-Desculpa, por isso—falei irónico e logo em seguida, bati com a minha arma na sua cabeça, fazendo-o desmaiar.
Deitei-o na cama, o cobrindo. Coloquei o computador com o filme, pausado do seu lado, como se ele tivesse dormido, assistindo o filme.
Assim, quando ele acordasse amanhã, iria pensar que foi , somente um sonho.
Antes de sair da sua casa, passei na cozinha e peguei um pedaço de bolo. Ele já estava com algumas fatias cortadas, então, ele nem iria notar.
...Cheguei em casa e fui, diretamente, para cozinha beber um pouco de água.
Enquanto bebia minha água, peguei meu celular para ver se, não tinha nenhuma mensagem da Savannah.
Nada. Absolutamente nada.
Ela não retribuiu nenhuma chamada, não respondeu nenhuma mensagem, não deu um sinal sequer, de vida. Procurei nos meus pensamentos se eu tinha lhe feito algo, mas nada me passava.
Tentei enviar mais uma mensagem, pois, ficar sem saber como ela estava, me deixava frustrado e irritado.
Eu: Savannah, aonde você está?
Eu: Estou preocupado. Só me diz se, está bem.
Suspirei cansado e subi as escadas. Eu precisava, urgentemente, de um banho.
Saí do banheiro totalmente relaxado, após, sentir a água quente percorrer toda minha pele, me deixando calmo.
Virei meu rosto para o mesa de cabeceira, quando, senti meu celular vibrar em cima dele. Corri para ver quem era, e senti algo acelerar no meu peito, quando vi que era uma mensagem da Savannah.
Pelo menos, ela estava viva.
Desbloqueei-o rapidamente, abrindo a mensagem, logo em seguida.
Savannah: No chalé...
Nem pensei duas vezes e, vesti qualquer coisa bem rápido, pegando a chave da moto, em seguida. Desci as escadas voando, e por pouco, eu não caí.
-Onde vai, com tanta pressa?—minha mãe, perguntou entrando na sala.
-Hmm... eu vou ver uma amiga, que não está muito bem—falei a verdade, quer dizer, não sabia se ela estava mal, mas, algo de grave devia ter acontecido para, ela ter sumido o dia inteiro, e nem dar notícias.
-Desde quando, você tem amigos? – minha mãe perguntou, desconfiada.
-Mãe, eu preciso ir, depois a gente conversa—respondi, dando-lhe um beijo na testa e correndo para fora de casa, indo pegar a moto.
...Estacionei-a, perto de uma árvore, e fui correndo dentre muitas outras, até avistar a chalé.
Quando cheguei, bati na porta, e coloquei as mãos nos joelhos, tentando controlar minha respiração acelerada, devido á corrida, até ali.
A porta foi aberta e eu levantei meu rosto, vendo Savannah, com um aspeto triste, com os olhos vermelhos e inchados.
Ela estava chorando.
Num ato automático e impensado, abracei-a tentando confortá-la de algo, e ela por sua vez, começou a chorar no meu ombro.
-O que aconteceu?—perguntei acariciando seus cabelos, com ela ainda chorando.
Sem separar o abraço, fechei a porta e fui andando junto dela até o sofá, sentando nela, em seguida.
Ela sentou em cima de mim, colocando a cabeça na curva do meu pescoço. Continuei fazendo leves carinhos nos seus cabelos e, de vez em quando deixava beijos castos, no topo da sua cabeça.
Ela foi se acalmando, aos poucos, e sua respiração foi se acalmando.
-Quer conversar? – perguntei quando ela se levantou, do meu colo, e se sentou ao meu lado no sofá, limpando seu rosto das lágrimas, que escorriam a pouco, dos seus olhos.
-Eu devo estar parecendo ridícula, com essa cara de choro—e lá estava a Savannah, querendo colocar a postura de inabalável e firme, sendo que ela estava bem frágil, no momento.
-Não tem mal nenhum, se mostrar vulnerável Savannah, se quiser chorar, eu vou estar aqui—exprimi, aproximando-me dela e, segurando suas mãos.
-Minha avó—ela disse, com a voz falha—foi diagnosticada, com um tumor a poucos meses e, infelizmente... ela se foi—ela contou deixando, umas lágrimas caírem.
-Vem cá—falei abrindo os braços e, ela se aconchegou em mim.
Ficamos naquela posição por um bom tempo e, ela estava tão quieta que até pensei que ela tinha adormecido, mas não.
-Você, já comeu? – perguntei e ela negou com a cabeça—Vou fazer algo, para você comer – falei levantando-me do sofá, indo em direção á cozinha.
Fiz dois sanduíches e um suco de frutas, das que tinham ali. Coloquei tudo numa pequena bandeja e levei para ela que, estava no sofá encolhida, prendida nos seus pensamentos e com a feição triste, me deixando com a mesma expressão, por vê-la daquela forma, tão em baixo.
-Obrigada—ela agradeceu, após colocar a bandeja no seu colo.
Fiquei observando-a comer devagar, pedaço por pedaço, e tomar seu suco. Devia estar bom, ou ela estava com muita fome mesmo, dado que, seu rosto era de pura satisfação, porém, ainda assim a tristeza pairava sobre ela, e eu não sabia o que fazer ou falar para fazê-la animar. E eu odiava me sentir impotente, principalmente, com ela. Eu queria muito ajudar, só não sabia como.
-Acho que, eu estava com fome—ela disse com um pequeno sorriso de lado, encarando a bandeja, completamente, vazia.
-Acha?—perguntei, sorrindo divertido.
-Como foi seu dia, sem mim?—ela perguntou, um pouco melhor e deitando sua cabeça, no meu ombro.
-Muito bom, devia sumir mais vezes—falei sem nenhuma ironia na voz, contudo, ela sabia que eu estava sendo, debochado.
-Só se, quando me encontrar, fizer esse sanduíche de novo—ela disse me olhando sorridente, e eu sorri de volta, acariciando seus cabelos.
-E o que eu ganho, em troca?—perguntei encarando seus lábios e, seus olhos, em seguida.
-O que você pedir—respondeu me encarando, intensamente, com um sorrisinho de canto.
Sorri pela resposta dela e meus olhos, logo desceram para seus lábios. avermelhados pelo frio que fazia. Fiquei intercalando meu olhar, entre seus olhos e sua boca, até não aguentar mais e finalmente, beijá-la.
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RomansaLucca Hills Enfrentou as ruas chuvosas e frias que o transformaram numa pessoa um tanto quanto revoltado. Mesmo a vida sendo generosa com ele, dando-lhe um novo recomeço, ele nunca foi de demonstrar muito seus sentimentos. Adotado por um pai cuidad...