CAPÍTULO 12

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JOHN

Já fazia meia hora desde que os homens que solicitei, saíram daqui, para ir ter com o Lucca.
Desde ontem, recebi informações dos meus homens que, tinha alguém seguindo meu filho, então, pedi para descobrirem quem era. E chegou até mim que, eram os VIMIX.

Eles não eram uma organização muito forte, mas, eles tinham se evoluído bastante nos últimos três anos, e isso nunca me preocupou, até ontem.

Saber que meu filho, estava em perigo, me abalava muito. Eu nunca quis que, ele entrasse na organização por medo de o perder, porém, eu não podia esconder tudo dele, ele tinha o direito de saber, a partir do momento que, entrou na família. E a decisão de entrar foi dele, mesmo eu ficando com um pé atrás.

Então, ensinei a ele tudo o que eu podia, e hoje ele sabia tudo o que havia aprendido, com o meu pai. Por mais que, ele não fosse meu filho de sangue, para mim era como se fosse, até porquê, o fato de não termos o mesmo DNA, não significava que não poderia existir, um amor de pai e filho.

Observei meu relógio, mais uma vez, e vi que já tinham se passado 43 minutos. Comecei a andar de um lado para o outro, quando minha mulher adentrou o quarto.

-Meu amor, sente aqui, se acalme, ele está bem – Emma tentou me acalmar, mas, eu conseguia ver nos seus olhos que, ela estava tão preocupada quanto eu.

-Meu coração, está apertado – falei sentando-me e abaixando a cabeça. Senti suas delicadas mãos, no meu ombro.

-Eu estou aqui com você, nosso filho está bem – ela exprimiu com a voz, um pouco falhada como de quem iria chorar, então, a abracei.

Sei que quebrei uma regra, ao me apaixonar por Emma, e coloquei-a num enorme risco, contudo, eu sinceramente, não conseguia abrir mão dela e do que nós havíamos construído, então, mesmo colocando-a em perigo, decidimos a anos atrás ficar juntos, e aqui estávamos nós, juntos.

Estávamos abraçados quando, ouvi meu celular tocar, então, desenvencilhei-me do abraço para atender.

Vi que era Scott, um dos meus homens de confiança, logo, atendi apressadamente.

-Sim? – estava desesperado, para ouvir o que ele havia para falar.

-Chefe, o Lucca foi atingido por um tiro nas costas e já chamamos a ambulância – ele contou com um tom cuidadose na voz, e eu não sabia o que sentir.

-Que hospital? – respondi no automático e nesse momento, vi o rosto de Emma mudar e ela começar a chorar.

-O de sempre, no centro da cidade – respondeu e eu fui me levantando, fazendo Emma se levantar, também.

-Estamos indo – falei e desliguei, pouco me importando se fui indelicado, pois, eu estava mais preocupado, com meu filho.
... 

Estacionei em frente ao hospital, após com certeza, ter tomado algumas multas pelo excesso de velocidade.

Entrei, indo diretamente à recepção, sendo seguido pela minha mulher. 

-Por favor, quero saber do meu filho, Lucca Hills – falei rápido, para a recepcionista. 

- Neste momento o paciente Hills, está passando por uma cirurgia, pode espera-lo no corredor do seu quarto – ela informou, após mexer no computador.  

Após tomar o cartão de visita, e saber do quarto onde ele estava, eu e Emma nos dirigimos até lá, onde encontramos Scott, sentado numas das cadeiras da recepção. Me aproximei dele e tomei a sua atenção. Ele se levantou e colocou a mão, no meu ombro como que me dando força.  

- Ele vai ficar bem – ele disse, eu assenti me sentando, e os dois fizeram a mesma coisa. 

Já tinham se passado várias horas, Emma tinha ido à lanchonete buscar algo para comermos, enquanto, eu ficava naquela cadeira dura, esperando notícia que, nunca mais chegava.
...

Um tempo depois da Emma voltar, e termos tomado um café forte, para continuarmos de pé, um médico passou pelas portas duplas e parou na nossa frente, nos fazendo levantar rapidamente, ansiosos para o que ele iria dizer.

-Parentes do paciente Hills, certo? – ele perguntou, e a minha agonia aumentou, por ele não falar logo, como tinha corrido a cirurgia.

-Sim, sim... como correu a cirurgia? Meu filho está bem? – Emma perguntou, apressadamente.

-Podem ficar mais calmos. Tivemos algumas complicações, no retiramento da bala por ela ter atingido uma parte, bastante delicada, mas, conseguimos reverter a situação, e está tudo bem agora – ele falou nos tranquilizando e, me fazendo suspirar de alívio.

-Podemos, ver ele? – perguntei, olhando-o com esperança.

-Ainda não, ele está desacordado, no momento. Está recebendo sangue, pois, perdeu muito e por ele ser do tipo AB+, conseguimos um doador fácil – ele respondeu, me entristecendo um pouco por não poder vê-lo, mas, eu já estava contente por ele estar bem.

-Tudo bem, podemos esperar – falei me sentando, já mais tranquilos, assim como os outros.

-Ele só vai acordar, daqui algumas horas, aconselho vocês irem para casa e descansar um pouco, e voltarem amanhã de manhã – ele sugeriu e eu voltei o rosto, vendo a quão cansada a Emma aparentava estar e eu não estava, muito diferente dela.

-Pois bem, voltaremos amanhã, bem cedo – falei para o médico e voltei-me, pegando na mão de Emma e ajudando-a a levantar – Scott, pode ir descansar, também – falei ao meu homem de confiança que, estava com o semblante igual todos nós, cansado.

-Só vou esperar o Adam chegar, para fazer a segurança e, eu vou embora – ele falou e sentou-se, se acomodando na cadeira.

-E pode tirar o dia de folga amanhã, provavelmente, não faremos nada – avisei e nos despedimos dele, indo para o carro, direto para casa.

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