perguntei curioso, ainda andando atrás dela.

-Um chalé? —retrucou irónica e eu bufei. 

Eu costumava ser irónico, mas, não gostava quando as pessoas usavam ironia, comigo.

-Isso eu sei – dei um sorriso, sarcástico – De quem é? – indaguei, olhando o chalé, da qual já nos aproximávamos.

-Meu – respondeu simples, pegando a chave, dentro de um vaso e abrindo a porta do chalé.

Adentramos o lugar, e eu fechei a porta.

-Tem certeza? Eu não costumo, invadir lugares – ou talvez eu fosse acostumado sim, porém, ela não precisa saber disso.

-Se fizer mais alguma pergunta, eu te mato aqui mesmo, enterro o corpo e, eu garanto que ninguém vai o achar – falou de forma deixar qualquer um, com medo, contudo, eu só conseguia observar o quão excitante ela ficava, sendo durona e brava.

-Duvido – desafiei, olhando bem no fundo dos seus olhos, com um sorriso de canto, que ela retribuiu.

Vi ela quebrar um vaso que, estava numa pequena mesa, do seu lado. Pegou um pedaço de vidro, e encostou-o no meu peito. Ela fez aquilo, numa velocidade tão grande que, quase não tive tempo de raciocinar.

Encarei ela que, tinha um sorriso no rosto, enquanto, me olhava de forma firme, com o pedaço de vidro ainda encostado, em mim.

Subi minha mão de forma leve, pelo seu pescoço, e a vi arrepiar, vacilando um pouco do olhar firme, para excitada.

Aproveitei seu deslize e, tirei sua mão que estava no meu peito, fazendo ela rodar e ficar com a costa, encostados em mim. Imobilizei seus braços, de forma que, ela não conseguia escapar. Tirei o vidro da sua mão, colocando-o no pescoço dela. Respirei fundo, enquanto, sentia sua respiração, aumentar a velocidade.

-Sabe, agora sou eu, quem poderia te matar e ninguém iria saber –sussurrei no ouvido dela, vendo-a se arrepiar, ainda mais.

-Cretino – quase que saía, como um gemido, o que me fez sorrir.

-Vamos comer, Savannah – falei num tom safado, mesmo não me referindo a aquilo.

Soltei-a e coloquei o pedaço de vidro na mesinha, do nosso lado. Vi ela suspirar e ir em direção à cozinha, sem me olhar. Ela voltou com materiais, para limpar a bagunça, dos vidros.

-Vai colocando as comidas, em cima daquela mesa, de centro – ela pediu, enquanto catava os vidros. Fiz o que ela pediu – Tem copos, no armário da cozinha.–informou e eu assenti.

Me dirigi à cozinha, pegando dois copos e voltando à sala. Vi-a sair, para a parte de fora, com uma sacola preta, provavelmente, com os cacos de vidro.

Sentei-me no tapete, e fui tirando as comidas da sacola do BK, colocando-as em cima da pequena mesa central, que tinha ali.

Savannah entrou, dirigiu-se a lareira e a acendeu, pois, estava com muito frio. Deu a volta e sentou-se, do meu lado, pegando seu hambúrguer.

Era estranho para mim, estar com uma mulher, comendo e aproveitando a presença, um do outro, sem ser fazendo sexo. Ao mesmo tempo, que eu temia aquela aproximação, eu gostava de estar ali. Não que, eu estava gostando dela, porém, uma amizade não faria mal algum. Apesar da atração física, entre nós dois, fosse bem forte.

-Quer assistir algo? – ela perguntou, se virando para mim e, comendo uma batata.

-Filme? –perguntei, limpando com os meus dedos, um pouco de molho, do canto da boca dela.

-Ou série – ela sugeriu.

-Não costumo ver nem um dos dois–contei e ela bufou–... mas, acho que filme seria uma boa escolha – respondi mordendo meu hambúrguer e, ela sorriu de lado.

-Vou colocar uma, então – ela falou se levantando e, indo até a Tv, logo à nossa frente.

Vi ela colocar algum filme de ação, vindo se sentar, de novo, com o controle na mão, ajustando o volume.

-Que filme? –perguntei terminando de comer, e analisando seus movimentos.

-Shaft – respondeu simples, recolhendo os lixos e lavando-os a cozinha.

Savannah ficou um bom tempo lá, então, resolvi ir atrás. Quando cheguei, ela estava de costas terminando de lavar os copos. Ela secou as mãos, só que, na hora de colocar a toalha, de volta no lugar, acabou deixando-a cair, logo, ela teve que se agachar para a pegar. Vi aquele belo corpo se agachar, bem na minha frente, empinando a bunda na minha direção. Não aguentei ficar somente olhando, então, me aproximei agarrando a cintura dela.

Vi sua pele arrepiar com meu toque. Colei seu corpo ainda de costas, no meu. Puxei seus cabelos para baixo, fazendo com que seu pescoço, ficasse livre. Beijei aquela extensão, ouvindo-a suspirar o que me deu mais vontade, para morder e chupar, deixando algumas marcas ali.

Rodei seu corpo, a colocando em cima do balcão, e ficando entre as suas pernas. Agarrei sua coxa apertando-a, enquanto, minha língua adentrava sua boca. Enquanto nos beijávamos, vez ou outra eu mordia seu lábio inferior, ouvindo-a gemer baixinho. Fui beijando sua bochecha, até chegar perto do lóbulo da sua orelha, mordendo-a.

Ela gemeu, me incentivando a apertar sua cintura. Fui descendo os beijos e mordidas para seu pescoço, e ela arranhou meu peito, o que me fez gemer e suspirar. Eu já estava mais do que excitado, pronto para levá-la, até um quarto,  só que, ela me afastou, de repente, deixando-me confuso.

-Que merda, Savannah – disse frustrado. Era a segunda vez que ela me deixava, naquele estado.

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