VINTE E CINCO

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Marisol

Querido Diário,

Muita coisa aconteceu nos últimos meses e estou tão feliz! Tive que agradecer ao padre Carlos por ter torcido por mim, pois nunca iria imaginar que ganharia tanto ao mesmo tempo! Agora tenho dois pais que me amam de verdade e se importam comigo. Também tenho um namorado gentil e carinhoso que faz de tudo para me dar o espaço que preciso para me adaptar, ao mesmo tempo em que fica ao meu lado nas situações onde ainda me sinto incerta. Continuo fazendo terapia, mas estou bem melhor agora. 

Também estou frequentando a escola, de verdade! Com outros alunos e professores diversos, com intervalos onde podemos conversar e fazer atividades extras de artes e esportes. Minha mãe disse que é necessário para que eu aprenda a me relacionar. As pessoas dizem que me pareço com ela, mas a acho bem mais elegante. Ela gosta do Eugênio, disse que ele é um menino muito charmoso e que vai ser eternamente agradecida por ter me ajudado.

O meu pai já é outra história. Ele é meio tímido, apesar de estar sempre em reuniões com pessoas importantes. No começo ele não gostou muito de saber que a filha dele, que mal voltou para casa, já estava namorando, mas expliquei que antes eu não tinha ninguém além do Pasqual e o Eugênio tinha sido uma das primeiras pessoas que conheci que se importou comigo. Ele pareceu entender. Cá entre nós, acho que a minha mãe também teve uma conversinha com ele sobre amor e essas coisas.

Falando no Eugênio, ele passou no vestibular!!! Nunca duvidei da capacidade dele, foi muito bem nos últimos meses de escola! Sempre tirou notas altas e ainda se livrou dos aborrecimentos provocados pela Cássia. O Luan falou que o delegado a mandou para uma academia militar muito rígida...

Hoje é meu aniversário de dezessete anos e meus pais fizeram uma festinha para comemorar! Convidei todo mundo que me fez companhia na época do show. A Cíntia e o Fredy vieram, assim como a Belinha, o Rafa e a Helena, Luan, o Pasqual e o marido dele. E é claro, o Eugênio <3 

O Pasqual me deu um cachorrinho que ele batizou de... Pascal! Disse que era para não me esquecer dele, agora que não me dá mais aulas e estamos a algumas horas de distância. Como se eu tivesse me mudado para outro país! Mas acabou sendo uma ótima ideia, pois na paróquia onde o Eugênio veio morar tem um cachorrinho chamado Max. Ele é um pastor alemão e apesar de ser grande é bonzinho e bem treinado, pois era um cão policial e foi adotado pela igreja depois da aposentadoria. Ele e o Eugênio não se desgrudam e tenho certeza de que em breve Max e Pascal serão melhores amigos!

Sinto que tenho muitas coisas para viver, então ao invés de um final feliz, esse é o começo de um novo sonho. Estou bastante animada para isso!

Com muito amor,

Marisol ♥


Marisol ♥

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