Ay, up in your high place, liars

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Casa dos Saiki - Saiki Pov

- Iara, o que você tá fazendo aqui?

Kusuke falou surpreso. Certamente não esperava que sua ex-namorada fosse estar em casa.

Mamãe tentou me contar ontem, mas ela esqueceu. Eu também não notei, graças a falha nos meus poderes.

Eu deveria perguntar ao Kusuke sobre isso em algum momento, mas certamente não agora.

Justo quando tentei contar que eu era o Ciborgue para a S/N.

- Não estou aqui por sua causa, pode ter certeza disso! - S/N se levantou com a guarda visivelmente levantada - não precisa se preocupar, eu já estou indo embora.

- S/N, eu... - eu tentei falar, para tentar me explicar, mas o Capeta me interrompeu

- Não! Não vai embora! Eu quero conversar!

- Oh, Sério?! que pena, eu não!

Ela então se virou para mim, com sangue em seus olhos, me olhando de cima a baixo. Parecia pronta para argumentar em uma corte contra mim, mas pareceu hesitar por um momento.

- O que dizia? -Eu tentei falar, mas alguma coisa segurou a minha voz, e o ar ficou mais pesado. Vendo que eu não conseguiria falar nada ela completou a frase de modo seco - Apresentamos o trabalho no dia programado. Eu... Acho que vou indo agora...

Ela Começou a direcionar seu caminho para tentar sair mas Kusuke se colocou na frente dela.

- *Iara, me escuta...*

Eu ainda não conseguia me mover. Me sentia congelado, paralisado.

- *se eu me lembro bem, eu acho que nós não temos mais tanta proximidade pra você me chamar assim! *

Eles começaram a discutir em português, mas dessa vez eu não conseguia entender.

Também não conseguia ler os pensamentos da S/N, estava com aquele chiado de televisor velho novamente.

Kusuke por sua vez estava com o treco estranho que ele fez na cabeça.

- *olha, eu sei, eu devia ter te contado sobre, mas eu não estou bravo!*

-* como é que é? *- eu vi S/N se exaltar levemente. E por mais que eu tentasse não conseguia mover um músculo, como se eu fosse feito de pedra.

Quanto mais esforço eu fazia pra falar, mas seca e presa minha garganta ficava, como se alguma coisa sugassse o meu ar.

- *você terminou comigo no calor do momento! Você nem tentou me machucar ou apagar a minha memória!*- ele tentou por a mão no seu braço, mas ela me afastei - *Eu sei que você ainda me ama! Nós podemos voltar, e fingir que nada disso aconteceu!*

Eu comecei a ver a cena de forma borrada, e começou a ficar difícil de respirar

" Por que eu estou assim?! Eu tenho que fazer alguma coisa!"

- *como você ousa?! Eu não tentei te apagar, porque você me daria mais trabalho! Só por isso! E sinceramente, não quero ouvir suas desculpas, nem em japonês, nem em português! *

- *não diga isso, meu bem! *

S/N respirou fundo, e voltando a falar em japonês, ela encarou Kusuke e disse alguma coisa que o fez parar:

- me deixa passar Kusuke!a última coisa que quero é te ofender na sua própria casa, então é melhor ir fazer seu discursinho pra uma certa cientista Russa de Moscow, ela Vai querer te ouvir!

Enquanto a Mente do meu irmão estava fora de serviço, fiz mais esforços infrutíferos para poder reagir.

Foi quando notei uma fumaça arroxeada em volta de S/N e do local. Em volta de mim também. O que quer que fosse aquilo, sibilava para mim:

~ Você não vai a lugar nenhum! ~

S/N aproveitou o momento de distração para conseguir sair, mas antes que conseguisse, k
Kusuke a puxou pelo braço:

- Ei, nós não terminamos essa conversa!

O movimento Brusco assustou a coisa Roxa e a mim.

" Tire as mãos dela, Seu..."

~ COMO VOCÊ OUSA!!! ~

Com o relaxamento da atenção da coisa fumaçenta, eu pude novamente me mover e falar.

Assim que Iara se soltou, avancei em Kusuke, com um soco que o mandou para o outro lado da casa.

- Tire as suas mãos imundas dela!

Posso ter mandado meu irmão pra longe por um tempo, mas não pude parar a garota de cair.

Ela caiu sobre o próprio braço, e um baque se fez ouvir.

Um gemido de dor escapou de seus lábios enquanto ela segurava o braço contra o peito.

Nada na mente dela respondia.

Eu voltei a ouvir os pensamentos das pessoas em volta, mas ainda só ouvia os chiados da mente da S/N.

Foi quando me dei conta de que já tinha visto essa cena antes.

Aquele sonho estranho de ontem, era uma premonição.

Eu sabia o que tinha que fazer.

- S/N, eu Posso...?

- NÃO... Não chega perto - ela reagiu como um animal arisco

Eu me ajoelhei no chão e estendi a mão.

Ela estava com raiva, Eu não a culpo, mas espero poder resolver isso.

Em dado momento ela notou que a dor era maior que seu orgulho, então ela lentamente estendeu o braço para mim.

Eu fiz exatamente o que eu vi no sonho, e notei seu braço lesionado perder um pouco da tensão.

- Eu vou pegar um esparadrapo para enfaixar, e não lesionar ma-

- não, eu consigo enfaixar sozinha! - ela tirou o braço rapidamente, e se levantou, se apoiando no que não estava machucado

- S/N, Por favor, olha pra mim... - eu disse enquanto ela calçava os sapatos com os olhos fixados no chão.

- Desculpa... - ela disse com voz de quem estava segurando o choro, eu só não sabia dizer se era de dor ou de raiva - Mas eu não consigo te encarar agora. Obrigada por tudo, mas eu realmente tenho que ir agora...

Ela ajeitou a bolsa no ombro, bateu a saia do uniforme pra desamassar, e saiu pela porta.

"Eu deveria ter contado antes... MA agora eu tenho outras coisas pra resolver!"

O cientista loiro se aproximou dolorido de mim.

- Cadê a Iara?

Um gancho de direita, foi o que eu precisei pra apagar ele por mais um tempo.

Quando ele acordasse eu veria o que faria sobre a falha nos poderes.

O dia passou, minha mãe voltou, e eu não consegui contatar a S/N.

Eu me pergunto como ela está...

Por falar nisso, o que era aquela coisa roxa e porque ela me segurou?

Ou melhor como ela me segurou?

Chained To The Rhythm- Saiki K X Leitora [ 𝙿𝚛𝚒𝚖𝚎𝚒𝚛𝚊 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚍𝚊] Onde histórias criam vida. Descubra agora