Capítulo 2

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Isabela estava com a mãe visitando seu tio Albert (que na verdade era seu primo segundo, mas que o considerava seu tio, que complicado né?) e sua tia Caroline. A irmã Victória de 12 anos viera também, e por mais incrível que parecesse, era mais comportada que ela aos 22 anos.

- Como estão os meninos?, perguntou sua mãe que estava sentada segurando uma xícara de chá.

- Ah eles são uns ingratos, disse Caroline com a voz melodiosa como sempre. John só pensa nas propriedades e Charles só pensa em viajar.

- Eles são jovens, disse tio Albert ao lado da esposa, querem aproveitar a vida meu amor.

Isabela sorriu, os tios e seus pais tinham os relacionamentos mais incomuns da sociedade, pois se amavam e não se envergonhavam em demonstrar isso a qualquer hora. Na verdade sentia um pouco de inveja, queria muito encontrar alguém por quem se apaixonar assim, amar loucamente, por isso nunca conseguiu aceitar seus incríveis 18 pedidos de casamento até o momento. Já não era uma jovenzinha, sabia disso, mas era tão difícil encontrar alguém que a ouvisse realmente, eles apenas ficavam parados a ouvindo falar.

- Eles precisam se casar, disse a tia.

- Por Deus, não fale isso perto de nenhum, ou não os veremos tão cedo. Respondeu Albert

- Sim, mas pelo menos John não terá desculpas, terá que vir ao baile de debut de Elizabeth, seria um desaforo do parte dele.

Isabela olhou para a prima sentada ao seu lado que ficou tensa ao ouvir a palavra baile, ela era tão linda, parecia uma cópia da mãe, mas era extremamente tímida e sempre preferia ler livros a ficar fazendo qualquer outra atividade.

- Nem acredito que passou tão rápido, disse Helena pegando as mãos das filhas, não temos mais crianças na família. John, Charles e Isa já são adultos, Antony, Simon e  Michael já estão na escola, Victória e Violet logo debutarão e Elizabeth já debutara. Além dos filhos de Grace, Gael terminou a universidade agora, Anne já se casou e Miranda vem para Londres ano que vem para debutar, estou tão empolgada, sinto tantas saudades dela.

- Nem me fale, disse Caroline, quando penso que meus filhos já não ficam mais debaixo das minha asas, sinto o coração apertar.

E então Addam chegou e entrou na sala cumprimentando todas as mulheres com um beijo na cabeça.

- Graças a Deus você chegou, disse Albert, elas quase me fizeram chorar com essas conversas femininas, vamos embora, antes que nos obriguem tomar o chá. Preciso beber um conhaque para recuperar minha masculinidade.

Todos riram, e Caroline o beijou no rosto.

- Não finja que não senti saudades de quando John, Charles, Elizabeth, Simon e Violet eram pequenos, você adorava. Ele retribuiu o beijo e disse.

- Não posso discordar, mas não espalhem.

- Mas cheguei agora, disse Addam sentando entre Ia e a prima, sinto saudades da minha sobrinha, como vai Lizzie, ansiosa para o baile?

- Eu não gosto muito de bailes tio, o senhor sabe.

- Ah meu amor, disse Albert se aproximando da filha, todas as moças precisam de um baile, mesmo que para dizer no futuro, que odiaram. Mas não se preocupe, ele disse, estaremos todos lá para te defender.

- Ai, ela disse colocando a mão na testa, isso é que me preocupa. Disse  a garota fazendo todos rirem.




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