EPÍLOGO

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SAVANNAH

-Se acalme, Savannah, você já fez coisas muito piores... isso não é nada—falei, me mentalizando e respirando fundo.

-Vai lá, é como apertar o gatilho, muito fácil—minha mãe, disse me incentivando.

-Mãe, para mim, até disparar uma arma, é mais fácil que isso—comentei nervosa, passando as mãos pelo meu cabelo.

-Filha, o que você vai fazer, é somente completar outra etapa da sua vida, vai lá, seu pai já está te esperando—exprimiu, me encorajando.

-Porquê que, eu fui dar a ideia?—perguntei, revirando os olhos—E porquê, eu estou tão nervosa?—questionei, mais para mim mesma.

-Eu tive a mesma reação que você, na minha vez... é só pensar, em quem está a sua espera atrás dessa porta, que provavelmente, está prestes a ter um ataque, também—ela disse divertida e eu concordei rindo.

-O que você fez, com meu coração, Lucca Hills?—indaguei sussurrando, e tomando coragem, para entrar.

LUCCA

-Pai, eu estou passando mal—falei pro meu pai, abrindo os primeiros três botões, da minha camisa.

-Pai, a mamãe já vai chegar, é só charme de mulher—Caleb disse e, eu ri.

-Filho, só de estar aqui nessa posição, esperando a mulher que eu amo, é uma situação díficil... e o mais incrível, é que eu nunca me imaginei, nessa situação—comentei e ele deu risada.

-Ela já vai vir, papai, que drama—Bless exclamou suspirando, e nós rimos da forma, como ele falou. 

-Eu quero só ver, quando for vocês dois, se vão dizer que é drama—coementei irónico e Caleb, negou com a cabeça.

-Eu nunca, vou me casar—meu filho, mais velho, afirmou convicto e sarcástico.

Olhei para o meu pai, e nós dois nos colocámos a rir. Impressionante como, todos os homens Hills, encheram o peito para dizer, que nunca iriam amar ninguém, além da sua organização e família, mas a verdade, era que sempre aparecia aquela que, bagunçava toda as suas estruturas, e você se achava até um idiota, ao lembrar do que tinha dito.

-Ela chegou—a mãe da Savannah disse, e eu respirei fundo, me posicionando, no meu lugar.

As portas se abriram e a música começou a tocar. Ela entrou com seu vestido, pouco tradicional, e bem fora do padrão, bem estilo Savannah Vasncoor, acompanhada com seu pai.

Mas, ainda assim, ela estava linda.

A medida em que, ela se aproximava com aquele sorriso, de lado, e a mesma pose firme de sempre, eu não conseguia parar de pensar, que ela seria para sempre, minha.

Todos os olhares dos poucos convidados, estavam voltados, para ela.

Fizemos questão de convidar, só os nossos familiares, e algumas pessoas da organização, para não chamar muita atenção, e ser algo somente nosso.

-Pena que, não posso te beijar, agora—comentei, quando ela parou, na minha frente.

-Sem gravata?—ela perguntou, ao reparar na minha camisa preta, desbotoada até o peito.

-Sem vestido, branco?—retruquei, descendo os olhos pela seu vestido, preto.

-Preto, sempre, nos refletiu—ela disse debochada, e eu sorri irónico, concordando.

-Vamos dar início, á cerimónia—o padre falou, tomando nossa atenção.

-Não vejo a hora de, rasgar esse vestido—exprimi, passando a ponta dos dedos, pela sua costa que, estava nua.

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