CAPÍTULO 30

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-Podemos ir?—ela perguntou e eu, finalmente, a encarei, vendo sorriso provocativo que, se fazia presente no seu rosto.

-Vamos—fiz-lhe sinal para ir na frente, e de trás a visão, era ainda melhor.

Já no carro, indo em direção á festa, eu evitava colocar meus olhos nela, senão, aquela situação não iria prestar.

-Os convites estão, num envelope debaixo do acento, direito—o motorista nos informou, e eu me agachei, para o pegar.

Abri o envelope e o convite estava no nome de, Allan e Natasha Meckey.

-Vocês vão se passar por irmãos, representando a empresa Meckey's Technology, e de resto, já sabem como agir—ele complementou e nós assentimos.

O carro parou á frente de, um enorme edifício. O motorista falou algo, com os seguranças e eles liberaram a entrada, abrindo o portão.

Ele desceu do carro e abriu-nos a porta. Eu saí primeiro, e estiquei minha mão em direção à Savannah, para ajudar-lhe a sair, também.

Enlaçamos os braços e subimos as escadas, até entrar no grande prédio. Logo na entrada, entregamos o convite e foi-nos liberado a passagem, para dentro.

Não havia nenhum fotógrafo, o que era de se esperar de um homem como Joshua Blake, procurado por várias organizações, por ter matado e roubado muitas delas, ele não iria se expor tanto.

Analisei o local e, a maioria das pessoas que se encontravam ali, eram homens na faixa etária de 45 a 80 anos, mais ou menos. Algumas mulheres, acompanhando-os, e poucos jovens que, eu poderia dizer que eram filhos, dos empresários ali presentes.

-Aqui está a foto do Blake, se encontrar alguém parecido, me avise—mostrei á Savannah uma foto dele, e nos separamos para, estudar o local.

Um garçom parou do meu lado, com uma bandeja, então, aproveitei e peguei uma taça de champagne. Tomei um gole do mesmo, e continuei andando perto das mesas, onde não tinha muitas pessoas.

Uma mulher, parou na minha frente com um sorriso malicioso e discreto, contudo, ainda assim dava para o notar. Ela aparentava ter seus 30 e poucos anos, e seu vestido, lhe dava um ar mais juvenil.

-Tenho a impressão que, te conheço de algum lugar—ela manteve o sorriso e tomou um gole, da sua bebida.

-Provavelmente, de revistas e matérias, de jornais—respondi simples e, passei um olhar por trás dela, vendo Savannah nos encarar, de forma discreta. 

Talvez, ela tinha notado que, eu estava a vendo, pois, saiu andando.

-Hmm, provavelmente—respondeu com a cabeça, um pouco tombada pro lado—Quer dançar?—perguntou, olhando para onde as pessoas dançavam, e de seguida, para mim.

Estendi-lhe minha mão, e ela a segurou, o que me acompanhá-la à pista de dança. Dançávamos uma musica um pouco calma, mas, meus olhos nunca se encontravam nela, e sim nas pessoas que estavam ao redor de nós, na expectativa de o encontrar.

-Suponho que, Joshua Blake seja mais importante, do que a tua dança—ouvia voz irónica da Savannah, na escuta—Vem logo, eu o encontrei—ouvi sua voz cansada, complementar.

-Eu preciso, fazer uma ligação urgente, com licença—falei á mulher, com a qual eu dançava.

Toquei no ombro de um homem que estava de costas, e ele voltou-se para nós, me olhando. Eu lhe entreguei a mão da mulher, para que eles continuassem a dança, e fui saindo, daquela área.

-Onde, você está?—perguntei á Savannah.

-Perto do bar—ela respondeu simples.

Andei de forma calma, até onde ela estava, para não chamar, muita atenção. Ela estava encostada numa parede, passando um batom vermelho, nos seu lábios.

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