Living our lives through a lens

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Eu cheguei no hospital, no dia seguinte.

Contei o que tinha acontecido pra minha mãe, e ela me contou como passou mal.

- * S/N, minha filha, eu tenho que te falar um negócio. *

eu puxei uma cadeira pra perto da maca.

- *eu sei que eu não tenho mais tempo, e não quero que fique sozinha, nosso país é um tanto perigoso, você não tem mais o embuste do seu namorado, e quero que fique segura em algum lugar. Antes que diga que sabe se virar, e que tem o projeto de intercâmbio, eu queria que você tentasse pelo menos.*

- *mãe, você tá me assustando! O que aconteceu?*

- *eu falei com o seu Pai.*

- *pera, que?*

- *nós nós conhecemos quando adolescentes, tivemos algumas aventuras, mas antes de eu descobrir que estava grávida de você, ele descobriu que uma das outras aventuras dele, tinha ficado grávida também. Então ele voltou para o Japão, se casou e hoje tem um filho, mais ou menos da sua idade. *

- *tá, e?*

- *e que eu vou morrem em breve, criatura! Eu falei com ele, e pedi que você ficasse morando com ele, no Japão. Eu sei que você pode dominar bem qualquer língua, com esse cérebro maravilhoso! Então quero que dê uma chance.*

-* oi? Desculpa, não! Eu nem conheço eles! Certeza que eu vou encomodar lá. A esposa dele deve ficar encomoda comigo por lá.*

- *ela estava junto quando eu liguei. Ela que Sugeriu primeiro você ficar lá. apenas pense nisso, ok? *

Depois daquela conversa eu fui pra sede do projeto no Brasil, e fui direto pra cama. Eu estava muito cansada.

No dia seguinte, o hospital me ligou de novo.

Maria S/S tinha morrido.

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Minhas colegas me confortaram antes de eu embarcar. Elas eram o mais próximo que eu tinha de família, além da minha mãe e Kusuke. Mas não quero daí sobre ele.

Na viagem eu fiquei ouvindo música, lendo, desenhando, me distraindo para não chorar. Eu não queria parecer fraca.

Eu recebi uma mensagem de texto, dizendo que minha nova família estaria para me receber no aeroporto.
Me mandaram endereço, números de telefone, e o meu sobrenome, que eu não fazia ideia, afinal, eu tinha crescido combo nome de solteira da minha mãe.

" S/N Hairo, Hun? Não sei se combina comigo"

Eu desembarquei, e logo vi uma placa com o meu nome. Um garoto de cabelos vermelhos, olhos brilhando. Era um sábado frio, mas ele estava com as mangas dobradas.
Antes de me aproximar, vi o que ele estava Pensando

' não vejo a hora da S/N chegar! Eu sempre quis ter uma Nee-chan! Eu vou ajudar ela fazer amigos, e vamos treinar juntos, estudar juntos, vamos cozinhar juntos, fazer coisas de irmãos juntos! Cadê ela ela já deve ter desembarcado... Ela não deve estar me vendo... E se eu gritar o nome dela? Ela vai me achar mais fácil, É isso! Muito bem, Kineshi! 1..2...3...'

" mizericredo " eu pensei

- com licença, Hairo-san, certo?

- SIM SOU EU! - ele disse quase gritando - você deve ser S/N, Eu sou Hairo Kineshi ( lá eles invertem o nome ), mas pode me chamar como quiser. Pelo que parece eu sou seu meio irmão! - ele disse totalmente eufórico - Minha mãe e nosso pai tiveram que ir trabalhar, houve uma emergência, eles são muito dedicados ao trabalho! Então eu estou responsável por te receber, e acomodar em nossa casa! Quer ajuda com a bagagem?

- não se preocupe! eu sinto muito pelo encômodo que eu estou causando. - eu disse

- que nada, estamos muito felizes em te receber! Minha mãe sempre quis conviver com outra garota dentro de casa, e eu tenho certeza que nosso pai não te contatou antes, porque não sabia de você!

"meu deus, ele fala demais! "

- você veio do Brasil, né? - perguntou Hairo

- sim.

- ah, eu esqueci! Meus sentimentos pela sua mãe... Apesar de eu estar feliz, são circunstâncias infelizes... Desculpe pela minha energia toda

- não se preocupe! Aliás, muito obrigada!

Eu vi que ele ficou triste, e nem precisei ler a mente dele pra perceber que ele estava se segurando pra não tagarelar.

- você sempre é animado assim? - perguntei pra quebrar o gelo.

- no geral sim! Uso muita determinação pra tudo! Sempre me dedico ao máximo!

Fomos conversando durante o caminho até em casa, com ele falando na maior parte do tempo. Depois de sair do aeroporto pegamos um táxi.

- chegamos! Essa é sua nova casa, Nee-chan... Posso te chamar assim?

Eu olhei pra ele. Não. Olhos de cachorrinho, não. Ele realmente queria isso.

- bom, porque não? Eu vou demorar a acostumar, mas não vejo problema..

O Hairo é tão tagarela que contagia. Eu não costumo falar tanto assim! Eu não quero nem pensar em como ele é na escola.

Chained To The Rhythm- Saiki K X Leitora [ 𝙿𝚛𝚒𝚖𝚎𝚒𝚛𝚊 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚍𝚊] Onde histórias criam vida. Descubra agora