John voltava de uma intensa cavalgada quando viu Isabela sentada em um banco observando um menino jogando bola com seu pai. Ele desceu do cavalo e se aproximou lentamente e ficou a observa-la, usava um vestido azul claro que constratava com seu cabelo castanho claro, que na verdade olhando assim sob o sol mais parecia louro, seus olhos estavam meio cerrados devido a concentração, mas dava para ver claramente o verde. Ela arriscava algo em um caderno, mas uma mecha de seu cabelo se soltou e a atrapalhava, fazendo com que constantemente o assoprasse para cima. John sorriu com a cena, senão a conhecesse poderia a achar adorável, mas infelizmente sabia do que aquela criatura era capaz, na verdade, não conseguiu se encontrar com McKenna por culpa dela, pois após sua "sutil" observação, começou realmente a comparar a atuação de sua amante com sua encenação no palco, e realmente não soube dizer se ela estava interpretando ou não.
Mesmo com esse pensamento em mente não resistiu e se aproximou mais e ficou bastante surpreso ao ver seu desenho, Estava perfeito, realmente muito bom.
- Está muito bom, disse ele à surpreendendo.
- John, que coisa mais deselegante, ela respondeu o olhando feio e voltando para seu desenho. Obrigada.
Sem conseguir resistir, ficou a observando mais um pouco. Ela era linda demais para seu próprio bem. Já vivera que brigar com alguns conhecidos exigindo respeito para com ela. Outros brincavam sobre sua condição de solteira e por ter negado tantos pedidos de casamento.
- O que ela espera, um príncipe, disse um.
- Ah não, ela deve esperar um grosseirao escoses calar aquela l8ngua afiada. Todos riram até que John se levantou e deu um soco no nariz do último, e graças às lutas e aulas que teve com seu pai, não recebeu nenhum golpe. Todo o clube que estavam ficou uma bagunça, uns tentando separar, outros entrando na briga e terceiros se aproveitando para roubar nas mesas de jogos. Não fora expulso,claro, afinal era um.conde e seria um Duque, não tão cedo esperava, precisavam de sua influência, mas foi convidado a ir embora e voltar em outro dia.
- Porque não se casou ainda, ele perguntou tirando Isa de sua concentração.
- Acho que não é da sua conta, ela respondeu o olhando surpresa.
- Somos parentes, ele respondeu.
- Ah, por favor, mal somos primos de terceiro grau. Isso nem se classificaria como parentesco.
- Então você gosta de falar coisas, mas não gosta de ouvir? Muito curioso isso.Ela o olhou de cara feia, mas então respirou fundo e disse apenas.
- E você me parece bastante mal humorado, não teve uma boa noite de sono?
Ah abusada, pensou ele, mas também sabia fazer esse joguinho.
- Na verdade, disse ele se aproximando e falando bem próximo ao seu ouvido lhe causando um arrepio, minha noite foi ótima, McKenna encenou uma peça ótima, lembra-se quando fomos para nossa propriedade no campo quando você tinha uns 13 anos, ela assentiu com a cabeça, lembra-se do livro que encontramos do meu pai O Amante De Lady Chatterley, sabe aquele totalmente impróprio para damas e que por causa disso levei uns bons puxões de orelha do meu pai, ela assentiu novamente mas agora estava vermelha, pois então, ela se inspirou nesse livro, então digamos que a noite fora bastante agradável.
Cheque Mate, pensou ele. Odiava mentir, mas ela mereceu, aquela coisinha mereceu. Ela fechou seu caderno com um baque, se levantou e saiu sem ao menos se despedir, chamou por uma jovem que conversava com outra empregada e saiu apressada de volta a sua casa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma escolha e nada mais
Roman d'amourPara Lady Isabela Winton Grayson, parecer uma jovem delicada e tímida nunca foi fácil. Sentia em seu coração a necessidade de falar e de ser ouvida constantemente, e geralmente conseguia se safar das consequências de sua língua devido a influência d...